Um em cada cinco profissionais trabalha em casa
Estudo ouviu 11.383 pessoas online em 24 países, incluindo no Brasil
Cerca de 20% dos trabalhadores mundiais trabalham de casa, especialmente no Oriente Médio, América Latina e Ásia. Quase 10% deles trabalham de casa todos os dias, de acordo com uma nova pesquisa da Ipsos/Reuters. O estudo mapeia profissionais que trabalham longe de seus escritórios, comunicando-se por telefone, e-mail ou em chats online, quer todos os dias, quer ocasionalmente. E ouviu 11.383 pessoas online em 24 países, incluindo o Brasil, entre 7 e 20 de outubro de 2011.
Os avanços da tecnologia e das telecomunicações permitiram que as pessoas trabalhem de forma efetiva e eficiente sem que precisem estar o tempo todo em suas mesas no escritório. A tendência cresceu e parece que persistirá, já que 34% dos trabalhadores que recorrem a esse modelo de trabalho dizem que o fariam em tempo integral, se pudessem.
Dos funcionários que já podem ser conectados online ao seu local de trabalho, 17% relatam que o faz com "em uma base frequente _ 7% dizem trabalhar todos os dias a partir de casa ou de outros lugares, enquanto outros 10% dizem fazê-lo "em uma base muito consistente e constante, como as noites e fins de semana".
Segundo o estudo, o teletrabalho é mais comum em mercados emergentes: aqueles que trabalham no Oriente Médio e África (27%), América Latina (25%) e Ásia-Pacífico (24%) são mais propensos ao trabalho remoto do que os trabalhadores da América do Norte (9%) e Europa (9%).
Trabalhar de casa é especialmente popular na Índia, onde mais de metade dos trabalhadores o fazem; na Indonésia, o índice é de 34%; no México 30%, seguido por Argentina (29%), África do Sul (28%) e Turquia (27%). No outro extremo, essa opção de trabalho é menos popular na Hungria (3%), Alemanha (5%), Suécia (6%), França (7%), Itália (7%) e Canadá (8%). Nos demais países (Arábia Saudita, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Japão, Polônia, Reino Unido e Rússia) o índice é superior a 10%.
Aqueles com um nível mais elevado de educação têm maior probabilidade de adotar o teletrabalho com frequência (25%), seguidos por aqueles com idade inferior a 35 (20%) e aqueles com renda familiar alta (20%). Homens (19%) são mais propensos do que as mulheres (16%)
Vantagens são claras
A grande maioria dos funcionários em 24 países "concorda" igualmente (83%) que o teletrabalho é vantajoso. Nas duas avaliações, 36% disseram ser fortemente vantajoso, contra 47% que acreditam ser só um pouco vantajoso. Entra as maiores vantagens está a possibilidade de manter as mulheres talentosas na força de trabalho enquanto cuidam dacriação dos filhos.
"Trabalhadores da Europa e da América do Norte concordam que trabalhar de casa é uma ótima maneira de reter mulheres na força de trabalho. Isso causa menos estresse por reduzir a necessidade de deslocamento. Também pelo fato de oferecer melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal", disse a gerente de pesquisa da Ipsos Global Public Affairs, Keren Gottfried, que conduziu o estudio.
Entre os pesquisados, 65 por cento disseram que trabalhar de casa é produtivo porque oferece ao trabalhador mais controle sobre sua vida profissional. "Isso dá à pessoa a oportunidade de trabalhar quando é mais produtiva", disse Keren. "Você trabalha quando sabe que pode executar seu trabalho melhor."