Metaverso registra primeiro caso de assédio sexual
Empresária britânica relata: “tocaram e apalparam meu avatar sem consentimento”.
Com o crescimento dos universos digitais e a expansão do Metaverso, novas perguntas chegam ao horizonte de preocupações do público. Um avatar pode ser assediado sexualmente? Nesta semana (01/04), começaram a surgir relatos de casos de assédio sexual no Metaverso, experiência que pode ser traumatizante.
“Eles tocaram e apalparam meu avatar sem meu consentimento. Enquanto isso, tinha outro avatar que tirava selfies de tudo”, relatou. O agressor mostrou-lhe as fotos virtuais do ocorrido. A empresária britânica que também é vice-presidente de uma empresa que realiza pesquisas em metaversos relatou que foi só neste momento que percebeu que havia sido vítima de uma “agressão sexual”.
Depois de exigir que os agressores parassem, ela retirou o capacete de realidade virtual. Pelas caixas de som da sala, conseguia ainda ouvir as vozes dos homens: “não finja que não gostou” ou “é por isso que você veio aqui”. Esta cena aconteceu no “Horizon Venues”, metaverso da própria Meta, empresa controladora do Facebook.
O depoimento da empresária não é um caso isolado, diversos outros relatos começaram a surgir nas redes sociais a partir de sua publicação. Meta e Microsoft anunciaram que aplicarão bolhas de proteção que envolverão os avatares, evitando que avatares se aproximem a menos de um metro de distância.
Por Matheus de Maio