Nova armadilha Microsoft ajuda no combate ao Aedes aegypti

Dispositivo cilíndrico utiliza inteligência artificial avançada para identificar e matar apenas os mosquitos nocivos

por Nathália Guimarães qui, 23/06/2016 - 15:17
Divulgação/Microsoft Aparelho começará a ser testado no condado de Harris County, no Texas (EUA), em julho Divulgação/Microsoft

A Microsoft é mais conhecida por seus softwares para computadores, mas a empresa também se aventura em campos da saúde. A sua mais nova empreitada é uma armadilha inteligente que é programada para capturar mosquitos e matar apenas aqueles que transmitem doenças nocivas, como o zika vírus, dengue ou chikungunya. O aparelho começará a ser testado no condado de Harris County, no Texas (EUA), em julho.

A armadilha é capaz de informar a que horas cada mosquito foi preso, bem como a temperatura, vento e umidade registrados enquanto o inseto ainda estava voando. Para reunir todas essas informações, o dispositivo cilíndrico utiliza dois pequenos microprocessadores, alimentados por uma bateria. 

Estas informações ajudarão a Microsoft a compreender o comportamento dos mosquitos. Além disso, a empresa diz que está utilizando os mais recentes avanços do ramo da inteligência artificial para que o aparelho possa identificar que insetos transmitem doenças, deixando as espécies inofensivas livres.

A armadilha emite dióxido de carbono, substância que atrai os mosquitos. Quando um inseto entra na armadilha, uma luz infravermelha brilha sobre o ele. Dada a forma como ela é refletida, os pesquisadores da Microsoft esperam, eventualmente, serem capazes de identificar diferentes espécies.

No futuro, a Microsoft planeja utilizar drones para registrar fotos aéreas que serão analisadas posteriormente por computadores. Fatores como focos de água e vegetação detectados nas imagens podem ajudar a empresa a escolher os melhores locais para instalar novas armadilhas. A Microsoft explica que projeto não se destina a curar doenças.

Em vez disso, o objetivo é impedir que as pessoas fiquem doentes através da prevenção. "Isso não vai resolver o problema da zika ou a questão da dengue ou da chikungunya", disse o professor de microbiologia molecular e imunologia na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Douglas Norris, que está trabalhando na empreitada. "Mas espero que este projeto aumente nossa capacidade de detectar essas doenças", complementa.

COMENTÁRIOS dos leitores