Obras inacabadas são o maior foco do PAC em Pernambuco
O orçamento total de R$ 51,1 bilhões destinados ao Estado se divide entre obras inacabadas – a maior parte do escopo – e novas obras
A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, foi a responsável pela apresentação dos nove eixos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Lula, com aplicação em Pernambuco. O orçamento total de R$ 51,1 bilhões destinados ao estado se divide entre obras inacabadas – a maior parte do escopo – e novas obras. Os eixos são Transporte, Sustentabilidade, Saúde, Transição e Geração Energética, Inclusão Digital, Água, Infraestrutura, Inovação para a Indústria, e Ciência/Educação e Tecnologia.
Do montante, R$ 10 bilhões serão exclusivamente pernambucanos, e R$ 41,1 bilhões serão regionais e beneficiarão Pernambuco diretamente. Os valores ainda não incluem as novas seleções do PAC e nem os investimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo a secretária Miriam Belchior, quatro milhões de empregos serão gerados; 2,5 milhões diretamente e 1,5 milhão indiretamente. Apesar de cada eixo prometer uma leva robusta de obras, a infraestrutura do estado é o que mais recebe atenção neste relançamento.
“Um dos investimentos chave de Pernambuco é a Ferrovia Transnordestina a qual vamos dar continuidade à obra e vamos seguir o trecho novo de Salgueiro até Suape, além de estudar se haverá concessão ou PPP”, informou Miriam. “Vamos dar continuidade aos estudos de novas concessões na BR-116, junto com o estado da Bahia; na [BR-]101, com Sergipe e Alagoas; e a nova concessão para a BR-232 em Pernambuco, que pode ser por concessões ou PPP’s [parcerias público-privadas], para garantir as condições ideais, mas como foi dito, estudos serão discutidos com os respectivos estados no momento adequado. Há também estudos de duplicação da BR-407 e a construção da 363 em Fernando de Noronha, e da 424 que liga Garanhuns a Arcoverde”, detalhou.
Outras obras a serem continuadas e finalizadas são: investimentos da concessão existente no Aeroporto Internacional do Recife; recuperação do Porto de Suape; e o arrendamento dos granéis.
Novas obras
As obras novas ocupam um escopo menor, mas ainda são de complexidade e alguns projetos são discutidos há mais de uma década. Estão previstos três arrendamentos no Porto do Recife, nas REC 4, 9 e 10, e a dragagem no canal interno do porto, para a recepção de maiores embarcações.
“O PAC traz não só uma ação concreta de que o Brasil voltou, mas eu diria que também a organização do país, respeitando o modelo federativo, respeitando as instituições. Tive a oportunidade de ser deputado federal por dois anos e eu acompanhei de perto o momento difícil que o Brasil atravessou no último governo”, disse o prefeito do Recife, João Campos (PSB), durante discurso sobre as obras feitas na capital.
O Porto de Suape também foi contemplado pelo PAC através do projeto do acesso rodoviário Salgueiro-Suape. Destacam-se ainda a previsão de obras para reintegração do São Francisco (recuperação dos reservatórios Entremontes, Chapéu e da barragem Cacimba Nova). Além disso, na Bacia do Una, surge na apresentação do PAC as construções das Barragens Gatos e Panelas 2.