Mercado brasileiro de PCs tem pior trimestre em 2016

Cenário para os próximos trimestres também é desanimador

por Nathália Guimarães qui, 01/12/2016 - 11:39
Reprodução/Pexels Entre os meses de julho e setembro, foram vendidos 1.047 milhão de máquinas Reprodução/Pexels

O mercado brasileiro de computadores voltou a apresentar queda e chegou ao pior trimestre de 2016. Entre os meses de julho e setembro, foram vendidos 1.047 milhão de máquinas, ou seja, 35% a menos que no mesmo período de 2015 e 11% menos em relação ao segundo trimestre de 2016. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1º) pela consultoria IDC Brasil.

Do total, 373 mil unidades foram desktops e 674 mil notebooks, com quedas de 39% e 32%, respectivamente, em relação ao terceiro trimestre de 2015. Segundo o analista de pesquisa da IDC Brasil, Pedro Haggae, é cada vez mais comum o consumidor preferir um celular com configuração robusta e boa qualidade de navegação a um computador.

"Prevíamos um terceiro trimestre mais aquecido, com o varejo abastecendo os estoques para as datas especiais como Back Friday e Natal, mas esse movimento não aconteceu. Os canais tinham estoque e acabaram postergando as compras", diz o especialista.

Do total de computadores vendidos no terceiro trimestre de 2016, 366 mil foram para o mercado corporativo e 681 mil para o consumidor final, com quedas de 26% e 38%, respectivamente, em relação ao terceiro ao mesmo período de 2015.

Ainda de acordo com o estudo da IDC, os computadores ficaram R$ 105 mais baratos no terceiro trimestre. O ticket médio no período foi de R$ 2.334, principalmente por conta da queda do dólar. Mesmo assim, o cenário para os próximos trimestres também é desanimador.

"As empresas privadas estão adiando investimentos e a compra de computadores e o setor público está travado, devido às eleições, troca de governos, gestões endividadas e outros problemas políticos e econômicos. Não há expectativas de melhoras para os próximos meses", completa o analista da IDC.

LeiaJá também

--> Acesso à internet atinge 57% da população brasileira

COMENTÁRIOS dos leitores