Boulos diz que atos pró-Bolsonaro usam recursos públicos

No comparativo do representante do PSOL, atos bolsonaristas possuem financiamento faraônico, enquanto os da esquerda seriam autônomos

qui, 16/09/2021 - 10:56
Filipe Araújo Guilherme Boulos em ato no fim de 2020 Filipe Araújo

Após a unificação de 8 partidos da oposição na Câmara que repercutiu no anúncio de atos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos próximos dias 2 de outubro e 15 de novembro, Guilherme Boulos (PSOL) disse que as mobilizações da esquerda não possuem grandes financiamentos, como os atos favoráveis ao Executivo.

"Uma coisa é usar dinheiro público, ter grandes entidades patronais, outra coisa é você alugar um caminhão de som", comparou o ex-presidenciável e pré-candidato ao Governo de São Paulo em entrevista ao Uol.

“Não tem essa estrutura faraônica das manifestações do Bolsonaro. O que você tem para financiar uma manifestação? Eventualmente, um caminhão de som que precisa ser alugado e uma estrutura de deslocamento de pessoas que vem de uma região mais distante. Isso é financiado desde vaquinhas organizadas pelos próprios membros e entidades que organizam o ato até com apoio das centrais sindicais", descreveu Boulos.

Ao comentar sobre os protestos do último dia 12, convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), ele definiu que o movimento tem pouca expressão diante da baixa adesão de manifestantes.

 "O MBL teve seu papel naquela onda de impeachment da Dilma, mas hoje está na inanição. É um movimento com pouca expressão social. A esquerda precisa se focar numa ampliação que seja capaz de derrotar Bolsonaro", criticou.

O representante do PSOL acrescentou que, assim como o MBL, o movimento Vem Pra Rua também tem pouca autoridade na luta pela destituição do presidente, pois "aplicaram as mesmas táticas bolsonaristas, de fake News, de tentativas de desmoralização, de ataques rasteiros à esquerda".

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