Tópicos | Plano Nacional de Imunização

A comissão que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia deve discutir a vacinação de adolescentes, retirados do Plano Nacional de Imunização pelo Governo Federal.

O senador Esperidião Amim (PP-SC) apresentou requerimento para realização de audiência sobre o tema. Ele quer ouvir, além do ministério, representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

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O Supremo Tribunal Federal determinou que os estados e municípios podem decidir manter a vacinação desse público.

*Da Agência Senado

 

Pernambuco recebeu o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer/BioNTec. No carregamento, desembarcado na última segunda-feira (3), chegaram 17.550 doses do imunizante, que devem ser destinadas às pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com doenças pré-existentes. Essa quantidade de doses faz parte da nova leva de vacinas que chegou ao Estado, totalizando 284,8 mil, sendo 267.250 unidades da vacina Astrazeneca/Fiocruz, que serão destinadas às primeiras doses para idosos entre 60 e 64 anos de idade, trabalhadores das forças de segurança e salvamento e pessoas com comorbidades.

Este é o primeiro lote da vacina da Pfizer, comprado pelo governo federal, a ser repassado ao estado. A entrega estava prevista para o sábado, primeiro de maio, mas foi adiada para essa segunda. As vacinas irão, especificamente, para as cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife, conforme ficou acertado entre o Ministério da Saúde, Governo do Estado e municípios.

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“Estávamos na expectativa do recebimento dessas primeiras doses da Pfizer/BioNTech para ampliar ainda mais a imunização no Estado. Sabemos que ainda há muito o que fazer para garantir a vacinação de todos os pernambucanos, mas estamos nos empenhando, fazendo um esforço diário junto ao governo federal para garantir mais doses. De toda forma, a partir de agora temos uma terceira vacina no Estado, que vai contribuir para ampliar os grupos prioritários”, afirmou o governador Paulo Câmara.

Os municípios beneficiados foram escolhidos com base nas exigências de armazenamento da fabricante, segundo o governo. As doses do imunizante precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. A vacina da Pfizer/BioNTech será armazenada no Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), em freezers específicos. O PNI-PE ficará responsável também pelas entregas, de acordo com a solicitação de cada secretaria. Nas cidades, o imunizante poderá ser guardado em temperatura entre 2°C e 8°C, mas somente por no máximo cinco dias. Após aberto o frasco, o prazo para utilização do insumo é de seis horas.

Em nova nota técnica do Ministério da Saúde, divulgada no domingo (2), o estado de Pernambuco estabelece que a segunda dose da Pfizer/BioNTech deve ser aplicada três meses após a primeira, da mesma forma como acontece com a vacina da Astrazeneca/Fiocruz. A distribuição das vacinas deve começar nesta terça-feira (4), ainda segundo o Governo.

 

Através de ofícios enviados ao governador Paulo Câmara (PSB), ao prefeito da cidade do Recife, João Campos (PSB) e ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (26), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) solicitou a inclusão da classe rodoviária na Fase 1 dos grupos prioritários do Plano de Imunização Estadual contra a Covid-19. Na argumentação, o político argumenta o contato com o público geral, especialmente não vacinados, como um fator de risco no exercício da profissão, tanto para cobradores, como para os motoristas de ônibus.

“Entendemos que é justa a reivindicação dos trabalhadores do transporte coletivo e enviamos essa solicitação para que os profissionais sejam contemplados com a imunização o mais rápido possível. A categoria presta um serviço essencial e está constantemente exposta ao vírus. A vacinação dos motoristas e dos cobradores é fundamental para manter o funcionamento das linhas de ônibus, já que eles têm contato direto com centenas de pessoas todos os dias”, afirmou Eduardo da Fonte.

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Na manhã desta segunda-feira (26), rodoviários fizeram uma paralisação reivindicando a imunização da categoria e destacaram que não deixaram de trabalhar durante a pandemia e que são responsáveis pelo transporte de cerca de 1 milhão de passageiros todos os dias.

O secretário de Saúde André Longo já havia mencionado em coletiva a inclusão dos motoristas e cobradores de ônibus no plano de vacinação contra a Covid-19 no Estado, mas esclareceu que é impossível incluir todos os grupos considerados “prioridade” por agora, pois há insuficiência de vacinas para todos. Os critérios prioritários seguem sendo idade e comorbidades.

Apesar de entender a demanda, o médico diz que não há “justificativa plausível do ponto de vista técnico-científico”, para uma inflexão naquilo que é tido como grupo prioritário, definido pelo comitê técnico nacional, que auxilia o Programa de Imunização Nacional (PNI). Isso, com a exceção dos trabalhadores de saúde e da linha de frente e categorias mais expostas ao vírus. No entanto, ainda não houve resposta por parte do estado para a nova solicitação.

 

A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) apresentou um projeto de lei que busca a vacinação imediata contra a Covid-19 para as doulas, profissionais que orientam as gestantes sobre as escolhas possíveis durante o processo de gravidez, auxiliam no diálogo com os profissionais da saúde e, por conseguinte, evitam possíveis casos de violência obstétrica.

“Além de integrarem a área da saúde, as doulas trabalham diretamente com as gestantes e puérperas, seja em unidades de saúde, seja dentro das casas, com o núcleo familiar da cada grávida. Ou seja, elas interagem diretamente com grupos de extrema vulnerabilidade”, explicou a deputada.

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Apesar de estarem incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI), e também serem consideradas grupo prioritário, de acordo com a Associação de Doulas de Pernambuco (ADOPE), menos de um terço das profissionais foi imunizado, chamando atenção para a maior parte da categoria, que segue desprotegida contra a Covid-19.

As profissionais, que têm sua atuação reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), têm presença assegurada por lei em todos os hospitais, maternidades, casas de parto e estabelecimentos afins da rede pública e privada do estado.

O projeto de lei também inclui as profissionais nos grupos prioritários das demais campanhas de vacinação contra doenças infectocontagiosas vigentes no estado.

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