Ministro dá sinais de como serão as questões do Enem

Entre suas dicas, ministro da Educação alertou: "Foquem mais na técnica de escrever"

por Nathan Santos sex, 26/04/2019 - 07:08
Marcos Corrêa/PR Marcos Corrêa/PR

Além de afirmar que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão mantidas para este ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu sinais de que como serão as questões cobradas no processo seletivo. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub participou de uma transmissão pelas redes sociais, nessa quinta-feira (25). 

Antes de entrar no âmbito das questões do Exame, o ministro tentou tranquilizar a população quanto à realização da prova. O Enem tem sido alvo de episódios polêmicos, tais como a falência da gráfica que era responsável por imprimir os cadernos de resolução e a criação de uma comissão que avaliará os quesitos para evitar abordagens “ideológicas”.

“Nós, como governo, temos a preocupação de deixar vocês em paz para cuidar dos problemas do dia a dia. Havia uma possibilidade, essa possibilidade foi afastada: risco de não ter Enem este ano está totalmente afastado. Para as pessoas que vão prestar a prova, podem continuar estudando”, disse Abraham Weintraub.

Ainda em seu discurso, o ministro da Educação apontou como deverão ser as questões do Exame. “Uma dica que vou passar para vocês: acho que questões ideológicas, polêmicas como as do ano passado, não vão acontecer este ano. Minha sugestão: foquem mais na técnica de escrever, interpretação de texto, foquem muito em matemática, ciências, realmente no aspecto que a gente quer desenvolver: o conhecimento científico, a capacidade de a pessoa desenvolver novas habilidades. Essa é a minha recomendação”, declarou.

O ministro aproveitou a oportunidade para prometer ao povo brasileiro que o governo federal trabalhará em prol do desenvolvimento educacional do país, além de reiterar sua rejeição a questões “ideológicas”. “A gente governa para 100% da população. A educação é paga pelo imposto que você tem quando paga um celular. A gente tem sim que melhorar a qualidade da educação no Brasil. Estudem coisas sem direcionamento ideológico como acontecia no passado. O Brasil já mudou”, falou.

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