Manaus: Pazuello prometeu atender 100% da demanda

Durante visita ao Amazonas, na segunda (11), ministro da Saúde já havia admitido que o estado enfrentava uma “crise de oxigênio”

por Marília Parente qui, 14/01/2021 - 19:53
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia prometido durante a apresentação do plano estratégico de enfrentamento à covid-19, na última segunda (11), atender a 100% das demandas do Amazonas relacionadas à doença. Nesta quinta (14), contudo, o estado enfrenta as consequências do colapso de seu sistema de saúde, que não conta sequer com oxigênio para os pacientes.

“Temos um comando conjunto ativado em Manaus que tem capacidade de logística de apoiá-los em muitas demandas, e ele está sendo demandado e está cumprindo a sua missão. (...) Tudo o que me foi pedido, 100%, ou está sendo entregue ou já foi entregue, e nós podemos apoiar no que mais o estado e o município pedir”, comentou Pazuello.

Durante a visita, o ministro admitiu que o estado enfrentava  uma “crise de oxigênio”. “Estamos vivendo crise de oxigênio? Sim. De abertura de UTIs? Sim. De pessoal? Sim. A nossa saúde de Manaus já começa com 75% de ocupação. Qual é a novidade? Então, é muito importante medidas que diminuam a entrada (hospitalar). Precisa tomar medidas para reduzir a entrada nos hospitais de outras doenças”, reconheceu.

Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro culpou os governos estadual e municipal pela falta de oxigênio no Amazonas. “"Mandamos ontem o nosso ministro da Saúde para lá. Estava um caos. Não faziam tratamento precoce. Aumentou assustadoramente o número de mortes. E mortes por asfixia, porque não tinha oxigênio. O governo estadual e municipal deixou acabar o oxigênio. É morrendo asfixiado. Imagina você morrendo afogado. Fomos para lá e ele interferiu", afirmou Bolsonaro.

 

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