Defesa da mulher: veja as propostas dos candidatos de PE

A cada quatro dias e meio, uma mulher foi assassinada pelo crime de feminicídio no estado

por Camilla Dantas ter, 06/09/2022 - 18:24
Divulgação Marília Arraes, Anderson Ferreira, Miguel Coelho, Danilo Cabral e Raquel Lyra Divulgação

De acordo com a Seretaria de Defesa Social (SDS), no primeiro semestre de 2022 foi registrado em Pernambuco, que a cada quatro dias e meio, uma mulher foi assassinada pelo crime de feminicídio, que designa ao assassinatos de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero. A partir dessa realidade é importante ter a ciência de quais são as propostas dos candidatos ao governo do estado para resolver essa questão.

Anderson Ferreira (PL)

O candidato Anderson Ferreira (PL), em seu plano de governo apresentado ao Tribunal Superior ao Eleitoral (TSE), incluiu propostas voltadas para o combate à violência e defesa das vítimas. Dentre elas, o candidato destaca a implementação de uma lei federal que considera os crimes de violência doméstica contra mulher como ação penal pública incondicionada.

Anderson também destaca sobre o fortalecimento e a consolidação da rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. E também ampliar vagas e acessibilidade às universidades estaduais para essas vítimas. Além disso, pretende disseminar campanhas preventivas, sobre os serviços de atendimento à mulher em situação de violência doméstica em todo o estado de Pernambuco juntos com os municípios.

Em seu plano de governo, o bolsonarista incluiu a capacitação de profissionais dos serviços públicos para melhor atendimento às mulheres, adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade, ampliar e interiorizar as delegacias das mulheres e dos outros canais de denúncias através de parcerias com instituições públicas e privadas, e alinhar as ações do Governo ao planejamento estratégico do ministério da mulher da família e dos direitos humanos.

Danilo Cabral (PSB)

O candidato Danilo Cabral (PSB), incluiu no seu plano de governo  propostas voltadas para a defesa e segurança das mulheres. Como por exemplo a promessa de ampliação de Delegacias da Mulher no estado, também fortalecer a Patrulha Maria da Penha, criação de núcleos de atendimentos às mulheres vítimas de violência.

Marília Arraes (SD)

A candidata Marília Arraes (SD), pretende implantar Delegacias da Mulher nas cidades com maiores índices de violência contra a mulher e criar a Delegacia da Mulher Itinerante, que vai passar uma semana em cada município. Além disso, serão criados Núcleos de Atendimento à Mulher em todas as delegacias para que o atendimento não seja mais realizado junto com as demais ocorrências.

Em relação as vítimas de violência doméstica, Marília pretende dar suporte policial, jurídico e emocional. Além de ampliar o número de casas abrigo que enquanto o agressor não for preso, a vítima ficará abrigada nessas unidades. 

Pensando em solucionar o problema da violência na base, a candidata sugere o projeto "Maria da Penha Vai às Escolas", que pretende ensinar a crianças a partir de 9 anos quais tipos de violência contra a mulher.

Miguel Coelho (União Brasil)

O candidato Miguel Coelho (União Brasil), sugere também a ampliação das delegacias de atendimento à mulher, e a criação de unidades especializadas em atendimento a mulheres, prestando serviços de atendimento psicológico e apoio social. "Trabalho que vai ajudar também a capacitar e gerar oportunidades de trabalho para as mulheres em condição mais vulnerável".

Raquel Lyra

Já a candidata Raquel Lyra do PSDB, apresenta em seu plano algumas propostas sobre o combate à violência contra a mulher. Dentre eles, Fortalecer o Programa Maria da Penha vai à Escola, ampliar as Patrulhas Estaduais Maria da Penha e incentivar os municípios para criação de Patrulha Maria da Penha nas Guardas Municipais, e reestruturar as Delegacias da Mulher e criar novas.

Além disso, Raquel sugere a implementação de novos Centros de Referência da Mulher, aumentar o número de instituições de acolhimento para mulheres com risco de morte e criar em parceria com os municípios, Casas de Passagem para mulheres em situação de violência.

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