Conversas de padre Kelmon e Bolsonaro reforçam parceria

Nos intervalos do debate da TV Globo, os concorrentes conversavam juntos, acompanhados de suas assessorias

sex, 30/09/2022 - 09:00
Reprodução/Redes sociais Padre Kelmon e Jair Bolsonaro sendo instruídos por suas assessorias em um dos intervalos Reprodução/Redes sociais

Um dos destaques do debate por protagonizar os principais bate-bocas entre os candidatos, padre Kelmon (PTB) conversou com Jair Bolsonaro (PL) durante os intervalos. Nessa quinta-feira (30), os postulantes com representação no Congresso tiveram a última oportunidade de apresentar suas propostas para o Brasil, no entanto, provocações e xingamentos baixaram o nível do debate. 

Chamado por Lula (PT) e Soraya Thronicke (União) de "candidato laranja", "cabo eleitoral" e até "padre de festa junina", Kelmon serviu como linha auxiliar de Bolsonaro no debate. O religioso atuou mais como uma escada para reforçar a corrente ideológica do atual presidente e para lhe garantir mais munição nos ataques contra o petista. 

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Sem apresentar nenhuma proposta concreta, como fez Simonet Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e a própria Thronicke, nos bastidores do debate, o religioso chegou a trocar risos com Bolsonaro enquanto era instruído por sua assessoria, o que fundamentou a denúncia feita pelos demais presidenciáveis presentes de que sua participação foi combinada para potencializar a campanha de Bolsonaro na reta final. 

Com a inelegibilidade do presidente de honra do PTB, o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson, preso por atentados contra a democracia por meio de milícias digitais e por ameaça armada a ministros do Supremo Tribunal Federal, padre Kelmon surgiu de última hora como a opção para representar o partido nas eleições. 

Também seguir do Bolsonaro, em março, o padre publicou em suas redes sociais um poema escrito em homenagem ao presidente.

Após o debate ao vivo, o religioso se irritou em uma coletiva com jornalistas quando perguntado sobre ser um "cabo eleitoral" para atrair eleitores para Jair Bolsonaro. "Nós não somos cabo eleitoral do presidente Bolsonaro, você está me acusando. A esquerda está ali toda junta e reunida com o PT. Você não enxergam isso? Todos os partidos são mais do mesmo. Todos defendem as mesmas pautas, o aborto, a ideologia de gênero. Roupas diferentes, mas todos têm o mesmo objetivo", rebateu.

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