ONU: Bolsonaro elogia economia e fala em auxílio de US$800

Presidente criticou governadores por quebrar a economia com as medidas sanitárias e falou sobre um Brasil de economia plena e livre do socialismo

por Vitória Silva ter, 21/09/2021 - 11:52
Reprodução/YouTube/ONU O presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a discursar na 76ª Assembleia-Geral da ONU Reprodução/YouTube/ONU

Por volta das 10h45 desta terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, em sua terceira passagem pelo palanque. Seguindo a tradição do encontro, que desde 1947 dá a oportunidade de abertura da assembleia aos presidentes brasileiros, Bolsonaro foi o primeiro a discursar. A fala do mandatário chama atenção por destacar números obtidos pelo Brasil durante a pandemia e por exaltar uma boa economia que não é a realidade do país. Após culpar governadores por mitigar a economia com as estratégias de lockdown, o chefe do Executivo voltou a mencionar o “auxílio de 800 dólares” (aproximadamente R$ 4.200). 

“No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos, e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020”, disse Bolsonaro em discurso. 

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A maior parcela do auxílio emergencial concedida pelo Governo Federal durante a pandemia foi de R$ 600. Ainda para aqueles que receberam as seis parcelas completas neste valor, o valor total, durante toda a pandemia, seria de R$ 3.600. As parcelas posteriores tiveram valor que variou entre R$ 200, R$ 300, R$ 150 e R$ 375 (para famílias ou mães solo) e não contemplaram mais todo o público inicial. 

Jair Bolsonaro também disse que o Brasil “eliminou o socialismo” e que bancos e outras instituições estatais do país “não trabalham mais para países comunistas''. Ele elogiou a própria gestão, falou sobre recuperação da economia e que o Brasil é o país do “futuro verde” para oportunidades de trabalho. 

“Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares no passado. Hoje, são lucrativas. Nosso banco de desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honrava esses compromissos era o próprio povo brasileiro. Tudo isso mudou”, afirmou Bolsonaro. 

“E isso é muito. É uma história da base se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, completou o presidente. 

Bolsonaro também valorizou os contratos feitos com a iniciativa privada: “O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Até aqui, fomos contratados R$ 100 bilhões de novos investidos e arrecadado 23 bilhões em outorgas”. 

 

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