Fifa não quer interferência para escolha da sede da Copa
De acordo com a entidade, o presidente Gianni Infantino ão vai interferir no processo de escolha do futuro país-sede da Copa do Mundo de 2026
Após ser questionado sobre a candidatura do Marrocos, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta quarta-feira (28) que não vai interferir no processo de escolha do futuro país-sede da Copa do Mundo de 2026. Os africanos questionaram a imparcialidade do dirigente por acreditar que ele estaria apoiando a candidatura da América do Norte.
Moulay Hafid Elalamy, presidente da candidatura do Marrocos, fez o questionamento pessoalmente a Infantino em encontro realizado na terça-feira. Ele teme que o presidente da Fifa interfira na força-tarefa que fará avaliações técnicas de cada candidatura, com direito de veto em congresso da entidade agendado para o dia 13 de junho.
"Como lembrete, o presidente da Fifa não fará parte da votação no congresso e não está envolvido no trabalho da força-tarefa que conduzirá as avaliações técnicas", escreveu a Fifa, em comunicado enviado à agência de notícias Associated Press.
O comunicado é uma resposta às declarações de Hafid Elalamy. O marroquino reclamara da possível inclinação de Infantino pela candidatura dos Estados Unidos, Canadá e México ao afirmar que "é uma questão muito séria se a opinião do presidente puder mudar opiniões estratégicas".
A força-tarefa, que não terá interferência de Infantino segundo a Fifa, é composta por funcionários da entidade escolhidos pelo próprio presidente. A função desta força-tarefa foi fortalecida nos últimos anos depois que o então Comitê Executivo da Fifa ignorou relatórios técnicos que afirmavam que as candidaturas da Rússia e do Catar, para sediarem as Copas deste ano e de 2022, eram de alto risco.
"O processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2026 será o mais justo, objetivo e transparente possível. Convocamos todas as candidaturas e as pessoas envolvidas para respeitarem estes princípios", afirmou a Fifa, no comunicado.
O Marrocos vai enfrentar a poderosa candidatura encabeçada pelos Estados Unidos, que terá ainda a participação do Canadá e do México. Os americanos devem sediar 60 dos 80 jogos da futura Copa de 2026 na primeira edição da versão estendida da Copa do Mundo, com 48 seleções participantes - na Rússia, neste ano, e no Catar, em 2022, serão 32 equipes.