Desde as 15h30 deste domingo (10), os feras que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) puderam deixar os locais de prova sem o caderno de questões. Alguns estudantes se apoiaram nos "chutes" e saíram dos pontos de aplicação reclamando do nível do conteúdo de Exatas e da habitual maratona de quesitos.

"Paciência zero. Cada vez mais está ficando complicado fazer o Enem. Estou fazendo mais por uma tentativa", relatou, descrevendo dificuldade nas questões, o veterano Gilson Campos, de 27 anos, após sair da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Ele participa do seu décimo exame para retomar o curso de fisioterapia e ressalta que não estava 'empenhando', por isso, arriscar foi sua alternativa.

De olho em engenharia mecânica, Maria Antônia, de 16 anos, afirma que parte dos quesitos podia ser respondida sem problemas. Porém, também revela que faltou preparo. "Estava difícil. Eu chutei muito, mas dava para fazer. Só matemática estava boa", ressaltou.

Para Gabriel de Lima, 21, os chutes também são a esperança para cursar licenciatura em artes. "Foi à base do chute, mas deu para desenrolar algumas", pontuou. Perguntado sobre o lado bom do segundo dia de prova, ele foi categórico: "O ponto positivo foi que eu acabei rápido".

Mesmo sem tanta aptidão para Exatas, Rayane Marques, de 19, mantém a esperança e crava a conquista da sua vaga em direito. "Com certeza vai dar", finalizou.

Neste domingo, segundo e último dia do Enem 2019, os estudantes respondem 90 questões distribuídas entre as matérias de matemática, física, química e biologia. O gabarito oficial será divulgado no dia 13 de novembro. Segundo a organização da prova, mais de 5 milhões de estudantes se inscreveram no Exame.