Robô mochileiro prova que não se pode confiar em humanos

Androide foi criado como parte de experimento social para checar se robôs poderiam confiar em humanos

ter, 04/08/2015 - 12:40
Reprodução Robô foi atacado enquanto viajava de Boston até a Filadélfia Reprodução

Há um ano, um pequeno robô mochileiro, como foi apelidado, foi colocado para percorrer as estradas da América do Norte, a fim de descobrir se os seres humanos são dignos de confiança. A resposta foi dada neste fim de semana, quando o aparelho foi destruído por vândalos.

O humanoide falante foi criado no Canadá como uma experiência social para investigar se sua raça poderia confiar nos seres humanos. Depois de muitas caronas bem sucedidas, foi desmembrado e abandonado numa estrada na Filadélfia, no leste dos Estados Unidos. "Ah, não. Meu corpo foi danificado", comentou o robô em seu site durante o fim de semana.

"Parece que, às vezes, acontecem coisas ruins com bons robôs. Minha viagem deve terminar por ora, mas meu amor pelos humanos jamais morrerá. Obrigado a todos meus amigos", acrescentou. O pequeno robô percorreu milhares de quilômetros no Canadá e depois atravessou algumas regiões da Europa sem sofrer danos.

Quando foi colocado para viajar do norte de Boston até a Filadélfia - uma distância de pouco menos de 500 km que cobriu em duas semanas - foi atacado e desmembrado por desconhecidos. Os pesquisadores da Universidade Ryerson de Toronto, que idealizaram a experiência batizada de "hitchBOT", viram a morte de sua criatura de um ponto de vista positivo.

"Sabemos que muitos fãs do hitchBOT vão se sentir decepcionados, mas queremos garantir que esta grande experiência não acabou. Por ora, nos dedicaremos a responder o que aprendemos com a experiência e explora futuras aventuras para robôs e humanos", afirmaram na página www.hitchBot.me. "Não nos interessa denunciar ou achar as pessoas que destruíram o hitchBOT".

O robô foi construído com apenas mil dólares a partir de componentes que podem ser encontrados em qualquer casa ou loja de ferragens. Era capaz de dizer ao motorista que dava carona se estava cansado ou precisava recarregar suas baterias se conectando ao acendedor do veículo. Tinha como principal característica seu sorriso de luzes LED.

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