Gadêlha faz exigências ao PDT para manter pré-candidatura
Em coletiva realizada nesta segunda-feira, Túlio Gadêlha disse que o partido não tem dado as condições para o projeto ser viabilizado
O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT), em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (9) no Recife, fez exigências ao partido que, se não cumpridas, resultará na retirada de seu nome como pré-candidato a prefeito do Recife. “Fomos ventilados como candidatos em Recife no início de 2019, mas as condições necessárias para que a gente entre na disputa não foram viabilizadas”, lamentou o deputado.
Túlio Gadelha cobrou quatro ações do partido: regularização da comissão do partido no Recife até 12 de março, nomeando o grupo protocolado pelo deputado em 12 de novembro de 2019; que o partido deixe a gestão do prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) até 13 de março - atualmente, Isabella de Roldão (PDT) é secretária de Habitação do município; fornecimento da senha do sistema de filiação partidária até 19 de março, para que o grupo do deputado tenha autonomia de fazer as filiações; e realização da convenção do PDT do Recife até 28 de março. Caso essas cobranças não sejam atendidas, Túlio garante que deixará o projeto.
Durante a coletiva, o deputado federal mais de uma vez destacou que não partiu dele a decisão de disputar a prefeitura. “Foi um projeto colocado pelo nosso partido. Nunca partiu da minha cabeça o interesse em disputar uma pré-candidatura na cidade. Essa sempre foi uma declaração dada pelo nosso presidente nacional, pela executiva nacional do partido e eu por ser uma figura partidária, por ter 12 anos de PDT, encampei esse projeto como projeto do nosso grupo político”, disse em uma das oportunidades. Questionado se tinha vontade de ser prefeito, ele desconversou, afirmando que era uma vontade do seu grupo, chamado ‘Recife em frente’.
Caso as medidas não sejam cumpridas, Gadêlha diz voltará as atenções para o mandato em Brasília e buscará eleger vereadores no estado.
Na última semana, Túlio Gadêlha virou notícia por ter chorado durante reunião da bancada do PDT. Na ocasião, o deputado havia perdido a votação para ser o líder da Minoria, disputa vencida por André Figueiredo, do Ceará. Segundo o Estado de São Paulo, contrariado com o resultado, Gadêlha teria anunciado a desistência da candidatura a prefeito do Recife.
O líder da Minoria atua como uma liderança da oposição na Câmara. Um acordo fechado em 2019 prevê que a liderança vai ser do PDT em 2020.
Nesta segunda-feira, o pedetista se disse decepcionado com o ocorrido. “Existiu da minha parte uma decepção, uma grande decepção com relação à minha bancada, mas apesar da decepção eu compreendi por que aquilo aconteceu de fato. De certa forma, somos um pouco refém dos nossos partidos.”