Deputado pede prioridade na vacinação de rodoviários em PE

Eduardo da Fonte encaminhou ofícios ao prefeito do Recife, ao governador do Estado e ao presidente da República fazendo a solicitação

seg, 26/04/2021 - 15:59
Júlio Gomes/LeiaJáImagens Paralisação dos motoristas de ônibus no Recife, em dezembro de 2020 Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Através de ofícios enviados ao governador Paulo Câmara (PSB), ao prefeito da cidade do Recife, João Campos (PSB) e ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (26), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) solicitou a inclusão da classe rodoviária na Fase 1 dos grupos prioritários do Plano de Imunização Estadual contra a Covid-19. Na argumentação, o político argumenta o contato com o público geral, especialmente não vacinados, como um fator de risco no exercício da profissão, tanto para cobradores, como para os motoristas de ônibus.

“Entendemos que é justa a reivindicação dos trabalhadores do transporte coletivo e enviamos essa solicitação para que os profissionais sejam contemplados com a imunização o mais rápido possível. A categoria presta um serviço essencial e está constantemente exposta ao vírus. A vacinação dos motoristas e dos cobradores é fundamental para manter o funcionamento das linhas de ônibus, já que eles têm contato direto com centenas de pessoas todos os dias”, afirmou Eduardo da Fonte.

Na manhã desta segunda-feira (26), rodoviários fizeram uma paralisação reivindicando a imunização da categoria e destacaram que não deixaram de trabalhar durante a pandemia e que são responsáveis pelo transporte de cerca de 1 milhão de passageiros todos os dias.

O secretário de Saúde André Longo já havia mencionado em coletiva a inclusão dos motoristas e cobradores de ônibus no plano de vacinação contra a Covid-19 no Estado, mas esclareceu que é impossível incluir todos os grupos considerados “prioridade” por agora, pois há insuficiência de vacinas para todos. Os critérios prioritários seguem sendo idade e comorbidades.

Apesar de entender a demanda, o médico diz que não há “justificativa plausível do ponto de vista técnico-científico”, para uma inflexão naquilo que é tido como grupo prioritário, definido pelo comitê técnico nacional, que auxilia o Programa de Imunização Nacional (PNI). Isso, com a exceção dos trabalhadores de saúde e da linha de frente e categorias mais expostas ao vírus. No entanto, ainda não houve resposta por parte do estado para a nova solicitação.

 

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