Rio-2016: MP denuncia estrangeiros envolvidos em cambismo

De acordo com a denúncia, funcionários do Comitê Olímpico Internacional (COI) relataram à polícia um esquema arquitetado pelos sócios da empresa britânica The Hospitality Group UK Limited (THG)

ter, 16/08/2016 - 16:07

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça cinco estrangeiros pelos crimes de facilitação de cambismo e de marketing de emboscada por associação criminosa. Os acusados são os irlandeses Kevin James Mallon e David Patrick Gilmore, os britânicos Marcus Paul Bruce Evans e Martin Studd e o holandês Maarten Van Os. A denúncia foi distribuída ao Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos na quinta-feira (11).

De acordo com a denúncia, funcionários do Comitê Olímpico Internacional (COI) relataram à polícia um esquema arquitetado pelos sócios da empresa britânica The Hospitality Group UK Limited (THG).

A empresa oferecia a venda de ingressos para celebrações oficiais da Olímpiada Rio 2016, sem autorização da entidade organizadora do evento e por preço superior ao estampado nos bilhetes esportivos.  Segundo a acusação, os denunciados também vincularam o uso dos ingressos em ações de publicidade e atividades comerciais, com o objetivo de obter vantagens econômicas.

Kevin Mallon foi preso em flagrante no dia 5, no Hotel Next Flat, na Barra da Tijuca. Com ele, foram apreendidos inicialmente 32 ingressos para a cerimônia de abertura, que custavam R$ 3 mil o valor unitário. Flagrante

No dia do flagrante, algumas das pessoas lesadas foram encaminhadas ao Hotel Next Flat sem os ingressos comprados. Ciente do crime, a polícia pôde realizar a prisão em flagrante de Mallon. Uma nova apreensão obteve outros 791 ingressos para eventos oficiais da Rio 2016.

O documento indica que os cinco denunciados, “agindo livre e conscientemente, em união de ações e desígnios, associaram-se, de maneira estável e permanente, para a prática dos delitos de facilitação de cambismo e de marketing de emboscada por associação”.

Ainda segundo a denúncia oferecida à Justiça, algumas vítimas chegaram a pagar US$ 8 mil (cerca de R$ 35 mil), percentual muito superior àquele estipulado pelo COI.

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