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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, lamentou novo episódio de racismo no futebol, neste sábado, e elevou o tom contra a discriminação nos gramados pelo mundo. Poucas horas depois de o goleiro Mike Maignan, do Milan, ser alvo de ofensas por parte de torcedores da Udinese, em jogo do Campeonato Italiano, ele defendeu a derrota "automática" para os times cujas torcidas venham a cometer atos discriminatórios.

"Além do procedimento de três etapas (partida interrompida, partida interrompida mais uma vez e partida abandonada), temos que implementar uma desistência automática para o time cujos torcedores cometeram atos de racismo e causaram o abandono da partida, bem como vetos nos estádios pelo mundo e denúncias acusações criminais para os racistas", declarou Infantino, em comunicado.

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Ele se referia a dois casos de discriminação ocorridos neste sábado, um deles em Sheffield, na Inglaterra. O que mais chamou a atenção foi o que teve o goleiro do Milan como alvo no estádio Friuli, em Údine, em jogo da 21ª rodada do Italiano. "Eles fizeram sons de macaco e não é a primeira vez que isso acontece comigo", disse o goleiro francês, de 28 anos.

No primeiro tempo, o Milan vencia a Udinese por 1 a 0 (gol de Loftus-Cheek) e tinha um tiro de meta a seu favor. Antes da cobrança, Maignan sinalizou para os companheiros, caminhou até o árbitro e depois para a linha lateral. Os jogadores do Milan conversaram com Maignan, que tirou as luvas e desceu o túnel para o vestiário. O goleiro também contou ao árbitro sobre torcedores imitando macacos no início da partida, o que gerou um anúncio no estádio pedindo que as ofensas parassem.

"Fiquei chateado por ter que ir para o vestiário daquele jeito, mas tive o apoio de todos. Conversamos e então tomamos a decisão de voltar a campo e dar a resposta apropriada: para vencer este jogo", disse o goleiro, após a vitória do Milan por 3 a 2. "Eu realmente não queria mais jogar. Mas somos uma família e eu não poderia deixar meus companheiros assim."

Infantino lamentou o episódio. "Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação - tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm o meu total apoio", declarou.

"A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: Não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!", afirmou.

O presidente da Fifa pediu o maior envolvimento de todas as partes envolvidas no futebol para coibir novos casos de racismo. "Precisamos que TODAS as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade."

A seleção brasileira recebeu nesta quinta-feira a visita do presidente da Fifa, Gianni Infantino, em Barcelona, onde o grupo nacional está concentrado para os amistosos de sábado e terça-feira. O dirigente conversou com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e com o atacante Vinicius Júnior, vítima de diversos ataques racistas nos últimos meses no futebol espanhol.

Nas conversas reservadas e num breve discurso para os jogadores brasileiros, Infantino reiterou a luta da Fifa contra casos de discriminação no futebol, principalmente quanto a atos racistas, dentro e fora do gramado. "Se há racismo, o jogo tem que parar! Basta!", declarou o mandatário da entidade que rege o futebol mundial.

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"Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta! O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol", disse Infantino.

O presidente afirmou que a Fifa vai criar uma comissão, com a participação de atletas, para discutir propostas de combate ao racismo no futebol. Sobre o assunto, ele conversou com Vini Jr., que se tornou notícia mundial no fim de maio por conta de um caso de racismo no estádio Mestalla, do Valencia, em partida do Real Madrid no Campeonato Espanhol.

O caso ganhou repercussão internacional e gerou até um início de crise diplomática entre Brasil e Espanha. Na esteira dos acontecimentos, o presidente da CBF e o presidente da Real Federação de Futebol da Espanha, Luis Rubiales, anunciaram um amistoso entre as duas seleções em março de 2024, no estádio Santiago Bernabéu, do Real, para combater o racismo.

"Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa. Que a imprensa reforce isso. A CBF quer que através do futebol o mundo volte a ser mais alegre", declarou Ednaldo.

De acordo com a CBF, Infantino também teve uma conversa reservada com Ednaldo por cerca de meia hora. Antes disso, ele conversou com jogadores da seleção e bateu foto com uma camisa da seleção brasileira, com seu nome nas costas. O presente foi dado pelo capitão da equipe, o volante Casemiro.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, demonstrou apoio ao brasileiro Vinicius Júnior após novo caso de racismo no futebol da Espanha. O dirigente da entidade máxima do futebol mundial se solidarizou com o jogador do Real Madrid e indicou que o protocolo da Fifa poderia ter sido seguido até o fim na partida entre o Real e o Valencia, no domingo, pelo Campeonato Espanhol.

"Total solidariedade a Vinicius. Não há lugar para o racismo no futebol ou na sociedade e a Fifa apoia todos os jogadores que se encontram em tal situação", escreveu Infantino, em breve comunicado em suas redes sociais. "Os eventos durante a partida entre Valencia e Real Madrid mostram que isso precisa acontecer. É por isso que o processo de três etapas existe nas competições da Fifa e é recomendado em todos os níveis do futebol."

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No comunicado, ele detalhou o protocolo, indicando que poderia ter sido usado na partida em questão. "Primeiro, você para o jogo e o anuncia. Em segundo lugar, os jogadores saem de campo e o alto-falante anuncia que, se os ataques continuarem, o jogo será suspenso. O jogo recomeça e, em terceiro lugar, se os ataques continuarem, a partida vai parar e os três pontos vão para o adversário."

"Estas são as regras que devem ser implementadas em todos os países e em todas as ligas. Claramente, é mais fácil falar do que fazer, mas precisamos fazer e precisamos dar apoio a isso com base na educação", ressaltou Infantino.

No jogo entre Real e Valencia, no estádio Mestalla, a arbitragem avançou somente até o segundo ponto do protocolo antirracista. A partida foi paralisada por cerca de 10 minutos, mas foi retomada. Se tivesse ido até o fim, o Valencia acabaria perdendo os três pontos, mesmo estando vencendo o jogo por 1 a 0.

ENTENDA O CASO

O brasileiro Vinicius Júnior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha. Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid no domingo por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada e depois retomada pelo árbitro, por causa das ofensas.

Nos acréscimos da partida, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de se desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou cartão amarelo, mas, após revisão do lance pelo VAR, foi expulso pela arbitragem.

O episódio gerou revolta no Real Madrid, cujo técnico, Carlo Ancelotti, dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo, ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinicius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

São muitos os episódios de preconceito racial contra Vini Jr. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de "macaco" por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano.

"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas", afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. "Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas."

Em evento que contou com a presença de Ronaldo, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou o logo da Copa do Mundo de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. O dirigente também lançou uma campanha em favor da diversidade no futebol no evento realizado na cidade de Los Angeles.

O logo traz a imagem do troféu da Copa do Mundo sobre os números 26, em letra grande, ao fundo, em referência ao ano do próximo Mundial. De acordo com a Fifa, é a primeira vez que o troféu faz parte do logo de uma competição. "A imagem do troféu permite a personalização para refletir a singularidade de cada anfitrião, ao mesmo tempo em que constrói uma estrutura de marca identificável para os próximos anos", registrou a Fifa, em comunicado.

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No total, 16 cidades vão receber jogos do Mundial, daqui a três anos. E cada sede terá um logo próprio. A ideia faz parte da campanha da diversidade que a Fifa lançou na noite desta quarta-feira. "A campanha empodera pessoas, lugares e comunidades para exercerem um papel integral no lançamento da marca da Copa. A campanha captura retratos de rostos e lugares para mostrar quão únicas são as histórias da Copa."

A Copa de 2026 será única também em termos de estrutura. Será a primeira com a participação de 48 seleções, disputada em três países ao mesmo tempo, outra exceção na história dos Mundiais. O formato, assim, também terá que sofrer uma alteração, com o acréscimo de uma nova fase, de mata-mata, antes do início das oitavas de final.

"É um momento quando três países e um continente inteiro dizem, coletivamente: Estamos unidos como um só para dar as boas-vindas ao mundo e entregar a maior, melhor e mais inclusiva Copa do Mundo da história da Fifa", declarou Infantino.

O próximo Mundial voltará a ser disputado no meio do ano, depois da Copa do Catar ser realizada entre novembro e dezembro de 2022. Em 2026, a competição será entre junho e julho, com final marcada para 19 de julho. Ao todo, serão 104 partidas, 80 somente na fase de grupos, que terá 12 chaves - no Catar, foram oito grupos e 32 seleções.

Ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter criticou a proposta de Gianni Infantino, já aprovada, de ampliar a Copa do Mundo de 32 para 48 seleções a partir da edição de 2026. Para o suíço, seu sucessor no comando da entidade está abusando da comercialização do futebol, "tentando espremer cada vez mais o limão".

"O que está acontecendo neste momento é uma comercialização excessiva do jogo", disse Blatter, em entrevista ao jornal semanal alemão Die Zeit. "Há tentativas de espremer cada vez mais o limão, como acontece, por exemplo, com a Copa do Mundo com 48 seleções e agora com o Mundial de Clubes, que se tornará um rival da Liga dos Campeões."

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Na sua avaliação, a entidade está entrando num território que não deveria, que são as competições de clubes. "A Fifa está invadindo algo aqui que não é o seu negócio, o futebol de clubes."

Blatter se refere ao anúncio, na semana passada, de que a entidade vai promover uma mudança drástica no Mundial de Clubes, que passará a ter 32 equipes e será disputada a cada quatro anos, a partir de 2025. Os detalhes sobre o torneio, entre o processo de classificação, não foram anunciados ainda.

No mesmo evento, a Fifa não divulgou o formato da versão ampliada da Copa do Mundo, entre seleções, a partir de 2026. O próximo Mundial, que será disputada nos Estados Unidos, no Canadá e no México, terá o recorde de 48 equipes. E, faltando três anos e meio para o grande torneio, a entidade não definiu nem mesmo o formato geral da competição.

Blatter também criticou o próprio Infantino, que o sucedeu na presidência da Fifa em 2016. Ao jornal alemão, o suíço disse não ter "nenhuma relação com Infantino". E disse que o atual mandatário da entidade "se comporta de forma desrespeitosa porque recusou qualquer tentativa de contato comigo desde sua eleição". Blatter também disse que Infantino só "se comunica comigo por meio de advogados".

Questionado sobre sua saída da Fifa, em meio à investigações de casos de corrupção, Blatter voltou a negar que tenha cometido crimes à frente da entidade. "Eu jamais peguei em dinheiro que não fosse conquista minha (salário). Não há nada que possa ser provado contra mim em todos os procedimentos que fizeram. E isso vai continuar assim."

Gianni Infantino continuará sendo presidente da Fifa pelos próximos quatro anos. O advogado suíço, de 52 anos, confirmou novo mandato à frente da entidade nesta quinta-feira, quando foi encerrado o prazo para apresentar candidaturas. Como não surgiu nenhuma chapa de oposição, Infantino já assegurou a permanência no cargo até 2026.

O prazo foi esgotado na virada de quarta para quinta, exatamente quatro meses antes do dia da eleição. O pleito está agendado para 16 de março, na cidade de Kigali, em Ruanda. Será o segundo mandato seguido de Infantino, que chegou ao poder em 2015, quando era vice de Joseph Blatter. Ele assumiu como presidente interino assim que o compatriota anunciou sua renúncia.

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Em 2016, ele disputou sua primeira eleição contra quatro rivais e levou a melhor. Em 2019, foi reeleito sem enfrentar qualquer oposição, exatamente como agora. Pelas regras da Fifa, ele poderá tentar um novo mandato no futuro, encerrando sua passagem pela presidência da entidade somente em 2031. O salário de Infantino é estimado em US$ 3 milhões por ano (cerca de R$ 16 milhões).

A única barreira para o suíço estender sua permanência na Fifa após a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México, é uma investigação liderada por dois procuradores na Suíça. Eles analisam uma série de três reuniões, não registradas oficialmente, entre Infantino e Michael Lauber, procurador-geral da Suíça e responsável pelas investigações dos casos de corrupção na Fifa. Os encontros aconteceram entre 2016 e 2017.

As investigações contam com sigilo e não há informações disponíveis sobre o estágio da apuração no momento. Mas é possível que o eventual resultado da investigação atrapalhe os planos de longevidade de Infantino na Fifa. O suíço nega qualquer irregularidade nas reuniões com Lauber.

Em seu atual mandato, o presidente promoveu o aumento da reserva financeira da Fifa, que foi ampliada em cerca de US$ 2 bilhões. E aproveitou essa folga no orçamento para ajudar confederações e federações pelo mundo durante os momentos mais graves da pandemia de covid-19, quando o calendário do futebol foi paralisado, até mesmo as Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar, que começa no domingo.

O auxílio geral ampliou a simpática e o apoio das entidades da modalidade ao atual presidente, principalmente na África, sua maior base de apoio. O continente, que conta com 54 votos na eleição para presidente, é comandada desde março de 2021 pelo sul-africano Patrice Motsepe, um dos maiores aliados de Infantino.

Mas os últimos quatro anos não foram só de vitórias para o suíço. Seu maior revés foi a ideia de reduzir o ciclo da Copa do Mundo, de quatro para dois anos. Mas o plano de realizar um maior número de edições do Mundial foi bombardeado pela Conmebol e pela Uefa, que ameaçaram um boicote. Infantino acabou recuando da ideia, ao menos temporariamente.

O suíço ainda enfrenta uma relação tensa com as duas entidades, responsáveis pelo futebol sul-americano e europeu, onde estão as maiores potências do futebol mundial, tanto em termos de clubes quanto de seleções.

Em visita ao Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que apoia a proposta da Fifa de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos, em vez da periodicidade atual, de quatro em quatro anos. Ele fez a declaração ao lado do presidente da entidade, o suíço Gianni Infantino.

"A CBF é que vai dar o norte de como proceder. Opinião minha como peladeiro: a Copa do Mundo de dois em dois é bem-vinda, ajuda no aspecto econômico. Sou apenas um torcedor, apaixonado por futebol, o que a CBF decidir estou com eles", disse Bolsonaro.

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O presidente e seus ministros também reuniram-se com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani. Eles visitaram o Estádio Lusail, que será a sede da final da Copa do Mundo de 2022. Bolsonaro disse que o governo do Catar defende a alteração na periodicidade do torneio e indicou que vai conversar sobre o tema com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A proposta da Fifa é realizar a cada dois anos a Copa do Mundo, em vez de a cada quatro, como ocorre atualmente. A ideia é controversa e já gerou diversas críticas por parte dos clubes e das entidades europeias. A Uefa, que perderia dinheiro com a proposta, reclama também do desgaste dos jogadores.

Na América do Sul, a ideia também vem prosperando. Até o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, já criticou a proposta. E sugeriu possível boicote das seleções da região à Copa caso o novo formato seja aprovado no futuro.

Diante dos ataques, a Fifa deu um passo atrás em seus planos e indicou que a ideia só voltará a ser discutida em 2022. Uma reunião em dezembro entre a entidade e suas 211 federações associadas deve indicar qual caminho a Fifa deve seguir com a controversa proposta.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, está infectado com o coronavírus. O anúncio foi feito, nesta terça-feira, pela entidade máxima do futebol em suas redes sociais. Segundo o comunicado, o dirigente, de 50 anos, apresenta "sintomas leves" da covid-19 e já está em quarentena de dez dias.

Infantino, após o período de isolamento, será submetido a novos exames para saber se poderá retornar às suas atividades normais. A Fifa orientou as pessoas que tiveram contato com o presidente nos últimos dias para que "tomem as medidas necessárias".

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O dirigente suíço foi reeleito presidente da Fifa no ano passado. Seu novo mandato vai até 2023 e ele ainda pode tentar mais duas reeleições, o que o deixaria no poder da entidade até 2031.

Há um mês, Infantino demonstrou otimismo quando ao futuro do futebol pós-pandemia e afirmou que o público nos estádios é essencial, mas antes é preciso encontrar protocolos de segurança para cuidar da saúde dos torcedores.

Um processo criminal contra o presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi instaurado nesta quinta-feira por um promotor especial suíço. O caso está relacionado a uma reunião que Infantino teve com o procurador-geral do país.

O promotor especial Stefan Keller concluiu uma investigação sobre acusações envolvendo Infantino e o procurador-geral Michael Lauber depois de surgirem "elementos que compõem um comportamento repreensível". Lauber anunciou sua renúncia na semana passada.

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Keller abriu um processo criminal contra Infantino e o promotor de Valais, Rinaldo Arnold, solicitando autorização para abrir uma ação judicial também contra Lauber, de acordo com um comunicado da autoridade suíça que supervisiona o Ministério Público Federal.

Keller, especialista jurídico nomeado para o cargo de promotor especial em 29 de junho, descobriu que possíveis infrações incluíam abuso de cargo público, violação de sigilo oficial, "auxiliar os infratores" e "incitação a esses atos", disse a autoridade supervisora do gabinete do procurador-geral em um comunicado, adicionando que outros atos e procedimentos criminais também podem ser considerados.

Nesses casos, os suspeitos se beneficiam de uma presunção de inocência na Suíça até que os processo seja concluído. A Fifa ainda não se pronunciou sobre o caso.

Lauber renunciou na última sexta-feira apenas alguns minutos antes de um tribunal federal confirmar acusações de que ele mentiu sobre uma reunião que teve com Infantino durante uma ampla investigação sobre corrupção no futebol. O veredicto foi uma resposta a um recurso de Lauber contra uma punição disciplinar em março por má conduta.

O processo disciplinar interno contra Lauber se concentrou em uma reunião que ele teve com Infantino em junho de 2017 em um hotel em Berna. Posteriormente, ambos disseram que não conseguiam se lembrar do conteúdo da reunião, a terceira em um período de 15 meses.

O Mundial Feminino pode ser realizado a cada dois anos, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, nesta sexta-feira. Atualmente, a competição é disputada a cada quatro anos, com a seleção norte-americana tendo levantado o troféu em 2015 e novamente em julho na França.

Infantino explicou ter ficado interessado em uma proposta da Federação Francesa de Futebol para dobrar a frequência do Mundial Feminino por causa de seu "incrível impacto para o desenvolvimento do jogo" comparado ao torneios de futebol de clubes. "Precisamos ver que tipo de grandes eventos podemos criar", disse Infantino. "Então estamos estudando isso, é claro."

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A Fifa já decidiu expandir o Mundial Feminino de 24 para 32 seleção a partidr da sua próxima disputa, em 2023. O anfitrião desse torneio será decidido em junho, em votação dos membros do Conselho da Fifa. A entidade recebeu ofertas do Brasil, do Japão, da Colômbia, além de uma candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia.

O Mundial Feminino já teve oito edições, tendo começado a ser disputado em 1991. O melhor desempenho da seleção brasileira se deu em 2007, quando perdeu a final para a Alemanha.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que conta com a colaboração da Fifa para assegurar que a Copa do Mundo de 2018 deixe um legado importante para os russos. O principal líder do país que abrigou o último Mundial se manifestou sobre o assunto durante um encontro com o presidente da entidade máxima do futebol, Gianni Infantino, em Moscou.

"Temos pela frente uma tarefa diferente, de tirar proveito de tudo o que foi feito para o Mundial, e usá-lo de maneira útil. E neste aspecto contamos com o seu apoio", disse Putin ao dirigente na reunião na capital russa.

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Um dos legados que a Copa trouxe para a Rússia no âmbito esportivo é o de que vários clubes do país passaram a registrar uma maior presença de público em seus jogos na temporada seguinte à maior competição do futebol.

Com novos estádios, as cidades de Volgogrado e Nijni Novgorod, duas sedes do Mundial, dobraram a média de espectadores por jogo. Porém, há casos negativos como os de Sochi e Kaliningrado, outros dois palcos do torneio do ano passado, que tiveram quedas de frequência de torcedores.

No início deste mês, Putin já havia condecorado Infantino com uma medalha pela sua contribuição para que a Rússia conseguisse organizar com sucesso o Mundial. E a Fifa assegurou que a competição está rendendo frutos importantes para a Rússia, onde a seleção nacional surpreendeu ao avançar às quartas de final depois de a sua seleção ter começado a sua campanha desacreditada.

"O legado até agora é muito positivo, com aumento significativo de presença de torcedores nos estádios e um maior interesse pelo futebol", ressaltou a entidade, por meio de um comunicado no qual também acrescentou que colabora com a Rússia na distribuição de dinheiro para um fundo criado para o legado da Copa.

Após ser questionado sobre a candidatura do Marrocos, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta quarta-feira que não vai interferir no processo de escolha do futuro país-sede da Copa do Mundo de 2026. Os africanos questionaram a imparcialidade do dirigente por acreditar que ele estaria apoiando a candidatura da América do Norte.

Moulay Hafid Elalamy, presidente da candidatura do Marrocos, fez o questionamento pessoalmente a Infantino em encontro realizado na terça-feira. Ele teme que o presidente da Fifa interfira na força-tarefa que fará avaliações técnicas de cada candidatura, com direito de veto em congresso da entidade agendado para o dia 13 de junho.

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"Como lembrete, o presidente da Fifa não fará parte da votação no congresso e não está envolvido no trabalho da força-tarefa que conduzirá as avaliações técnicas", escreveu a Fifa, em comunicado enviado à agência de notícias Associated Press.

O comunicado é uma resposta às declarações de Hafid Elalamy. O marroquino reclamara da possível inclinação de Infantino pela candidatura dos Estados Unidos, Canadá e México ao afirmar que "é uma questão muito séria se a opinião do presidente puder mudar opiniões estratégicas".

A força-tarefa, que não terá interferência de Infantino segundo a Fifa, é composta por funcionários da entidade escolhidos pelo próprio presidente. A função desta força-tarefa foi fortalecida nos últimos anos depois que o então Comitê Executivo da Fifa ignorou relatórios técnicos que afirmavam que as candidaturas da Rússia e do Catar, para sediarem as Copas deste ano e de 2022, eram de alto risco.

"O processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2026 será o mais justo, objetivo e transparente possível. Convocamos todas as candidaturas e as pessoas envolvidas para respeitarem estes princípios", afirmou a Fifa, no comunicado.

O Marrocos vai enfrentar a poderosa candidatura encabeçada pelos Estados Unidos, que terá ainda a participação do Canadá e do México. Os americanos devem sediar 60 dos 80 jogos da futura Copa de 2026 na primeira edição da versão estendida da Copa do Mundo, com 48 seleções participantes - na Rússia, neste ano, e no Catar, em 2022, serão 32 equipes.

Em entrevista de avaliação final da Copa das Confederações, o homem forte do futebol russo e um dos principais líderes políticos do país, Vitaly Mutko, não escondeu a irritação neste sábado diante de perguntas sobre doping no esporte da Rússia, principalmente no futebol, às vésperas da Copa do Mundo.

Vice-primeiro-ministro da Rússia, Mutko se irritou ao ouvir perguntas sobre denúncia recente do advogado Richard McLaren sobre supostos casos de doping no futebol do país. "Se eu fizer uma dança típica russa agora em frente de você, você vai parar de fazer este tipo de pergunta?", disse o político a um dos jornalistas presentes na entrevista coletiva realizada em São Petersburgo.

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Segundo a mesma denúncia, Mutko é acusado de acobertar casos de doping no futebol. Há suspeitas de que atletas olímpicos usaram substâncias proibidas nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em 2014. Mesma suspeita recai sobre jogadores da seleção na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Por conta disso, dezenas de amostras russas serão reexaminadas nas próximas semanas e podem gerar eventuais punições ao país-sede da próxima Copa.

"Estamos esperando pelo resultado destes relatórios", garantiu o presidente da Fifa, Gianni Infantino, também presente na coletiva. Ele assegurou que haverá punições, caso sejam comprovados os casos de doping. "Se algo surgir da investigação, haverão sanções, obviamente."

Vitaly Mutko, mais uma vez, negou qualquer irregularidade na política antidoping do seu país. "Nunca iríamos decepcionar uma organização tão poderosa e tão respeitável como essa", afirmou, em referência à Fifa. Ainda não há prazo para a revelação do resultado dos novos testes.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, cancelou seus compromissos em outros torneios para viajar ao Brasil para prestar homenagem às vítimas da Chapecoense. O suíço estará em Chapecó para o velório dos jogadores e da comissão técnica do clube catarinense.

Além da viagem, Infantino já prepara uma homenagem ao clube na festa do melhor jogador do mundo, no dia 9 de janeiro, em Zurique. Por enquanto, não existe uma iniciativa financeira de ajuda ao clube estabelecida. Mas a Fifa quer lembrar da tragédia com uma homenagem durante a festa que reunirá a elite do futebol mundial.

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No início da semana, Infantino declarou que o acidente o tinha deixado "em choque". "É um dia muito triste para o futebol", declarou. Afirmando estar "profundamente triste", o cartola fez questão de enviar mensagens de condolências em português. Na Fifa, o tom é de consternação. "Lamentamos profundamente a queda do avião na Colômbia, uma tragédia chocante", disse Infantino.

Ele ainda mandou uma mensagem às famílias. "Neste momento difícil, nossos pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e amigos", declarou. "Nossos sinceros pêsames aos torcedores, à comunidade do futebol e aos meios de comunicação brasileiros envolvidos na tragédia", completou o presidente da Fifa que, nos últimos meses, tem contato com o apoio direto da Conmebol para apresentar suas propostas de reformas na entidade.

"É um dia muito triste para o futebol", declarou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em relação à tragédia da qual foi vítima a delegação da Chapecoense, na madrugada desta terça-feira, na Colômbia. Afirmando estar "profundamente triste e em choque", o dirigente fez questão de enviar mensagens de condolências em português.

Pelo mundo, clubes como o Barcelona e Manchester United têm declarado sua solidariedade diante do acidente. O Benfica chegou a sugerir que poderia ajudar financeiramente o clube brasileiro.

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Na Fifa, o tom é de consternação desde as primeiras horas da manhã. "Lamentamos profundamente a queda do avião na Colômbia, uma tragédia chocante", disse Infantino.

Ele ainda mandou uma mensagem às famílias. "Neste momento difícil, nossos pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e amigos", declarou. "Nossos sinceros pêsames aos torcedores, à comunidade do futebol e aos meios de comunicação brasileiros envolvidos na tragédia", completou o presidente da Fifa que, nos últimos meses, tem contato com o apoio direto da Conmebol para apresentar suas propostas de reformas na entidade.

Em seu site, a Fifa publicou uma foto do escudo do Chapecoense em negro, em uma homenagem, reproduzindo um posto do próprio clube catarinense no Twitter.

Apesar dos seguidos atrasos e contratempos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu nesta sexta-feira (25) que o estádio de São Petersburgo ficará pronto a tempo de receber partidas da Copa das Confederações, no próximo ano. A arena se tornou uma das maiores preocupações da Fifa na preparação russa para sediar a Copa de 2018.

"É uma história muito lamentável", disse Putin, referindo-se aos atrasos, aumentos de custos, problemas técnicos e mortes de operários durante a construção do estádio. "Os trabalhadores prometeram consertar tudo até o fim do ano", afirmou o presidente da Rússia, dirigindo-se ao presidente da Fifa, Gianni Infantino.

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Putin e Infantino conversaram em evento oficial de preparação para a Copa das Confederações, nesta sexta, num encontro no Kremlin. Pela programação inicial da competição, a final será disputada no estádio de São Petersburgo, no dia 2 de julho. A arena também receberá uma das semifinais da Copa de 2018.

Com capacidade para receber 69 mil torcedores, o estádio sofre com atrasos de quase uma década. Foram tantos os escândalos envolvendo a arena que o primeiro-ministro Dmitry Medvedev disse que o estádio era motivo de "vergonha".

Na semana passada, um representante local do governo foi preso sob suspeita de ter embolsado 50 milhões de rublos (cerca de R$ 2,6 milhões) num contrato de fornecimento de telões para o estádio. De acordo com autoridades municipais, o estrago pode ter superado os US$ 10 milhões (R$ 34 milhões).

A Fifa rejeitou nesta sexta-feira o argumento apresentado pela Conmebol de que os gritos de "bicha" entoados pela torcida brasileira ou sul-americana nos estádios fazem parte de um "comportamento cultural" e prometeu que vai continuar sancionando federações da região.

Nesta semana, os dirigentes da entidade de futebol da América do Sul levaram à Fifa uma queixa de que estavam sendo sancionados de forma exagerada por gritos de "bicha" por parte da torcida. Wilmar Valdez, presidente da Federação Uruguaia de Futebol, confirmou que reuniões foram mantidas para explicar que o uso de certas palavras para ofender o adversários não tinham o caráter de homofobia.

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Questionada se o argumento "cultural" era válido, a nova secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, rebateu: "é uma questão de educação e não pode ser autorizada".

"O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa, a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero", respondeu a delegada da Fifa, uma africana, negra, mulher e muçulmana. "Isso tem de parar. Para a Fifa, a tolerância é zero com relação à homofobia", disse.

"Para mim, a mensagem aos presidentes de federações é de que temos de encontrar uma base comum, trazer educação. Precisamos sensibilizar os torcedores e que tenham uma maior participação na cultura da diversidade e aceitação", disse.

Fatma admite que a luta contra esse comportamento é "de longo prazo" e que, além de sanções, um diálogo precisa ser estabelecido com a torcida para convencer os grupos de que se deve falar em respeito. "Sanções não são o único caminho. Tendo experiência na ONU, sou a favor de diálogo. Se sanções fossem as soluções para todos os problemas do mundo, não estaríamos na situação que estamos hoje", disse.

No total, as seleções latino-americanas já foram punidas em treze ocasiões por conta de gritos com caráter de homofobia por parte de seus torcedores, o que resultou em multas de 550 mil francos suíços (cerca de R$ 1,8 milhão), aplicadas pela Fifa.

Na semana passada, foi a vez de a CBF pagar 20 mil francos suíços (R$ 66 mil) por conta de um incidente contra a Colômbia, em Manaus, no dia 6 de setembro. A CBF foi punida pela primeira vez, depois de gritos de "bicha" vindos do público ao goleiro adversário. Um advertência também foi lançada. Se a prática continuar, o Brasil pode ficar proibido de atuar em certos estádios do País ou mesmo jogar a portas fechadas.

Mas, em outros três partidas da seleção, foram os jogadores nacionais que foram alvos de cânticos de caráter homofóbico pelos adversários. Isso ocorreu contra a Argentina em novembro de 2015, contra o Chile, em outubro do ano passado, e contra o Paraguai, em março deste ano.

Pressionada diante da Copa do Mundo na Rússia em 2018, a Fifa quer demonstrar que está agindo contra o racismo e discriminação. Em Moscou, porém, leis aprovadas em 2013 foram duramente criticadas por ativistas, apontando que as normas visam censurar a expressão homossexual em locais com a presença de menores.

Vitaly Mutko, presidente do Comitê Organizador Local da Copa e ministro do Esporte, alegou que o Kremlin queria proteger as crianças de "drogas, alcoolismo e relações sexuais não-tradicionais".

A maior das penalidades foi imposta contra o Chile que, depois de já ter sido multado, voltou a cometer infrações e agora não poderá disputar o jogo do dia 28 de março contra a Venezuela no estádio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago. Os chilenos ainda terão de pagar mais 65 mil francos em multas.

Ele prometeu durante sua campanha eleitoral e, agora, abriu os cofres. O novo presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou a distribuição de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 12,8 bilhões) ao futebol mundial até 2026, num plano que tem como meta oficial "fortalecer" o esporte e desenvolver novas equipes competitivas pelo mundo.

Questionado se a CBF receberia os recursos, mesmo tendo um presidente indiciado nos Estados Unidos, Marco Polo Del Nero, Infantino deixou no limbo o apoio ao Brasil. "Esse é um dos pontos que não é mais decidido pelo presidente da Fifa. Mas, sim, pelo comitê de Desenvolvimento e as entidades que querem receber sabem que precisam seguir certos critérios", disse o presidente da Fifa. "Vamos ver. Para quem não tem nada a esconder, não existe problema", afirmou.

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Em um documento que passou a ser chamado de "Fifa 2.0: a Visão para o futuro", o novo presidente indica que, pela primeira vez na história da entidade, um plano é apresentado sobre como desenvolver o esporte no mundo.

Em parte, o dinheiro para fortalecer seleções em todo o planeta é um complemento à sua ideia de expandir a Copa do Mundo de 2026 para 48 seleções. Nesta quinta-feira, cada um dos dirigentes recebeu dez propostas diferentes da cúpula da Fifa, com opções sobre como reformar o Mundial e ter o torneio em até 39 dias.

Ainda que a proposta de 48 seleções enfrente resistência, ela é a preferida de Infantino. O temor de muitos é de que a qualidade do evento caia. Mas, para o presidente, o investimento de US$ 4 bilhões mudaria esse cenário e tornaria mais competitivos times que atualmente são inexpressivos.

Segundo Infantino, a decisão final sobre o formato do Mundial será tomada em janeiro. Mas ele garante que a primeira reação dos dirigentes nesta quinta-feira foi "positiva". "Precisamos ver se ficamos em 32 ou se vamos para 40 ou 48 seleções, que é o nosso foco", disse. "Ainda precisamos fazer nossa lição de casa.

O presidente da Fifa rejeita a tese de que uma Copa com 48 diluiria a qualidade do torneio. "Pelo contrário, o nível do futebol melhoraria, e não pioraria", insistiu. "Com 48 times, uma eliminatória inicial permitiria que só os melhores fiquem, o que elevaria o nível da competição", declarou. "Só os melhores 32 ficariam", disse, lembrando que a expansão "funcionou" para a Eurocopa.

VOTOS - Parte do plano da distribuição de dinheiro, porém, tem uma relação direta com sua promessa de campanha e os interesses de Infantino em garantir uma reeleição. Desde os anos 70, o brasileiro João Havelange e o suíço Joseph Blatter descobriram que poderiam comprar apoio ao proliferar o programa de ajuda para federações nacionais. A forma improvisada dos projetos, porém, levaram a entidade a ter dez linhas de financiamento diferentes, sem auditoria ou exigências.

Agora, Infantino decidiu centralizar em apenas um único fundo, a ser monitorado. De uma forma direta, a Fifa anuncia que, em quatro anos, vai distribuir inicialmente US$ 1,4 bilhão, quatro vezes mais que Blatter fazia. No restante da década, o valor vai ainda aumentar. "Queremos fazer o jogo maior e de maior importância ao mundo", disse Infantino. "Vamos investir no jogo, nos jogadores e em seu futuro", afirmou.

Nos primeiros quatro anos, cada federação nacional receberá pelo menos US$ 1,5 milhão, contra um valor que não passava de US$ 400 mil na Era Blatter. Por ano, o dinheiro representa o desembarque de pelo menos US$ 100 milhões a cada ano diretamente nas contas das federações nacionais, sob a justificativa de ajudar a "profissionalizar a administração".

O dinheiro ainda será usado para a segurança de estádios, campos de treinamento e investimentos em novas tecnologias. A Fifa ainda promete trabalhar com federações nacionais para implementar sistemas de licenciamento de clubes e futebol de base.

MULHERES - Um dos objetivos da Fifa é o de investir no futebol feminino. A meta é a de dobrar o número de jogadoras pelo mundo, passando a 60 milhões de pessoas em 2026. No Brasil, são cerca de 700 jogadoras oficialmente registradas. Nos EUA, existem 9 milhões de pessoas federadas. Para isso, a Fifa irá reservar US$ 315 milhões para distribuir às federações nacionais para que paguem por ligas, torneios, seleções nacionais e infraestrutura.

Gianni Infantino iniciou nesta terça-feira a sua primeira visita à Rússia desde que foi eleito presidente da Fifa, em fevereiro. O dirigente começou a sua passagem pelo país conhecendo o estádio Luzhniki, em Moscou, principal palco da Copa do Mundo de 2018, que está passando por uma grande reforma para estar apto para o evento máximo do futebol.

Usando o tradicional capacete de obra, Infantino passeou pela construção do local, que terá capacidade para abrigar 81 mil torcedores, acompanhado do prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, e chegou a gesticular exibindo o sinal de positivo com os dois polegares para expressar satisfação com as obras em andamento.

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E o dirigente afirmou ter ficado "impressionado" com as mudança no estádio, no qual já esteve presente anteriormente, mas antes das reformas para a Copa do Mundo. "Tem um aspecto impressionante. Este é o lugar ideal para celebrar o Mundial. Um lugar magnífico para os jogadores e os torcedores. Quando você entra no estádio o coração começa a bater mais rápido", ressaltou Infantino, em entrevista a jornalistas russos no local.

O presidente da Fifa ainda enfatizou a importância de o estádio Luzhniki ter conservado a sua "histórica fachada", que é considerada um ícone da arquitetura soviética, sendo que o local foi um dos palcos dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980. Ele elogiou Sobyanin por ter apoiado esta iniciativa.

Durante a visita, o prefeito de Moscou também mostrou a Infantino uma grande maquete do estádio em um quadro, no qual estavam também fotos de locais que circundam o complexo do grande palco da Copa de 2018. A arena, além de receber o jogo inaugural e a decisão do Mundial, abrigará quatro partidas da fase de grupos, uma das oitavas de final e uma das semifinais. A previsão é de que as obras no estádio sejam concluídas no final deste ano.

Também nesta terça-feira, Infantino esteve presente na tradicional Praça Vermelha, onde posou para fotos à frente do relógio que marca a contagem regressiva para o início da Copa de 2018. No local, ele teve a companhia do presidente do Comitê Organizador Local (COL), Alexey Sorokin, e do ex-jogador croata Zvonimir Boban, que ajudou o seu país a ser terceiro colocado na Copa do Mundo de 1998, na França.

Depois de sua passagem pela Rússia, Infantino seguirá rumo ao Catar, palco do Mundial de 2022, também em sua primeira visita ao país como novo presidente da Fifa. Antes desta ida aos países de disputa dos dois próximos Mundiais, onde fará também reuniões com membros do Comitê Organizador Local das Copas, o suíço esteve na América do Sul, no final do mês passado, quando visitou a sede da Conmebol, em Luque, e se reuniu com o presidente da entidade sul-americana, Alejandro Dominguez.

O continente foi um dos mais atingidos pelo grande escândalo de corrupção que assombra o futebol desde o ano passado. Na ocasião, Infantino ressaltou a importância de a Conmebol e a Fifa buscarem recuperar suas imagens durante a sua visita.

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