Rejeitado pelas mulheres, Bolsonaro leva Michelle a evento
O "reforço" de Michelle em ano eleitoral vem após Bolsonaro, à revelia das orientações de seu grupo político, decidir pelo general Braga Netto para provavelmente assumir a vice na chapa à reeleição
Em busca de reduzir a rejeição no eleitorado feminino a seis meses das eleições presidenciais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), escalou a primeira-dama Michelle para acompanhá-lo em viagem oficial nesta sexta-feira, 8. Os dois visitaram obras da unidade de radioterapia da Santa Casa de Bagé (RS) e discursaram.
"Estou muito bem acompanhado da primeira-dama. É a primeira vez que ela sai comigo de Brasília, com toda certeza outras vezes ela me acompanhará. Isso abrilhanta o evento e nos traz mais tranquilidade", destacou o presidente, que passou a palavra à primeira-dama.
Michelle fez um rápido pronunciamento em que agradeceu os presentes e repetiu o bordão utilizado pelo marido na campanha de 2018: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos."
Diferentemente do que afirmou o presidente, Michelle, no entanto, já esteve com ele em outras solenidades fora de Brasília, como o lançamento do programa "DNA do Brasil", em Porto Nacional (TO), que aconteceu no dia 22 de março.
O "reforço" de Michelle em ano eleitoral vem após Bolsonaro, à revelia das orientações de seu grupo político, decidir pelo general Braga Netto para provavelmente assumir a vice na chapa à reeleição.
O Centrão aconselhou a escolha de uma mulher, principalmente a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, justamente por conta da alta rejeição do presidente neste grupo de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Mas Bolsonaro prefere um militar para evitar ser alvo de um processo de impeachment em um eventual segundo mandato.