Federação Chinesa impõe limite de salário para jogadores
A China já aplicou um imposto de 100% sobre as assinaturas de contrato de estrangeiros de mais de 45 milhões de yuans (R$ 24,6 milhões)
A Federação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira que a Superliga e as outras competições profissionais do país terão um limite salarial a partir da próxima temporada. A informação é da agência oficial de notícias Xinhua.
O valor do limite ainda não foi divulgado, embora a federação tenha indicado que todos os jogadores nacionais - não especificou se os estrangeiros também - deverão assinar novos contratos de acordo com este novo regulamento. Isso pode causar o retorno de jogadores para seus países de origem.
Os limites também alcançarão os prêmios por vitória e a federação proibirá que sejam pagos em dinheiro. Essas novas regras servirão para "conter o investimento irracional e promover o desenvolvimento sustentável das ligas profissionais", segundo fontes da Xinhua.
A China já aplicou um imposto de 100% sobre as assinaturas de contrato de estrangeiros de mais de 45 milhões de yuans (R$ 24,6 milhões), valor reduzido para 20 milhões de yuans (RS 11 milhões) no caso dos atletas chineses. Isso significa que, se uma equipe chinesa registra um jogador em uma transferência equivalente a 10 milhões de euros (R$ 43 milhões), deve pagar a mesma quantia para o tesouro.
Juntamente com os limites de salário e bônus, a federação também anunciou que este imposto será aplicado na Liga da China 1, a segunda divisão nacional.
O principal regulador do futebol chinês reiterou que supervisionará finanças dos clubes para assegurar que as regras sejam cumpridas e evitar contratos duplos e evasão fiscal.
Nos últimos anos, a Federação Chinesa implementou várias medidas para esfriar a bolha do futebol chinês, cujos clubes tinham apressado várias transferências multimilionárias para trazer jogadores com salários muito altos. Assim, nomes de destaque mundial como os brasileiros Oscar, Hulk e Ramires; os argentinos Tévez, Mascherano e Lavezzi; os marfinenses Drogba e Gervinho; o holandês Witsel e o francês Anelka desembarcaram no país nos últimos anos.