MPF investiga denúncias de tortura contra Rodrigo Pilha
Pedido foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE); ativista foi preso depois de segurar uma faixa com os dizeres "Bolsonaro genocida"
O Ministério Público Federal deu início à investigação que apura as denúncias de tortura contra o ativista Rodrigo Pilha, preso no dia 18 de março, depois de participar de um ato segurando uma faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”. O órgão atende ao pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).
“Como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, pedi ao Ministério Público Federal apuração sobre as denúncias de tortura praticada contra o ativista político Rodrigo Pilha, que foi preso por protestar contra Bolsonaro em Brasília. O órgão deu início à investigação”, informou Costa, em suas redes sociais, neste sábado (15).
A denúncia de agressão foi divulgada pela RBA, no dia 12 de abril, com base em informações do jornalista Guga Noblat, que teve acesso aos autos do processo. Filiado ao PT, Pilha recebeu chutes, socos e murros de agentes penitenciários.
A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou o afastamento de agentes suspeitos de praticarem os atos de tortura contra o ativista. Segundo a decisão, dois servidores da Secretaria de Administração Penitenciária devem ser afastados por 60 dias das unidades prisionais e transferidos para a unidade administrativa gerida pelo órgão. Nesse período, o caso deve ser apurado.