Bolsonaristas acusam Dino durante depoimento na Câmara

Parlamentares bolsonaristas acusam sem provas o ministro da Justiça

por Guilherme Gusmão ter, 28/03/2023 - 19:03
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Flávio Dino participa de audiência da Comissão Constituição e Justiça da Câmara Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Uma discussão entre políticos assumidamente bolsonaristas e nomes da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interrompeu o depoimento do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Parlamentares de oposição a atual gestão, trazem várias acusações contra o ministro, relacionadas principalmente, à sua visita ao complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que seria impossível entrar na região sem o apoio de criminosos de facções do local. Outros bolsonaristas chegaram a dizer que Dino fez um acordo com traficantes para sua proteção na visita, porém na época, o ministro avisou previamente às autoridades de segurança sobre o seu encontro com lideranças da comunidade.

Flávio Dino explicou que foi convidado para participar de um evento da organização Redes da Maré, que articula junto com órgãos governamentais vários projetos em defesa dos interesses da população local. A Redes da Maré foi criada por moradores do Complexo da Maré e oferece oportunidades em educação e trabalho para a classe residente na região.

Outro assunto discutido foram os atos golpistas do dia 8 de janeiro. A deputada federal Carol de Toni (PL-SC) se exaltou e interrompeu a fala do ministro, afirmando que Dino sabia previamente dos atos terroristas daquele dia.

Em outro momento na audiência, o ministro da Justiça foi interrompido ao comentar sobre acusações sem provas contra o Partido dos Trabalhadores e citar ocasião da quebra de microfone do plenário da Câmara no dia 21 deste mês pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE).

Rui Falcão (PT-SP), presidente da comissão, precisou interromper a audiência em determinados momentos e ordenar o desligamento dos microfones dos deputados que atacavam Flávio Dino, e assim, restabelecer a ordem no local.

 

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