Eleitores não resistem e tiram selfie com urna eletrônica
Prática é considerada crime previsto pelo Código Eleitoral brasileiro
Falta de aviso não foi. Neste domingo (5), aproximadamente 141 milhões de eleitores brasileiros foram às urnas para exercer sua cidadania. No entanto, muitos deles insistiram em registrar o momento do voto com as famosas selfies, apesar de a prática ser considerada crime previsto pelo Código Eleitoral brasileiro.
Quem fizer uma busca com a hashtag #selfienaurna no Twitter vai encontrar diversas fotografias deste tipo. Há até um blog no Tumblr que coleciona essas imagens, o selfienaurna.tumblr.com.
A atriz e produtora brasileira Paula Lavigne (@PaulaLavigne) e o humorista Hélio de la Peña (@lapena), ambos com milhares de seguidores no Twitter, também deram o mau exemplo. Os dois registraram o momento da votação e publicaram a imagem na rede social.
Paula rebateu garantindo que a imagem era apenas uma foto-montagem. Hélio, por sua vez, pediu desculpas pelo erro. “Errei, foi mal (sic). Pronto, resolvido. Ou quase ...”, postou o humorista no Twitter.
Em coletiva realizada na noite deste domingo (5), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Antônio Dias Toffoli, afirmou que a vaidade dos eleitores não preocupa a Justiça Eleitoral.
"O que mais preocupa à Justiça Eleitoral não é a vaidade, é a situação em que uma pessoa seja coagida para levar um elemento de prova a quem comprou o voto", disse.
De acordo com o Código Eleitoral Brasileiro, fotografar voto é crime com pena de até dois anos de prisão. Se o registro for parar nas redes sociais, o ato pode ser avaliado como boca de urna – que rende seis meses a um ano de detenção, e multa de até 15.961,50.