TCC: chega a hora da apresentação

Manter a calma é imprescindível no momento da apresentação. Porém, estar certo de que o trabalho é de qualidade é bem mais importante

por Nathan Santos dom, 23/06/2013 - 08:15

Anos e anos dedicados a um sonho profissional. Estudar no ensino superior, seja ele público ou privado, é um privilégio para poucas pessoas. Traçar essa caminhada não é fácil, uma vez que depende do próprio aluno, da estrutura da instituição de ensino, além da atuação dos professores. Depois de tantos trabalhos, atividades e provas realizadas durante a graduação, é no último período que essa caminhada precisa ser fechada com sucesso. É a hora de fazer e apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Antes dele, os universitários passam por um embasamento teórico denominado pré-projeto. O trabalho serve para mostrar como será o TCC e sua abordagem. Porém, essa fase para muitos universitários é bem mais tranquila do que a etapa final, em que é necessário apresentar o projeto, seja ele uma monografia, documentário, entre outras plataformas.

O coração acelera, o nervosismo aparece e lá está o estudante na frente de uma banca de professores e profissionais aptos para avaliar o trabalho. É o momento de mostrar tudo que foi feito em mais ou menos seis meses, na maioria dos casos. Em 20 minutos (esse tempo pode varia conforme a instituição de ensino), a proposta deve ser defendida e detalhada para os avaliadores.

“Eu sempre recomendo tranquilidade para os estudantes. É importante conversar antes com a banca, se apresentar e ser o mais natural possível. A gente parte da ideia de que a banca já leu o projeto e sabe como está a situação do trabalho”, orienta o coordenador de Comunicação Social da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Diego Rocha.

O orientador

Personagem importante no processo de realização do TCC, o orientador também integra a banca de avaliação. Por ter acompanhado todas as atividades de execução do projeto, ele pode estar mais entendido em relação ao tema e assim ter argumentos suficientes para incentivar a aprovação ou a reprovação do trabalho.

“No dia da apresentação, o orientador atua mais como um mestre de cerimônia. Ele guia e não interfere. Só depois se reúne com a banca para decidir a nota”, frisa coordenador. De acordo com o professor universitário  Bernardo Queiróz, a condição de nervosismo dos estudantes depende muito da situação em que o trabalho se encontra.

Segundo ele, “existem os alunos que estão nervosos porque sabem que o trabalho está ruim”. “Também há aqueles que, mesmo sabendo que o trabalho está bom, não ficam tranqüilos. A minha função é impedir que ele saia do controle”, conta Queiroz.

Haja coração

Momentos antes do início da apresentação, ela conversa com as parceiras de trabalho, liga para alguns amigos, confere detalhes do TCC, respira fundo e aí está pronta. A estudante de jornalismo, Iris Samandhi, viveu a experiência de apresentar um TCC na última segunda-feira (17).

O projeto é um vídeo-documentário sobre o “olhar de quem é adotado”. O trabalho foi realizado em parceria com mais duas amigas, oriundo da conclusão do curso de jornalismo da UNINASSAU.

“A tensão só aumenta quando o trabalho tem data marcada. Parece que o tempo passa bem mais rápido”, afirma a estudante. Instantes antes do início da apresentação, apesar do nervosismo, Iris diz que procurou ficar bem. “Tentei me concentrar. Meu foco era me formar e ficar tranquila”, relata. Após a apresentação, o grupo de Iris atingiu nota . Entretanto, para confirmar a aprovação, terá que corrigir algumas etapas do projeto.

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