Telefônica está em fase final de integração com a Vivo
De acordo com o presidente da Telefônica, o processo de unificação da operação foi concluído em julho deste ano
Pouco mais de um ano depois da compra da Vivo pela Telefônica, a companhia passa agora pela última fase de integração das operações, aponta o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente. De acordo com o executivo brasileiro, o processo de unificação da operação foi concluído em julho deste ano e nas próximas semanas acontece a etapa final, que visa eliminar o último nível de cadeira societária.
Valente diz que muitos benefícios já puderam ser colhidos após a integração das atividades. Para ele, indicadores recentes mostram o acerto dessa operação. “Registramos crescimento das ações da empresa. Somos hoje a oitava companhia mais valorizada no Brasil e o nosso valor atual no mercado é de R$ 55 bilhões”, diz.
Todos os esforços para estabelecer uma boa relação com o mercado e os acionistas, afirma Valente, se completam por meio da relação com os clientes, que somam 80 milhões atualmente. “Temos feito investimentos nos serviços de voz pré-pago, banda larga fixa e móvel.
A web é alvo constante da companhia, aponta. Segundo o presidente da companhia, a prova é o Plano Vivo Internet Brasil 3G, que cobre 1,506 mil cidades e 75% da população brasileira. A rede de fibra óptica da organização está disponível em 500 mil domicílios do estado de São Paulo. Fortalece o portfólio o serviço de rádio, chamado Vivo Direto, lançado neste mês, que concorre diretamente com o push to talk da Nextel.
Por outro lado, Valente reconhece a necessidade de levar conexões para além dos grandes centros. “A nossa aposta é desenvolver mercados importantes de médias e grandes cidades, mas também levar conectividade, não só serviços de voz, a localidades de 10 mil habitantes. Queremos chegar a mais de 2,8 mil municípios, conectando cerca de 85% da população”, assinala.
Quanto aos serviços de televisão, Valente diz que aguarda a sanção da lei para que seja iniciada a sua comercialização. “Estamos ansiosos e vamos fazer movimentos importantes nessa direção”, diz, sem revelar quais serão as estratégias adotadas.
Ele diz que está visitando pessoalmente localidades remotas para identificar as possibilidades de conexão. Recentemente, Valente esteve em Lago do Carro (PE) e Primavera (PA), com cerca de 12 mil habitantes cada.
Com essas movimentações, o presidente da Telefônica diz que a expectativa da companhia é crescer cerca de 20% em receita até 2013, alcançando faturamento da ordem de R$ 120 bilhões. Com forte aporta na banda larga, a organização espera ainda aumentar a penetração nesse mercado. Indicador apresentado por Valente mostra que a estratégia caminha nessa direção. De acordo com o executivo, em 2010, do total da receita total da companhia, 82% estavam relacionados aos serviços de voz. Em 2013, a Telefônica espera que 68% estejam relacionado aos serviços de voz.