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A Polícia Civil do Ceará investiga ato de sexo explícito praticado na praia de Iracema, em Fortaleza. A cena, que envolve três pessoas, foi registrada por um transeunte que circulava pelo local na madrugada da última segunda-feira (7).

Com sete segundos de duração, o vídeo foi publicado nas redes sociais e chegou às mãos das autoridades. Por meio de nota enviada ao UOL, a Polícia Civil informou que investiga as circunstâncias do ato. Até o momento, ninguém foi preso. 

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De acordo com o Artigo 233 do Código Penal Brasileiro, praticar sexo em público é crime, com pena de três meses a um ano de prisão ou multa. A corporação também afirmou que quem tiver informações sobre os envolvidos pode fazer a denúncia de forma anônima por meio do telefone do 2º DP (85 - 31011344), ou pelo número 181.

As autoridades do Catar disseram nesta quinta-feira (8) que investigam a morte de um trabalhador em um acidente de trabalho no centro de treinamento da Arábia Saudita durante a Copa do Mundo de 2022, após informações do site de notícias esportivas The Athletic.

“Se a investigação concluir que os protocolos de segurança não foram respeitados, a empresa está exposta a investigações judiciais e duras sanções econômicas”, afirmou o governo em comunicado.

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Segundo The Athletic, o falecido seria um filipino de quase quarenta anos que caiu de uma empilhadeira enquanto consertava iluminação em um estacionamento. Várias fontes disseram que ele não estava usando cinto de segurança.

"A embaixada filipina em Doha também está investigando este caso", disse o Ministério das Relações Exteriores filipino à AFP, sem fornecer mais detalhes neste momento.

Em outro comunicado, a Fifa se declarou "profundamente triste com esta tragédia".

"Entramos em contato com as autoridades locais para pedir mais detalhes", acrescentou a organização em nota.

Em Doha, o comitê supremo de organização da Copa do Mundo disse em nota que não era o empregador do trabalhador em questão e que o acidente ocorreu "em uma propriedade que não está sob sua jurisdição".

No entanto, a comissão afirmou que acompanha o caso "com as autoridades competentes" e está em "contato com a família" da vítima.

O Catar tem um mecanismo de indenização para acidentes de trabalho e salários não pagos, que repassou mais de 350 milhões de dólares este ano, segundo as autoridades.

Desde que foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022, em dezembro de 2010, o pequeno emirado do Golfo foi criticado pelas condições de trabalho e de vida de centenas de milhares de trabalhadores migrantes da Ásia e da África.

Doha responde que fez reformas inéditas no código do trabalho, aplaudidas pelas organizações sindicais, que, no entanto, pedem uma aplicação mais rigorosa.

O total de mortes em acidentes de trabalho durante os preparativos para a Copa do Mundo varia de acordo com as fontes.O Catar diz que 414 pessoas morreram entre 2014 e 2020. As ONGs apontam para vários milhares desde 2010.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga a possibilidade de financiamento dos atos antidemocráticos realizados no dia 7 de setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A apuração também envolve suspeitas de campanha eleitoral antecipada e abuso de poder político e econômico.

O despacho, assinado pelo ministro Luis Felipe Salomão, corregedor-geral da Corte, menciona ainda um vídeo que circulou nas redes sociais mostrando um grupo de manifestantes recebendo dinheiro no interior de um ônibus, supostamente oriundo de Pompeia, no interior Paulista. O documento da Justiça pontua que, nas imagens, “uma pessoa trajando camiseta com dizeres de apoio ao voto impresso distribui valores em espécie – nota de R$ 100 (cem reais) –, para os ocupantes do veículo, enquanto um deles narra cada um ter recebido uma camiseta idêntica e a relatada importância em dinheiro, para efeito de participação nas manifestações do dia 07 de setembro de 2021”.

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O ministro determina que o vídeo seja encaminhado à Polícia Federal, para que seja realizada sua transcrição e o aprofundamento da investigação. Salomão estabeleceu o prazo de 20 dias para que ambas as deliberações sejam postas em prática.

 A Polícia Civil investiga uma loja do Mercado de Pulgas, localizado na cidade de Nova Trento, no interior de Santa Catarina, acusada de vender objetos nazistas. Um turista que passava pelo local observou a presença de um busto do ditador Adolf Hitler e do símbolo oficial de seu regime. Nesta segunda (9), o homem denunciou o caso às autoridades policiais, no munícipio Balneário Camboriú, e ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

O estabelecimento tinha uma placa com uma suástica acompanhada pelos dizeres “Eintritt Verboten”, que significa "Entrada Proibida", em alemão. Ao jornal NSC, o cliente relata que ficou incomodado com os objetos e questionou o vendedor.

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“O trabalhador da loja afirmou que está há um mês no local e sugeriu ao proprietário que retirasse os objetos, mas que o mesmo afirmou que 'a loja é dele e ele vende o que quiser”, declarou o turista.

Por meio de nota, o MPSC confirmou que a Polícia Civil está apurando o caso. De acordo com o órgão, “a 2ª Promotoria de Justiça de São João Batista está aguardando a conclusão do inquérito policial para avaliar as medidas cabíveis".

No Brasil, é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. O delito é tipificado pelo art. 20. da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa para quem desobedecer a norma.

 O Ministério Público Federal deu início à investigação que apura as denúncias de tortura contra o ativista Rodrigo Pilha, preso no dia 18 de março, depois de participar de um ato segurando uma faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”. O órgão atende ao pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).

“Como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, pedi ao Ministério Público Federal apuração sobre as denúncias de tortura praticada contra o ativista político Rodrigo Pilha, que foi preso por protestar contra Bolsonaro em Brasília. O órgão deu início à investigação”, informou Costa, em suas redes sociais, neste sábado (15).

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A denúncia de agressão foi divulgada pela RBA, no dia 12 de abril, com base em informações do jornalista Guga Noblat, que teve acesso aos autos do processo. Filiado ao PT, Pilha recebeu chutes, socos e murros de agentes penitenciários.

A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou o afastamento de agentes suspeitos de praticarem os atos de tortura contra o ativista. Segundo a decisão, dois servidores da Secretaria de Administração Penitenciária devem ser afastados por 60 dias das unidades prisionais e transferidos para a unidade administrativa gerida pelo órgão. Nesse período, o caso deve ser apurado.

A Polícia Federal investiga a atriz e modelo Núbia Óliiver, de 47 anos, por envolvimento com um esquema internacional de prostituição e exploração sexual de brasileiras. Com atividade em 15 países, a rede teve seis de seus envolvidos presos no Brasil, na última terça (27). As informações são da revista Quem.

Segundo os investigadores, Núbia teria sido agenciada por Rodrigo Otávio Cotait, chefe do esquema. Ela teria a função de facilitar o contato das vítimas com Cotait, enviando fotos sensuais das jovens e combinando os programas sexuais, com comissão no valor de R$ 1 mil.

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Funcionamento do esquema

Para se aproximar das vítimas através do Instagram, Cotait se passava por proprietário de uma marca de cosméticos chamada Tommy G. De acordo com a polícia, muitas das jovens nem sequer tinham se prostituído antes, aceitando o convite por dificuldades financeiras.

Uma das trocas de mensagens registra o momento em que uma das vítimas envia a foto da geladeira vazia para Cotait. O agenciador costumava agir de forma misógina com as vítimas. “É o seguinte, a mulher tem três funções. Primeira, lógico, a mais importante: putaria, evidente. Segunda: 'ai Rô, não faço, não gosto de putaria', não tem problema, amor, você tem função ainda: você pode ser útil, me apresente suas amigas. 'Ai Rô, não tenho amiga'. Não tem problema, você vai ter uma função finalmente: por favor, vassoura e pano de chão tá ali, vamos limpar a casa né?", disse ele a uma das jovens.

As imagens de mais de 300 mulheres seminuas eram organizadas em uma espécie de catálogo, no qual elas eram identificadas por códigos. Cotait tratava as vítimas como “produtos”, que precisavam ser “testados” primeiro por ele, antes de serem apresentados aos “clientes”.

À revista, o advogado de Núbia, Rodrigo Carneiro Maia Bandieri, informou que não iria se manifestar sobre o caso."Como os autos tramitam em sigilo, por ora, a defesa técnica da Sra. Nubia Cassia Ferreira de Oliveira, irá respeitá-lo, ou seja, não nos manifestaremos sobre a investigação policial federal. Aliado a isso, fomos constituídos na data de ontem, e ainda não conseguimos acesso ao inteiro teor. Em momento oportuno poderemos falar", informou.

Resultados para as suspeitas devem sair até esta sexta (3).(Reprodução)

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Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (2), o Governo de Pernambuco informou que investiga 19 óbitos suspeitos do novo coronavírus. De acordo com o secretário de saúde, André Longo, o estado deve dobrar sua capacidade de testagem nesta sexta (3). Pernambuco já soma 106 ocorrências confirmadas da covid-19, com 11 óbitos e 17 pessoas recuperadas.

“Tínhamos, até a meia noite de ontem, 19 óbitos em investigação. Deve dar resultado até amanhã, tendo em vista a ampliação do número de testes. Todos os serviços de Pernambuco estão avisados de que precisamos fazer a coleta tão logo seja possível, para que a gente possa processar esses testes. Não queremos nenhum óbito sem esclarecimento”, comentou Longo. O secretário reforçou a parceria com um laboratório privado, que já iniciou os exames em profissionais de saúde. “É compromisso nosso ampliar a testagem. Para isso, estamos aguardando kits da Fiocruz Rio para que a gente comece a operar na Fiocruz de Pernambuco. A expectativa é a de a gente recebesse 4 mil kits de testagem até hoje, para triplicar nossa capacidade de testagem por dia”, acrescentou.

Como faltam testes, o estado não possui fila para exames. “Confirmada a transmissão comunitária do vírus, a recomendação do Ministério da Saúde é a de que o teste só deve ser feito em casos graves. Outros estados continuaram fazendo coleta sem seguir essa determinação e, com isso, tiveram um número de coletas muito maior do que o de insumos. Acabaram criando essas filas, a exemplo da fila de 16 mil pessoas em São Paulo”, argumentou o chefe do setor de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Demetrius Montenegro.

Reforço da UFPE

O secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, revelou que buscou parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e com o próprio laboratório municipal. “Temos feito conversas promissoras. Assim que tivermos informações melhores, a gente poderá contribuir enquanto capital com o esforço de testagem. Não tem nem 20 dias que o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco) começou a fazer os exames e já está dando conta de boa quantidade de testagens”, colocou.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, abriu um procedimento para investigação criminal de um prefeito de uma cidade pernambucana, que não teve sua identidade revelada pela instituição. De acordo com o MPPE, será apurado se o gestor descumpriu a determinação do poder público destinada a impedir a propagação do Covid-19.

De acordo com o procurador-geral, o prefeito é acusado de ter comunicado à população de sua cidade que o comércio estaria liberado para funcionar neste sábado (27), das 8 às 14 horas. “O ato do prefeito, se confirmado, viola o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020, que determina em seu artigo 2º a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos de comércio localizados em Pernambuco. As exceções são elencadas no próprio decreto”, explica Dirceu Barros.

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Se a veracidade dos fatos for confirmada, o prefeito cometeu os crimes de infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal) e incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal). Segundo Dirceu Barros, uma eventual condenação com trânsito em julgado nos citados crimes pode acarretar na suspensão dos direitos políticos do prefeito, que não poderá votar ou ser votado enquanto durarem os efeitos da condenação. “No meio de uma crise, é necessário que todas as autoridades observem irrestritamente o princípio da legalidade. O caos será generalizado se cada Prefeitura começar a infringir as normas legais. O MPPE não se envolve em questões ideológicas ou econômicas; nosso papel, neste caso, é defender a ordem jurídica, como preconiza o artigo 127 da Constituição Federal”, afirma o procurador geral.

Por meio de nota, o MPPE informou que o “Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus expediu recomendação para que todos os membros do Ministério Público de Pernambuco observem se o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020 está sendo rigorosamente cumprido”. Caso contrário, os promotores de Justiça estão orientados a comunicar o desobedecimento das normas ao procurador-geral de Justiça e à Polícia Civil.

Duas adolescentes de 14 e 15 anos alegam terem sido vítimas de estupro coletivo, durante um rodeio na madrugada de segunda-feira, 2, em Cunha, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Elas teriam sido dopadas e, desacordadas, ficaram à mercê de um grupo de homens durante cerca de cinco horas.

A Polícia Civil acredita que as meninas podem ter sido violentadas por seis homens. Dois suspeitos, de 32 e 33 anos, foram presos e admitiram que se relacionaram com as garotas, mas alegam que houve consentimento.

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A polícia já identificou um terceiro suspeito - ele levou o celular de uma das jovens. As garotas foram ao rodeio, evento tradicional na cidade, na companhia de uma tia. Quando a mulher decidiu ir embora, elas ficaram no recinto da festa.

Conforme o relato das garotas, o dono de uma barraca de bebidas ofereceu cerveja e elas aceitaram, mas logo depois de beberem, as duas teriam passado mal. A menina mais nova desmaiou e a outra tentou socorrê-la, mas também ficou desacordada. Ela acordou horas depois, nua, em um galpão reservado a funcionários do evento.

A garota de 15 relatou ter visto vários homens no local, um deles seminu, sobre a sua colega que também estava nua. Sem conseguir reagir, ela voltou a desmaiar. Quando as duas acordaram, o dia já estava amanhecendo e ainda havia homens no local. As adolescentes saíram do galpão e foram à procura da tia, relatando o que tinha acontecido. Depois de passarem pelo Conselho Tutelar, as garotas foram levadas à Polícia Civil.

Uma equipe de policiais foi ao local da festa, que estava sendo desmontado, e deteve os dois suspeitos. Eles foram reconhecidos pelas vítimas. O delegado Paulo Sérgio Barbosa, que investiga o caso, acredita que um dos suspeitos pode ter colocado alguma substância na bebida dada às garotas. Segundo ele, a alegação de que as adolescentes consentiram com as relações sexuais não ameniza o crime pois elas estavam embriagadas e, ainda assim, negam o consentimento.

As meninas relataram que estavam com dores e passaram por exames de corpo de delito. As jovens também receberam atendimento médico. A polícia requisitou a relação de pessoas que trabalharam no evento - a maioria reside em outras cidades.

Os organizadores alegaram que os suspeitos fazem parte de uma equipe terceirizada e que a empresa colabora com as investigações. A prefeitura de Cunha informou que apenas cedeu o espaço para a realização do rodeio.

A polícia da Austrália declarou neste domingo que estava investigando um vídeo que mostra o filho de oito anos de um proeminente combatente do grupo extremista Estado Islâmico (EI) com um colete bomba e ameaçando matar seus compatriotas.

As imagens mostram supostamente o filho de Khaled Sharruf, que em fevereiro foi o primeiro australiano a ser despojado de sua nacionalidade em virtude da lei antiterrorista do país.

A criança foi filmada recentemente carregando duas pistolas e uma faca, enquanto respondia a perguntas que uma voz em off fazia, entre elas "Como mataria um australiano?", informou o jornal Sunday Telegraph de Sydney.

Sharruf, que viajou à Síria em 2013 com sua família, levantou uma onda de indignação em 2014 ao tuitar uma fotografia de outro filho exibindo a cabeça de um soldado sírio decapitado.

Os serviços de contraterrorismo de Nova Gales do Sul descobriram "um vídeo procedente do Oriente Médio que mostra um menor ameaçando em nome do EI", afirmou a polícia deste Estado em um comunicado.

"Estão investigando o vídeo. Não inclui uma ameaça específica. O atual nível de alerta terrorista nacional continua em provável".

Depois que a esposa de Sharruf, Tara Nettleton, foi dada como morta no ano passado, sua mãe tentou em vão que os cinco filhos do casal voltassem à Austrália.

Acredita-se que Sharruf tenha morrido em 2015 no ataque de um drone do Iraque, mas alguns meios de comunicação colocaram em xeque sua morte.

Desde que o nível de alerta foi elevado, em setembro de 2014, Canberra implementou várias leis antiterroristas.

As autoridades estimam que 110 australianos viajaram à Síria e ao Iraque, onde cerca de 60 teriam morrido.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investigando denúncias de que, entre os marines, circulam fotos de mulheres deste serviço nuas, tiradas sem o seu consentimento, disseram funcionários nesta segunda-feira.

As fotografias, compartilhadas em uma página secreta do Facebook que já foi desativada, mostravam supostamente mulheres marines total ou parcialmente nuas.

Publicadas na página chamada "Marines Unidos", as fotos incluíam comentários lascivos sobre algumas das mulheres.

"O corpo de Marines está profundamente preocupado pelas denúncias sobre os comentários on-line depreciativos e as fotografias obscenas no 'Marines United', um site fechado. Esta conduta destrói a moral, erode a confiança e degrada o indivíduo. O corpo de Marines não aprova este tipo de conduta, que mina seus valores", afirmou o corpo em um comunicado publicado em seu site.

Qualquer marine que "compartilhar uma foto de outra pessoa tirada sem o consentimento desta pessoa e em circunstâncias nas quais esta outra pessoa tem expectativas razoáveis de privacidade (...) pode ser submetido a um processo penal ou a medidas administrativas", acrescenta o comunicado.

O presidente da comissão das Forças Armadas da Câmara de Representantes, Mac Thornberry, disse que o site era "inaceitável". "As revelações do tratamento que estas mulheres marines receberam são penosas", acrescentou.

Só agora, 47 anos depois, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação sobre a morte do guerrilheiro Carlos Marighella, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), em 4 de novembro de 1969. Essa é ainda a primeira vez que a equipe de policiais do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), que foi o símbolo da repressão na ditadura, será investigada por um crime político. Fleury comandou a operação que matou Marighella. Ela foi realizada por 43 homens, entre civis e militares. A decisão de apurar é do procurador da República Andrey Borges de Mendonça, que já começou a tomar depoimentos de testemunhas.

"É sempre importante que a verdade seja descoberta", disse o procurador aposentado Hélio Bicudo, que denunciou Fleury pelos crimes comuns em ações do Esquadrão da Morte - bando de policiais que executava bandidos nos anos 1960 e 1970.

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Uma das testemunhas ouvidas pelo procurador foi o jornalista do Estado José Maria Mayrink, o primeiro repórter a chegar ao local da emboscada que vitimou Marighella. Mayrink conhecia os dominicanos Yves do Amaral Lesbaupin, o Frei Ivo, e Fernando de Brito, que esperavam Marighella em um Fusca quando o Dops o encurralou. Eles haviam sido presos dias antes e obrigados a participar da cilada.

"Quem matou o Marighella foi o Tralli (o investigador José Carlos Tralli)", disse o investigador R.A., de 68 anos, um dos policiais que participaram da ação.

Para o jornalista Ivan Seixas, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, a investigação do MPF é importante para que se "saiba o que aconteceu". "É fundamental investigar essa história." Naquele dia, contou Seixas, quatro quarteirões estavam cercados por policiais. Marighella ia se encontrar com os frades. Ele não sabia que os dois haviam sido presos. Estava desarmado e sozinho. "Houve uma execução, e o Estado é responsável por ela", afirmou Seixas.

O MPF deve ouvir os depoimentos de Ivo e de Fernando. Também vai ouvir antigos militantes da ALN que foram torturados por Fleury em busca de informações que levassem até Marighella, como o economista Paulo de Tarso Venceslau, além de policiais e militares envolvidos.

"Vão ter de fazer muita diligência em cemitério e em mesa branca", disse o investigador R.A.. Dos delegados da operação, Raul Ferreira, o Raul Pudim, Tucunduva e Fleury já estão mortos. Também morreram investigadores como Tralli e José Campos Correa Filho, o Campão. Laudos e documentos do Dops também serão analisados.

A iniciativa dos procuradores da República se baseia no argumento de que, como esses delitos foram crimes contra a humanidade, eles são imprescritíveis e insuscetíveis de graça ou anistia. Quase duas dezenas de denúncias já foram feitas pelo MPF à Justiça Federal contra agentes da ditadura. Em todas, a Justiça decidiu que as ações não podem prosperar em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a Lei de Anistia, de 1979.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A juíza argentina encarregada dos crimes cometidos durante a Guerra Civil espanhola investigará o assassinato, há 80 anos, do escritor Federico García Lorca, informou nesta quinta-feira a associação de vítimas do franquismo que fez este requerimento.

"A juíza María Servini já aceitou a denúncia e se pôs a trabalhar sobre o tema", indicou à AFP Emilio Silva, presidente da Associação para a Recuperação da Memória Histórica (ARMH).

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A magistrada de Buenos Aires incluiu o caso do poeta e dramaturgo dentro da causa que, valendo-se do princípio de justiça universal, foi aberta em 2010 para investigar violações dos direitos humanos durante a Guerra Civil espanhola (1936-1939) e a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), segundo Silva.

"Servini solicitará ao governo espanhol qualquer informação relacionada com o caso que possa existir em qualquer arquivo", acrescentou.

Disse ainda que ela poderá viajar em breve à Espanha para recolher mais informações.

A investigação é divulgada quando, esta semana, são completados 80 anos da morte de García Lorca, fuzilado em agosto de 1936 durante os primeiros dias da guerra perto de Granada (sul).

Seus restos, jogados em uma vala comum, não foram achados.

Em setembro, começará a terceira operação de busca, anunciou recentemente o arqueólogo que dirige os trabalhos.

A ARMH fez sua denúncia com base em um documento de 1965 que permaneceu "oculto" por décadas no arquivo do ministério do Interior. "No texto, pela primeira vez o Estado franquista reconhece o assassinato de Lorca", segundo Silva.

O documento, um relatório da polícia de Granada, indica que o poeta "passou pelas armas e foi enterrado muito à flor da terra".

"A impunidade que há em relação ao tema do franquismo se converteu em toda uma cultura política e este caso é muito evidente", lamentou Silva, cuja associação acudiu à Argentina ante os obstáculos para julgar os crimes na Espanha devido a uma Lei de Anistia aprovada em 1977.

Dentro de sua investigação, a juíza Servini solicitou em março passado o depoimento de cerca de vinte envolvidos que ainda estão vivos, o que espera realizar em sua futura visita ao país.

Seu pedido para deter e extraditar esses suspeitos para a Argentina foi rejeitado pela justiça da Espanha.

Em maio de 2014, a juíza visitou a Espanha para ouvir o depoimento de algumas vítimas que, por sua idade avançada, ou estado de saúde, não podiam viajar para a Argentina.

O local em que repousam os restos mortais continua sendo um mistério.

O relatório dos arqueólogos que abriram várias valas na região de Granada, onde supostamente o poeta estava enterrado, concluiu que o lugar não possui valas com capacidade mínima para conter corpos.

Os trabalhos de escavação das valas basearam-se nos testemunhos de pessoas que afirmavam que o lugar situado a 9 km de Granada era onde teriam sido fuzilados e enterrados García Lorca com dois anarquistas e um professor em agosto de 1936, um mês depois do início da Guerra Civil.

A família Lorca sempre se opôs à abertura da vala da localidade de Alfacar, mas, após a decisão judicial, anunciou que forneceria seu DNA para identificar os restos de seu parente para facilitar os trabalhos.

Garcia Lorca foi considerado o mais notável de uma constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista.

O presidente do Baidu foi convocado pelas autoridades de regulamentação da China após a morte de um estudante que, em uma tentativa de curar o câncer, teria confiado nos links patrocinados do motor de busca na internet.

Wei Zexi, um estudante de 21 anos que sofria de um tipo raro de câncer, encontrou, por meio do Baidu, um tratamento experimental proposto por um hospital de Pequim. Ele gastou mais de 200.000 yuanes (27.000 euros ou 30.000 dólares) no tratamento - depois de pedir empréstimos a parentes e amigos -, mas não melhorou, explicou o próprio estudante em fevereiro no fórum Zhihu.com. Um mês depois o paciente faleceu.

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Wei acusou o hospital de ter exagerado a eficácia do tratamento e o Baidu de ter classificado os resultados da busca em função da publicidade que os hospitais pagam à empresa. Também fez um apelo para que outros pacientes "não se deixem enganar".

O caso provocou nos últimos dias uma comoção e uma onda de indignação nas redes sociais chinesas. A CAC - a autoridade chinesa que administra a internet e a segurança virtual - anunciou em um comunicado a abertura de uma investigação sobre o Baidu em conjunto com as autoridades da área de saúde e do comércio e indústria.

O caso provocou uma queda de 8% das ações do Baidu na Bolsa de Nova York.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga policiais do 2º Batalhão, na zona leste de São Paulo, por suspeita de formação de quadrilha. Onze PMs foram indiciados por achacar traficantes, roubar drogas de pontos de tráfico para revender depois, forjar flagrantes em troca de propina, cobrar mensalidade de casas de bingo e até matar. Na maioria dos crimes, eles estavam em serviço.

O inquérito policial militar da Corregedoria, ao qual a reportagem teve acesso com exclusividade, mostra que os crimes foram descobertos, ao longo de nove meses, por meio de escutas autorizadas pela Justiça.

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Em dezembro, foram decretadas as prisões da tenente Beatriz Marandola da Silva; dos cabos Bruno Marandola da Silva (seu irmão), Ricardo de Nofre, Raphael Mendes Sparapani Oliva, Erick da Silva Andrade, Pedro Henrique Santos da Silva; dos soldados Aquiles da Silva Duarte, Rafael Lima de Albuquerque, Marcio Henrique de Campos, Anderson Teixeira Lopes; e do sargento Reinaldo Luiz José de Lima. Erick e Pedro pertencem ao 29º BPM.

A apuração começou em abril do ano passado, depois que os promotores do Grupo Externo de Controle da Atividade Policial (Gecep) acionaram a Corregedoria quando descobriram que PMs estavam agindo com um informante que se passava por investigador do Departamento de Investigações Criminais (Deic) para cobrar propina de criminosos. Segundo o grupo, o falso policial apurava nomes e endereços de bandidos, principalmente traficantes, para que os PMs exigissem dinheiro. Em seguida, faziam a partilha.

Escutas revelaram que um criminoso, relutante em dar dinheiro para os PMs, pode ter sido assassinado.

A apuração concluiu que eles descobriram que o informante era um falso policial e passaram a extorqui-lo. Ele, em depoimento aos promotores, revelou que pagou R$ 35 mil para não ser preso ou denunciado.

Sequência de crimes

De abril a dezembro do ano passado, os suspeitos praticaram pelo menos dez crimes, segundo as investigações da Corregedoria.

Em agosto, segundo o órgão, a tenente Beatriz e os demais PMs de sua equipe tentaram forjar flagrante de tráfico de drogas contra dois jovens que foram pegos com R$ 28.780,00 em uma sacola e uma pequena porção de maconha.

As escutas mostram que o cabo Bruno se prontificou a buscar um quilo de maconha na casa do soldado Albuquerque para imputar mais crimes aos jovens. "Se for precisar mesmo, eu te ligo", disse a tenente em conversa por celular com seu irmão. Ela desistiu da ideia.

No mês seguinte, os cabos Bruno, Nofre e o soldado Albuquerque abordaram dois suspeitos em um ponto de tráfico em Ermelino Matarazzo, na zona leste, mas apenas um foi preso.

Eles disseram no 24º DP que o rapaz foi surpreendido com 20 trouxas de maconha, R$ 65 e 135 pinos de cocaína. As escutas, porém, revelaram uma história diferente. O rapaz, na verdade, foi pego depois de comprar duas pequenas porções de um traficante conhecido como "Tô". Os dois foram achacados pelos PMs, que exigiram mais drogas, armas e dinheiro para liberá-los. O traficante pagou a exigência e foi solto. O rapaz ficou preso. Se fosse levado ao DP com duas porções de maconha, seria considerado usuário.

Negociação

Os corregedores também flagraram o cabo Raphael negociando porções de cocaína. Em outubro, ele telefona para um amigo e diz que pegou 20 pinos da droga prontas para venda. Em outra ligação, ele revela que conseguiu a cocaína depois de um acordo com traficantes. Para a Corregedoria, o PM roubou a droga.

Ainda em outubro, os soldados Campos e Lopes localizaram um casa de bingo, na Ponte Rasa, zona leste. Segundo a Corregedoria, os PMs junto com o sargento Lima pediram propina ao proprietário para não levar o caso até o DP. Por telefone, Lopes diz para Campos "arrebentar" e pedir "cincão" (R$ 5 mil) por mês.

Funcionários do local confirmaram aos corregedores que, no dia da blitz, os policiais conversaram com o proprietário em um local reservado e foram embora em seguida. Os depoimentos aconteceram apenas em janeiro, quando o endereço do bingo foi descoberto. A Corregedoria apreendeu máquinas caça-níqueis.

Na semana passada, a Justiça Militar mandou soltar a tenente Beatriz e os cabos Pedro e Erick. Eles respondem em liberdade. Os demais continuam no Presídio Militar Romão Gomes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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