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Já imaginou um evento que reúne startups de periferias do Brasil inteiro no mesmo lugar? Entre os dias 07 e 08 de dezembro acontece o Investe Verso, o primeiro evento do país no Metaverso para investimentos em startups de territórios periféricos e favelas. Vinte startups de todo o Brasil vão expor seus negócios no mundo virtual e quatro delas serão selecionadas para receber investimento, além de um processo de aceleração e mentoria com grandes nomes do mercado.

No segundo dia, uma banca examinadora composta por Eduardo Ourivio (Co-fundador do Grupo Trigo, Marta R. Pereira Poit (Co-fundadora do Investe Favela), Mario Chady (Fundador do Grupo Trigo, Empreendedor Endeavor & Co-fundador Investe Favela), Victor Taveira (CEO na Acrux Capital Management ; Co-fundador Investe Favela e Mentor Endeavor) Investe Favela e Empreendedor Endeavor),  irá avaliar as entregas das startups e definir as quatro empresas selecionadas para aceleração em 2023.

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Na segunda fase, todo o processo de aceleração, treinamento e mentoria também acontecerá no Metaverso e será uma experiência única, completamente imersiva e com ícones do mercado de investimentos em startups como Rafael Duton, (co-fundador do grupo do iFood), Eduardo Ourivio (co-fundador do Grupo Trigo), Gabriel Guerra (Vice Presidente Global de Digital Ventures na Shell) e vários outros nomes.

Um pool de soluções tecnológicas será oferecido para que todos os empreendedores participem com as mesmas condições de equipamentos e internet. Óculos de realidade virtual e espaços de co-working serão disponibilizados para os participantes.

A ideia de realizar esse evento no Metaverso surgiu para aproximar e integrar os participantes. “Normalmente, essas empresas ainda estão com projetos muito embrionários e muitas vezes não possuem sede ou endereço fixo. Por isso a ideia de realizarmos esse evento no Metaverso. Dessa forma conseguimos aproximar e conectar empreendedores periféricos de todas as partes do país no mesmo espaço”, comenta Kelpo Gils.

“Nosso objetivo é potencializar esses empreendedores e suas histórias. Com o evento, pretendemos construir uma comunidade independente e autônoma que seja capaz de produzir o que eles quiserem”, diz Liza Simões, do Investe Favela.

“Existem muitas empresas com potencial relevante de crescimento e geração de valor nesses territórios. Porém, elas não conseguem acessar o mercado bancário e de investimento tradicional simplesmente por pertencerem às margens.”, comenta Lisa Simões, CEO do Investe Favela.

Parceira de longa data do Investe Favela, a Booming - um hub de desenvolvimento de startups -  também está entre os idealizadores do Investe Verso. "Nosso objetivo é conectar os melhores negócios das favelas do Brasil com os maiores mentores do mercado de investimentos em startups, tornando o evento uma experiência única e transformadora para cada participante.”, comenta João Braga, CEO da Booming.

Também idealizadora do evento, a Abrakazum Entretenimento é a responsável pelas inovações tecnológicas que fazem um evento no Metaverso acontecer. “O uso da tecnologia sem propósito é como um corpo sem alma. E vimos nesta oportunidade um propósito fundamental da tecnologia, que é promover o bem comum.”, ressalta Kelpo Gils, CEO da Abrakazum.

No primeiro dia do evento, as 20 startups participantes farão uma exposição dos seus negócios no Metaverso, com entrada gratuita ao público e qualquer pessoa poderá conhecer os projetos e votar naqueles que mais gostar e se identificar. Basta acessar o site do evento para maiores informações (www.investeverso.com.br).

*Da assessoria 

 

O Metaverso é uma realidade para empresas do Brasil e do mundo. Dados divulgados pela empresa de Relações Públicas e Comunicação Corporativa FleishmanHillard revelaram, por exemplo, que 54% dos internautas brasileiros querem conhecer o metaverso, embora não tenham certeza se estão dispostos a interagir neste universo. Enquanto isso, 49% dos entrevistados afirmaram que estão dispostos ou muito dispostos a interagir no metaverso. Já o número de internautas brasileiros que transitam no metaverso é de apenas 6%, cerca de 5 milhões de pessoas. De grandes marcas de moda a Bancos, o Metaverso tem começado a atrair o interesse do público. 

 Uma das áreas que não fica de fora, é a advocacia. Com a ideia de prover um metaescritório, o ambiente digital permite atender clientes de qualquer parte do mundo, desde que tenham uma conexão. Quem tem sido pioneiro na ideia de transformar a advocacia analógica em digital, é o escritório ABM Advocacia, do Recife. O local garantiu espaço no Metaverso como estratégia para atender clientes em todos os meios possíveis, sem esbarrar nas fronteiras físicas. 

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 O novo espaço foi lançado em outubro, de forma experimental, e reproduz um ambiente para os funcionários trabalharem e se conectarem com os clientes. “Essa movimento que estamos fazendo é um marco para advocacia. Estamos sendo os primeiros a entrar no metaverso com interação, e não apenas para garantir um espaço. O nosso escritório já pode funcionar nesse novo ambiente, sendo um novo meio de relacionamento virtual e digital com o cliente. Esse é um movimento que está sendo feito por várias empresas no mundo e ABM segue esse movimento mundial”, explica o Advogado especialista em direito digital, Anthonio Araújo Júnior. “No metaverso vamos atender em português, inglês e espanhol, uma maneira de internacionalizar a ABM para novos caminhos”, acrescentou. 

 É possível acessar o metaverso por meio de smartphones, computadores e até mesmo os óculos de realidade virtual, estes para uma melhor experiência do consumidor. O ambiente proposto pela ABM não é somente um escritório jurídico, mas também um ambiente para discutir temáticas distintas sendo um hub de negócios e advocacia, com foco em temas de tecnologia.

“A ideia não é só reunir um escritório jurídico, mas um ambiente para discutir sobre temáticas distintas, que com certeza, podem perpassar pelo tema jurídico. É uma oportunidade de criar uma comunidade em que a gente possa garantir a idoneidade da transação e da conversa. 

É um ambiente digital para reunir pessoas não só do Brasil, mas do mundo, para que empresários possam criar interações de negócios e tirar dúvidas na área jurídica. O foco não é apenas o atendimento, mas sim a construção de ambiente corporativo de negócios e advocacia”, esclarece Araújo. 

 ARQUITETURA

O Metaverso em que o escritório se encontra é o da Meta, do Facebook. O escritório da ABM no Metaverso segue modelo da plataforma com 2800 m² , dois andares, oito salas de atendimento por videoconferência para conversação sobre direito digital, imobiliário, tributário, bancário, patrimonial, empresarial, ambientes para conversar sobre temas em geral, com respaldo jurídico e sala para socialização. No escritório digital é possível que clientes contratem serviços, participem de reuniões e até de palestras em anfiteatro para até 150 avatares, representação de pessoas no mundo digital.

*Da assessoria 

Desde que o Facebook anunciou a criação da Meta como sua grande holding e popularizou o conceito do metaverso (que não foi criado por Mark Zuckerberg, é bom lembrar), muito se tem falado sobre essa realidade digital interativa. Para além dos recursos de entretenimento, com jogos em 3D que prometem ganhar o público mais jovem, a tecnologia se mostra promissora para negócios, marcas e profissionais. Mas será que essa moda pega?

O metaverso é, na verdade, um conceito, que compreende uma realidade “paralela” e virtual, em que cada pessoa pode ter um avatar e interagir com outras pessoas. Não é um único universo, mas cada marca/empresa pode ter o seu espaço limitado, desde que ele seja acessível e permita interações. Com isso, têm surgido os metaversos de diversas empresas, bem como marcar vêm investindo em ações de branding por lá. Shows, apresentações, seminários, congressos, reuniões de negócios e mesmo audiências judiciais já estão sendo realizadas no metaverso, prova de que há um movimento de desbravar essa nova tendência.

Particularmente, inovações são sempre bem-vindas, quando melhoram a vida das pessoas ou oferecem novas possibilidades. Por enquanto, é isso que o metaverso tem feito, criando um novo conceito de interação a distância. Estudos apontam que, num futuro não tão distante, o metaverso já fará parte da nossa vida como algo comum, em que todos poderemos acessar e realizar diversas atividades. Preocupa-me, apenas, o nível de “absorção” que esse universo pode exercer sobre as pessoas. Há diversos filmes e séries que abordam a questão de como a realidade virtual pode ser viciante, como um escapismo do mundo real. Parece algo distante, mas não é impossível de acontecer.

Já pensando sob a ótica dos negócios, as marcas precisarão saber como aproveitar ao máximo o metaverso de forma a impulsionar seus lucros, fortalecer sua presença digital e cativar o público. Do contrário, será um investimento jogado no lixo, pois não surtirá os efeitos pretendidos. Os investimentos em desenvolvimento de tecnologias e em marketing deverão ser olhados com mais cuidado, para que, direcionados corretamente, resultem em soluções criativas e de impacto.

Vivemos a era da tecnologia, que está em plena expansão e transformação. O metaverso é um desses “eventos” que mudam de certa forma a maneira como nos relacionamos, mas ainda parece ter um longo caminho de sedimentação à frente. A conferir como irá se desenrolar. Por enquanto, vale pesquisar, investir e buscar soluções que incluam essa realidade virtual tão falada e almejada.

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) busca se aproximar do público jovem e sua primeira ação para alcançar tal faixa etária, abaixo dos 20 anos, foi entrar no metaverso. A entidade promoveu a Arena Seleção, um espaço que reúne atividades interativas, com inauguração na Blockman Go, da Garena, plataforma para jogos online e também envolvida com o Free Fire, febre entre a garotada dos games.

Durante o evento, usuários faturaram moedas do jogo, que foram trocadas por itens importantes na brincadeira para quem entrasse no local com o uniforme virtual da seleção brasileira e postasse fotos de seu avatar com as hashtags #JogaBolaBlockmanGo e #CelebreAPaixãoSeleção.

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"Os jovens estão no digital e, para garantir que estes consumidores tenham interesse no seu produto, na sua marca, é preciso estar neste mundo. Sejam com os NFTs, seja com uma presença no Metaverso. É neste ambiente que o consumidor convive com seus pares, interage com as marcas e consome. A CBF está no caminho certo, marcando presença neste universo", comenta Sylmara Multini, CEO da IDG, empresa especializada em NFTs.

O visitante da Arena Seleção também pode navegar por mapas interativos, tirar foto com o Canarinho, mascote do time brasileiro que estará no Catar com o time de Tite, conhecer o museu virtual da CBF com todas as conquistas dos títulos até o pentacampeonato mundial, ir para o vestiário e até disputar uma partida de futebol com outros amigos.

"Sem dúvidas esse caminho da gamificação dos esportes tradicionais é sem volta. Para conseguirmos cativar o público jovem e envolvê-lo na transmissão, certamente será necessário fazer um formato mais próximo do que eles estão acostumados nos games", destaca Guilherme Figueiredo, CEO da NSports. "A pandemia só acelerou esta tendência de inserir os indivíduos no ambiente digital. O metaverso é um assunto muito promissor e deve consolidar esse conceito de fusão dos mundos real e virtual, já presente no ambiente dos games, mas que ganhou uma força ainda maior agora com o contexto do Facebook."

Com a constante busca por algo novo entre as próximas gerações, o público do futebol também acompanha as atualidades tecnológicas e cabe a todos se adequar ao mercado. "O desafio das instituições esportivas passará por desenvolver novas propriedades intelectuais, que façam sentido se desdobrarem no metaverso e nas realidades virtuais. Há muito para se explorar nesse sentido e esse passo da CBF indica um início importante", avalia Bruno Maia, CEO da Feel The Match e especialista em inovação e novas tecnologias do esporte e entretenimento.

O primeiro passo começou pela CBF, mas logo deverá chegar aos clubes e seus torcedores. Toda forma de renda e monetização é bem-vinda no cenário do futebol brasileiro. "Os clubes precisam buscar o melhor para todas as faixas etárias de sua torcida. O campo virtual, o metaverso, além de outros jogos que aproximem o público mais jovem e o torne mais ativo junto à instituição é um caminho necessário. Será uma área cada vez mais explorada nos próximos anos", destaca Pedro Melo, diretor de marketing do Atlético-MG.

O Blockman GO Garena está disponível de graça para Android via Google Play e iOS via Apple Store e quem acessar já fatura a skin completa do uniforme do Brasil, chuteiras e uma bola, tudo para atuar com estilo na nova plataforma da CBF.

A Adobe afirmou que trabalhou várias ferramentas voltadas à criação de conteúdo tridimensional para torná-las compatíveis com computadores da Apple equipados com chips da série “M”, da própria criadora do iPhone, nesta terça-feira (14). A Adobe vem trabalhando em ferramentas para desenvolvimento de mundos e objetos tridimensionais usados em videogames e em metaversos.  

A companhia também adquiriu a ferramenta Substance 3D em 2019, quando comprou a empresa francesa Allegorithmic. A ferramenta ajuda criadores de filmes e de videogames a apresentarem objetos digitais com uma ampla variedade de texturas realistas, como madeira ou couro. Embora os laptops e desktops da Apple sejam bastante usados em artes gráficas, desenvolvedores de videogames ainda tendem a confiar em PCs para seus trabalhos.  

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Mas os novos chips da Apple trazem mais poder de processamento gráfico e a Adobe planeja aproveitá-lo ao máximo, assegurou François Cottin, diretor de marketing da Adobe. “Para esses tipos de uso, a integração vertical é fundamental, desde o aplicativo até o chip”, disse Cottin. “Estamos trabalhando de perto com a Apple. Acho que o Substance 3D definitivamente representa isso”, complementou.  

A sala de aula "do futuro" pode estar mais próxima do que você imagina. Com o avanço da tecnologia de realidade aumentada e o empurrãozinho que a pandemia deu para o ensino remoto, universidades e escolas no Brasil e ao redor do mundo começam a explorar o recurso do Metaverso. Vendido como a próxima "revolução" para a internet, o espaço de realidade virtual foi criado ainda na década de 1980 e, nele, é possível comprar terrenos, fazer reuniões, assistir a shows, jogos de futebol e aulas com um avatar que é controlado por você.

Apesar de não ser exatamente uma novidade, o Metaverso voltou ao radar depois que Mark Zuckerberg, dono do Facebook, do WhatsApp e do Instagram, rebatizou a holding das empresas de Meta e disse que essa seria a sua próxima aposta. Essa mistura de universo Matrix com personagens do jogo The Sims chega agora à educação brasileira.

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Uma das primeiras salas de aula desse tipo foi lançada na última semana pela FIA Business School, que passou a administrar cursos no Metaverso. A professora usa óculos de realidade virtual para ensinar, enquanto os alunos que ainda não tiverem o aparelho podem entrar para o espaço online por meio de videochamada.

"Para eles é uma experiência incrível. Não estamos falando de um mundo 'chapado', e sim de um universo diferente. O aluno pode participar de casa, deitado na cama, quando é transportado para a sala de aula. Ali, ele anda, fala, bate palma e interage com os colegas, enquanto escrevo na lousa, passo uma apresentação e tiro dúvidas", explica Alessandra Montini, diretora do núcleo Labdata da FIA, responsável pela criação do espaço.

Ela conta que fez uma imersão de dez dias com os colegas para criar essa sala de aula virtual. Só para pegar o jeito do controle remoto foram de três a quatro horas.

Apesar dos atrativos visuais e interativos, Alessandra aponta que esse é um dos principais desafios para os professores do Metaverso. "É uma maravilha para o aluno, porque ele senta e assiste. Para o professor, tem de saber a matéria de cor, acompanhar as expressões dos avatares para saber se o aluno está entendendo ou não, controlar os recursos tecnológicos disponíveis… Dar uma aula no metaverso é como uma maratona. Tem de parar uns 15 minutos e descansar depois", diz.

NFT

Empresas e universidades de China, EUA, México e partes da Europa têm investido em treinamentos e cursos ministrados exclusivamente em realidade virtual. Entre as vantagens, destacam a possibilidade de receber alunos e funcionários do mundo todo.

No último mês, a USP também entrou no jogo e se tornou a primeira universidade pública brasileira no Metaverso, por um acordo de cooperação internacional com a Radio Caca (RACA), que cedeu o primeiro NFT (token não fungível) à instituição. O objetivo é fomentar pesquisas sobre aplicações e aspectos técnicos, econômicos e legais do universo de realidade virtual.

Esse NFT significa que a USP ganhou um "pedaço de terra rara" no Metaverso próprio desenvolvido pela United States of Mars (USM), a "nação" online criada pela RACA. Na prática, a instituição brasileira pode usar essa "terra virtual" para construir espaços de interação. Mas, antes disso, é preciso encontrar a mão de obra qualificada para produzir os módulos e a verba necessária para bancá-la. "Por enquanto, nosso objetivo é atrair pessoas e ideias para construirmos um espaço e as coisas lá dentro", explica Marcos Simplício, professor associado de engenharia da computação na Escola Politécnica da USP.

Pós

"É um mercado em expansão, e não só para quem vem da área de tecnologia", aponta Juliana Tenório, gerente de Soluções Educacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).

Ela conta que a busca por vagas nesse nicho tem crescido no mercado e no LinkedIn. Em parceria com a revista Exame, o Ibmec lançou este ano um curso de Master em Digital Manager e Metaverso, que dura um ano, custa pouco mais de R$ 18 mil, é completamente feito online e equivale a uma pós-graduação reconhecida pelo Ministério da Educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Meta lançou nesta segunda-feira (23) no Brasil os avatares 3D, uma nova forma de usuários criarem representações de si mesmos na rede social Facebook. O recurso, que havia sido lançado em janeiro na América do Norte, chega hoje também na Argentina, Colômbia e em Porto Rico. Nas próximas semanas, será possível criar o avatar no Instagram e compartilhar no Facebook e no Messenger. 

A atualização é mais um passo da Meta, controladora da rede social, em direção ao avanço do metaverso. Os avatares 3D oferecem um novo visual e mais opções para os usuários. Em janeiro, quando lançou o recurso na América do Norte, o Facebook informou que os personagens virtuais ganharam a aparência tridimensional de forma automática. Em 2020, a rede social lançou a versão 2D de seus avatares voltados para os posts no feed, foto de perfil e stories. Com as opções existentes, é possível personalizar estilos de cabelo, tons de pele e roupas do personagem.  

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A Meta também anunciou que nos próximos meses o Horizon Worlds, sua plataforma de criação de espaços no metaverso - disponível apenas nos Estados Unidos - poderá ser acessada via celular, tablet ou computador. A ideia é permitir o acesso mesmo para quem não tem um dispositivo de realidade virtual.

Por Camily Maciel

A Meta, empresa matriz do Facebook e Instagram, vai dar aos criadores de conteúdo a oportunidade de vender artigos virtuais na Horizon Worlds, sua principal plataforma no metaverso.

"Por exemplo, alguém pode fazer e vender acessórios para um mundo da moda ou oferecer acesso pago a uma nova parte de um mundo", indicou o grupo de tecnologia californiano em um comunicado à imprensa.

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O metaverso, considerado o futuro da internet pela Meta e outras companhias, consiste em uma série de "universos" paralelos que podem ser acessados por meio de plataformas de realidade virtual e aumentada.

Isso já existe, ainda que mais básico, em forma de video games como Minecraft, Fortnite e Roblox, assim como plataformas sociais como Horizon Worlds e VRChat, onde as pessoas se reúnem não só para jogar, mas também para interagir e participar de eventos.

Meta, cuja receitas dependem inteiramente de publicidade direcionada em grande escala, decidiu contribuir mais ativamente para o surgimento do metaverso, e está ocupando o seu lugar na próxima batalha pela atenção do público.

Para isso, o gigante das redes sociais está buscando atrair criadores de conteúdos que possam, por sua vez, atrair mais usuários.

Com o crescimento dos universos digitais e a expansão do Metaverso, novas perguntas chegam ao horizonte de preocupações do público. Um avatar pode ser assediado sexualmente? Nesta semana (01/04), começaram a surgir relatos de casos de assédio sexual no Metaverso, experiência que pode ser traumatizante.

“Eles tocaram e apalparam meu avatar sem meu consentimento. Enquanto isso, tinha outro avatar que tirava selfies de tudo”, relatou. O agressor mostrou-lhe as fotos virtuais do ocorrido. A empresária britânica que também é vice-presidente de uma empresa que realiza pesquisas em metaversos relatou que foi só neste momento que percebeu que havia sido vítima de uma “agressão sexual”.

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Depois de exigir que os agressores parassem, ela retirou o capacete de realidade virtual. Pelas caixas de som da sala, conseguia ainda ouvir as vozes dos homens: “não finja que não gostou” ou “é por isso que você veio aqui”. Esta cena aconteceu no “Horizon Venues”, metaverso da própria Meta, empresa controladora do Facebook.

O depoimento da empresária não é um caso isolado, diversos outros relatos começaram a surgir nas redes sociais a partir de sua publicação. Meta e Microsoft anunciaram que aplicarão bolhas de proteção que envolverão os avatares, evitando que avatares se aproximem a menos de um metro de distância.

Por Matheus de Maio

A Meta anunciou, nessa sexta-feira (4), o lançamento do recurso Personalidade Boundary (limites pessoais). A iniciativa visa limitar a aproximação dos avatares do metaverso, com distância de 1 metro e 20 centímetros.

Após casos de assédios no mundo digital, a atitude veio para evitar situações como essa. “Um Personal Boundary impede que alguém invada o espaço pessoal do seu avatar. Se alguém tentar entrar no seu Personal Boundary, o sistema interrompe o movimento para frente quando atingir o limite”, explicou a dona do Facebook.

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A empresa informou que o Personal Boundary, será feito de maneira padrão. “Achamos que isso ajudará a definir normas comportamentais — e isso é importante para um meio relativamente novo como a RV [Realidade Virtual]. No futuro, exploraremos a possibilidade de adicionar novos controles e alterações na interface do usuário, como permitir que as pessoas personalizem o tamanho de seus limites pessoais”, pontuou a marca.

Nesta segunda-feira (13), a Nike anunciou que adquiriu  a empresa de tênis virtual conhecida como RTFKT, justamente para expandir sua base de negócios no metaverso. Vale lembrar que no mês de novembro, a empresa de roupas esportivas foi uma das primeiras a entrar no novo mundo virtual, após o anúncio do Facebook sobre as possibilidades do metaverso como meio de comércio e entretenimento.

Em comunicado oficial, o CEO da Nike, John Donahoe informou: “Esta aquisição é mais um passo que acelera a transformação digital da Nike e nos permite servir atletas e criadores na interseção de esporte, criatividade, jogos e cultura”. Segundo os dados divulgados pela Brand Finance, o patrimônio da empresa está avaliado em mais de 30 bilhões de dólares, e pode aumentar mais ainda agora neste momento de expansão comercial.

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O metaverso está sendo debatido atualmente e também é considerado o próximo passo em relação ao mundo virtual. Dentro dele, será possível interagir com outras pessoas por meio de avatares e toda a construção será criada a partir da realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais e criptomoedas. No geral, se trata de uma espécie de internet 3D, para imergir de forma mais intensiva.

 

 

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, causou alvoroço no mundo ao anunciar a mudança do nome da empresa para Meta. A mudança veio em meio a uma crise de imagem da companhia, que tenta manter sua credibilidade, mas também aponta para o futuro. O agora tão falado metaverso no qual pretendem investir pode trazer boas oportunidades de negócio para quem se antecipar e acompanhar as tendências vindouras.

A Meta será a holding que abrigará os aplicativos Facebook, Instagram e WhatsApp, além de outras iniciativas que viajam por outras áreas da tecnologia. E é aí que o metaverso entra. De forma simples, o conceito do metaverso pressupõe um espaço virtual que pretende "unir" o mundo real ao ambiente virtual, com diferentes níveis de imersão. É como levar elementos da realidade para o digital e inserir outros na direção contrária. Nesse ambiente, a realidade virtual e a realidade aumentada prometem ser os caminhos de liderança. Lembra-se do filme “Minority Report”, em que Tom Cruise interagia com projeções digitais no ambiente físico? Algo nesse sentido seria uma das possibilidades do metaverso, cujas bases e diretrizes ainda estão sendo estudadas e desenvolvidas. Imagine quantas inovações, quantos produtos ou serviços podem ser oferecidos com esses novos recursos. Cabe às marcas antever e preparar-se para adentrar nessa realidade.

A ideia é tão promissora que outras empresas já começam a voltar seus olhares para o metaverso. Gigantes como a Microsoft, Epic Games (criadora do game “Fortnite”) e Roblox estudam iniciativas para o ambiente híbrido. Até a Nike, uma das maiores marcas de moda esportiva, está de olho. Toda essa movimentação indica uma tendência a ser observada por empresas, profissionais e marcas em geral. O que veremos daqui para a frente é um mundo cada vez mais conectado e digitalizado, em que a presença digital será um fato cotidiano. Nessa realidade, é sempre bom lembrar que quem não acompanhar as tendências vai ficar para trás e perder grandes oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional e de negócios. Já defendo isso há tempos, mas o advento do metaverso veio para corroborar essa ideia. Também é importante destacar que aqueles que se mantêm na vanguarda da inovação tendem a ter mais sucesso e destaque.

O metaverso não é apenas um novo produto do Facebook, mas um conceito que terá alcance global dentro de anos e só tende a crescer. Nele, inúmeras possibilidades de atuação surgirão, trazendo novas formas de enxergar e lidar com o mundo, o que, por si só, também alterará a percepção e a interação com marcas, produtos e serviços. Quem desejar se manter relevante nessa realidade deve começar a estudar, desde já, os caminhos do metaverso.

Quando o Facebook apresentou na semana passada um esboço do "metaverso", o suposto futuro da Internet, mostrou pessoas transportadas para um mundo psicodélico de peixes voadores e robôs amigáveis.

Embora o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, admita que estas experiências estão longe de se tornar realidade, alguns entusiastas argumentam que uma versão mais modesta do metaverso já existe.

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"De alguma maneira, nós estamos nas etapas iniciais do metaverso", declarou a presidente da Magic Leap, Peggy Johnson, à AFP, na terça-feira (2) em Lisboa, durante a conferência anual de tecnologia Web Summit.

A Magic Leap fabrica dispositivos de realidade aumentada (RA), que já foram usados por cirurgiões que se preparavam para separar um gêmeos siameses e por supervisores de fábrica que fazem inspeções.

Nos dois casos, as informações surgiram diante dos olhos do usuários sobre o que estavam vendo.

Pode não parecer tão imersivo como as experiências de realidade virtual (RV) que Zuckerberg quer, eventualmente, levar para as casas das pessoas. Dilui, de qualquer maneira, a barreira entre o mundo físico e o digital, uma ideia-chave por trás do metaverso.

"Com a RV, você coloca um dispositivo e está em outro mundo", explica Johnson. "Com RA, você coloca o dispositivo e continua no seu mundo, mas nós ampliamos esse mundo com o conteúdo digital", acrescentou.

Até o momento, a experiência de muitas pessoas com RA se limita a jogar Pokémon Go, ou a experimentar filtros de imagens que colocam, por exemplo, orelhas no rosto de uma pessoa.

Segundo Johnson, porém, o potencial da RA começa a ser concretizado no campo da saúde.

"Você pode chamar especialistas que podem ver o mesmo que você, mas de outra parte do mundo", destaca. "Durante uma cirurgia, você pode estabelecer linhas digitais onde talvez a incisão será feita", exemplifica.

Fundada em 2010, a missão inicial da Magic Leap era popularizar a RA, o que gerou tanto entusiasmo que a empresa captou US$ 2,3 bilhões em investimentos.

Quando o primeiro dispositivo da Magic Leap foi apresentado em 2018, a decepção foi geral, porém. O produto era muito volumoso e caro para o grande público. A empresa foi obrigada a demitir quase metade dos funcionários no ano passado.

- Futuro próximo -

Ex-executiva da Microsoft, Peggy Johnson assumiu a presidência da empresa em agosto de 2020 e começou a desenvolver óculos de uso profissional.

Em outubro, esta companhia com sede na Flórida anunciou que arrecadou outros US$ 500 milhões em financiamento para um novo dispositivo, o Magic Leap 2, que será lançado em 2022.

A versão atualizada é mais leve, mas seu emprego ainda está previsto, principalmente, para pessoas acostumadas a usar óculos de proteção no trabalho. É o caso cirurgiões em uma operação delicada, ou de especialistas da indústria bélica.

Google Glass, os "óculos inteligentes" que não tiveram sucesso no lançamento em 2014, também ressurgiram como um produto dirigido a usuários profissionais.

Johnson prevê que deve levar alguns anos até que a Magic Leap, ou alguma de suas concorrentes, possam criar dispositivos de RA para o uso do público em geral.

Para Johnson, este será o momento em que a RA transformará nossa vida cotidiana.

A tecnologia poderá, por exemplo, permitir observar comentários de restaurantes, enquanto estamos na rua decidindo para onde ir, afirma.

Se você esqueceu o nome de uma pessoa, sem problema, porque pode aparecer sobre sua cabeça quando a pessoa se aproxima.

"Agora estamos todos olhando para baixo, para nossos telefones celulares", disse Johnson.

A realidade aumentada, espera ela, pode nos ajudar a absorver o mundo ao nosso redor, um mundo com informações extras em camadas.

Se esta revolução acontecer, o mercado pode ficar lotado.

O Facebook trabalha em seu próprio dispositivo de RA, e há boatos de que a Apple também.

Como será o metaverso em 15 anos?

"Eu penso que você vai voltar para casa para pegar seus óculos, porque o esqueceu", prevê Johnson. "Da mesma maneira que você faz hoje com o telefone celular", completou.

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