Luciano Bivar defende punição de Daniel Silveira

Para o presidente nacional do PSL, partido de Silveira, risco institucional seria a impunidade do parlamentar

por Lara Tôrres qui, 18/02/2021 - 18:13
Marcelo Camargo/Agência Brasil . Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal, presidente nacional do Partido Social Liberal (PSL) e 1º secretário da Mesa da Câmara dos Deputados, Luciano Bivar (PE), defendeu a punição do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso pela publicação de um vídeo em que defendeu o AI-5 e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Bivar, a prisão do companheiro de partido não representa um risco de crise institucional entre os três poderes da República; sua impunidade, sim. “O que mais nós preservamos é a República e, como tal, a gente tem que preservar as instituições. O que o deputado fez é incompatível com o decoro. Foi algo grave e o partido se sente desconfortável, não à toa alguns deputados querem o afastamento definitivo. Mas não vejo risco de crise nesse caso específico. O risco tem se deixarmos isso que ele fez impune. Aí vai fomentar outros parlamentares a ter comportamentos similares”, afirmou em entrevista ao portal Jota.

Auxílio Emergencial

Bivar acrescentou que uma eventual expulsão do deputado do PSL depende do contraditório e está em análise. O parlamentar também comentou outros temas, como o auxílio emergencial.

Segundo Bivar, o governo e a Câmara devem se esforçar para “concluir alguns auxílios emergenciais e adequar essa pauta econômica do governo para que não incorra em crime de responsabilidade fiscal, porque é uma situação excepcionalíssima”. 

Reforma Tributária

Ocupando o cargo de 1º secretário da Mesa da Câmara, Luciano Bivar afirmou que tanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estão empenhados em fazer a pauta avançar. Apesar disso, segundo ele, o “momento de colocar todas as questões na mesa, de forma desapaixonada, e ver o que é melhor”. 

O deputado também defendeu um imposto de transações eletrônicas. “O que nós propomos é um imposto eletrônico à exemplo da cobrança sobre a movimentação financeira. Mas não é a criação de um novo imposto. É aglutinar outros impostos federais nisso. Vamos excluir apenas desse imposto federal o imposto de renda, porque há quem diga que as alíquotas não podem ser iguais. Acho isso indiferente, mas tomamos esse cuidado. Vou discutir a tramitação dessa alternativa com Arthur Lira o quanto antes”.

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