Afroempreendedorismo cresce no Brasil, mostra pesquisa
Apesar disso, a maioria dos empreendedores inicia um negócio devido ao desemprego
No Brasil, o 20 de novembro, aniversário de Zumbi dos Palmares, marca o Dia da Consciência Negra, data em que se levantam discussões a respeito dos impactos do racismo na sociedade brasileira, altamente marcada pela escravidão negra. Nesse contexto, o afroempreendedorismo, nome dado ao empreendedorismo de pessoas negras, vem crescendo nos últimos anos junto a outras formas de ativismo antirracista.
De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro da qualidade e produtividade (IBQP), Sebrae e GEM 2019, a taxa total de empreendedores (TTE) no Brasil entre pretos ou pardos é maior do que a de brancos: há 39% de empreendedores totais, 23,1% de empreendedores iniciais, 15,7% de novos empreendedores, 8,1% de nascentes e 16,5% de empreendedores estabelecidos pardos ou pretos. Quando se trata de empreendedores brancos, os mesmos índices são de, respectivamente, 37,8%, 23,6%, 16,1%, 7,9% e 15,2%.
Apesar disso, 27,1% dos empreendedores negros começam um negócio movidos pelo desemprego. Há ainda uma parcela de 1,3% que afirma empreender para “fazer a diferença no mundo”. No que diz respeito à renda, 20% dos pretos ou pardos ganham mais de 2 até 3 salários mínimos, 22% recebem mais de 3 até 6 salários mínimos e 8% ganham mais de 6 salários.
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