Tópicos | Campeonato Chinês

O atacante Henrique Dourado (ex-Palmeiras, Fluminense e Flamengo) está suspenso por um ano no Campeonato Chinês, após dar uma trombada no árbitro Ma Nin, durante a partida entre Henan Sogshan e Wuhan Yangtze River, disputada no último domingo. O jogador também foi multado em 200.00 yuanes (cerca de R$ 148 mil).

O lance aconteceu no meio de campo, aos 15 minutos do primeiro tempo, quando o Henan Sogshan, time de Henrique Dourado, perdia por 2 a 0. O brasileiro saiu em disparada desde o campo de ataque e trombou com o árbitro. Os dois caíram e o jogo seguiu por mais 20 segundos, até que o juiz paralisou a partida e expulsou o atacante.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Henrique Dourado reclamou bastante do cartão vermelho. "Esperamos que todas as partes possam proteger em conjunto a ordem da competição e o ambiente de desenvolvimento do futebol", disse o comunicado da federação chinesa, que considerou a trombada proposital.

O jogo prosseguiu e o time de Henrique Dourado conseguiu o empate, com dois marcados, um em cada tempo. Com a igualdade no placar, o Henan Sogshan alcançou os 27 pontos, em terceiro lugar na classificação, enquanto o Wuhan Yangtze River soma 17 pontos, na 11ª colocação, após 14 rodadas disputadas.

Duílio Monteiro Alves disse que o Corinthians vai contratar no momento certo, após os protestos da torcida de sábado. O presidente do Corinthians acaba de ganhar uma boa opção para fazer as pazes com os irritados corintianos: sonho antigo do clube, o volante Paulinho se despediu do Guangzhou Evergrande neste domingo e está livre no mercado.

Um dos ídolos corintianos na conquista da Libertadores em 2012, Paulinho sempre viu seu nome envolvido em retorno ao clube paulista. Mas nunca conseguiu romper contrato com os chineses e foi adiando o sonho de voltar a defender o Corinthians. Resta saber se o clube irá atrás dele agora.

##RECOMENDA##

Após defender os chineses entre 2015 e 2016, sair por uma temporada e voltar em 2018 e jogar por lá até a atual temporada, ele fez questão de agradecer tudo o que viveu no clube chinês em mensagem em suas redes sociais.

"Hoje chegou ao fim um dos mais importantes ciclos da minha carreira. Foram anos incríveis profissional e pessoalmente, que ficarão guardados na memória com muito carinho", postou o volante. "A pandemia alterou profundamente a dinâmica mundial e, no meu caso, infelizmente, provoca minha despedida antecipada do clube. Vou com o peito apertado, mas o sentimento do dever cumprido", seguiu.

Paulinho disputou 172 partidas com a camisa do Evergrande e anotou 74 gols. "Só tenho a agradecer ao clube, aos meus colegas de trabalho e aos amigos que fiz na China. Obrigado Guangzhou Evergrande, obrigado China. Até um dia!", se despediu.

O Jiangsu Suning, atual campeão chinês, divulgou uma nota na manhã deste domingo em que anuncia que encerrará suas atividades no futebol. Principal acionista do clube, a Suning havia colocado o clube à venda no início de fevereiro, mas não encontrou um comprador.

Em nota, a Suning informou que a decisão foi tomada com base em "vários elementos incontroláveis", que inviabilizam neste momento as presenças nos torneios da próxima temporada - principalmente a liga chinesa e a Liga dos Campeões asiática. "Temos que anunciar, com pesar, que o Jiangsu cessará as operações do clube em todos os níveis enquanto continua a procurar partes interessadas no futuro desenvolvimento do clube", declarou o clube.

##RECOMENDA##

"Apesar de nossa relutância em nos separar dos jogadores que conquistaram as maiores honrarias e dos torcedores que mostraram sua solidariedade ao clube, é com pesar que devemos fazer um anúncio: a partir de hoje, o Jiangsu Football Club acaba com a atividade de suas equipes", completa o comunicado, que também se refere aos times feminino e de base.

Segundo o jornal South China Morning Post, o grupo Suning enfrenta grave crise financeira. O conglomerado também é dono da Inter de Milão, mas não demonstrou qualquer interesse em abrir mão do controle da equipe italiana, que atualmente lidera o campeonato local com vantagem de sete pontos para o vice-líder Milan.

Três jogadores brasileiros estavam no elenco que conquistou o Campeonato Chinês em 2020: o zagueiro Miranda, de 36 anos e ex-São Paulo, Inter de Milão e Atlético de Madrid, o meia Alex Teixeira, de 31 anos e ex-Vasco e Shakhtar Donetsk, e o atacante naturalizado italiano Éder, de 34 anos, que tem passagens por Inter de Milão e Sampdoria e jogou a Copa do Mundo de 2018.

Com o fim das atividades, todos estão livres no mercado e podem negociar com qualquer clube. Miranda deve voltar ao Brasil. Ele foi sondado por Coritiba e São Paulo.

O Campeonato Chinês começará neste sábado, após cinco meses de atraso, no país que foi o primeiro do mundo a registrar casos da Covid-19. Com a disseminação do vírus controlada, a Associação Chinesa de Futebol determinou uma protocolo rígido para que, enfim, a bola pudesse voltar a rolar.

Na primeira fase do torneio, os clubes serão divididos em dois grupos. Oito times se concentrarão em Suzhou, localizada ao norte do país, e os outros oito em Dalian, mais ao sul do território. Os critérios de escolha dessas cidades foram feitos a partir do nível de transmissibilidade do vírus, considerado em ambos os locais, baixo.

##RECOMENDA##

Tanto jogadores, quanto membros das comissões técnicas, ficarão isolados em quartos em um complexo hoteleiro por dez semanas, em um rígido esquema de isolamento, semelhante ao executado pela NBA, no Estados Unidos.

O meia-atacante Ricardo Goulart, ex-Palmeiras, que atualmente defende por empréstimo o Hebei China Fortune, disse que, apesar de ser diferente, essa foi a melhor maneira encontrada para que a competição pudesse ser iniciada.

"É diferente, mas foi uma forma que eles encontraram de fazer o campeonato acontecer da maneira mais segura, então nós todos gostamos. Queremos estar em campo, jogando, fazendo o que a gente ama. E essa foi a forma que encontraram de fazermos isso", explicou.

Goulart, que jogou por quatro anos ininterruptos na China, entre 2015 e 2019, e naturalizou-se chinês, no final do ano passado, disse que o longo período de quarentena, decretado enquanto a propagação do vírus estava fora de controle, foi complicado. Ele ficou isolado em um hotel, longe de sua família e amigos.

"Foi difícil, né? Fiquei isolado em um hotel, não tinha muito o que fazer. Foi bastante filme, série, falando sempre com a minha família, com a minha esposa, vendo meus filhos. Foi um período complicado, mas necessário", disse o jogador.

Agora, como chinês, Goulart afirma estar mais ansioso ainda para voltar a jogar. De acordo com o atleta, a nova concentração, que será feita com os demais jogadores dos oito clubes, continuará rígida, porém, ao mesmo tempo, será mais tranquila.

"Está tudo sendo muito bem feito, bem restrito mesmo. Agora a gente está concentrado juntos, então isso facilita. Mas estamos sempre higienizando as coisas, fazendo tudo que é recomendado", afirmou.

O brasileiro Alex Teixeira, que joga há quatro anos no Jiangsu Suning, também partilha da opinião de Goulart. De acordo com o atacante, todos os critérios de segurança estão sendo respeitados e as entidades envolvidas na organização do torneio trabalham com seriedade.

"Tudo está sendo feito com muito cuidado mesmo. Todas as normas de segurança são respeitadas, acho que aqui ainda mais. Estamos fazendo tudo como manda as autoridades de saúde, tanto pré-treinos, como pós. Acho que está sendo muito bom, como deve ser mesmo", explicou Teixeira.

O atacante afirma que o futebol chinês tem evoluído com o passar dos anos. Ele sente que a cada nova temporada a competição nacional está mais equilibrada e competitiva. Aliás, para o atacante, é justamente a qualidade de cada equipe que fará diferença dentro dos gramados, já que ausência de torcedores propiciará uma espécie de "campo neutro".

"Creio que (os jogos) serão decididos mais dentro de campo. O fator torcida sempre ajuda. Vai ser diferente, nunca joguei um campeonato inteiro sem torcida, acho que ninguém nunca passou por isso. Então, acho que a qualidade das equipes e dos jogadores vai ser determinante", explicou Teixeira.

Sete meses após o primeiro caso de Covid-19 ser detectado, o país, aos poucos, restabelece sua rotina. O futebol está inserido nessa paulatina retomada da normalidade. Ao todo, 42 brasileiros estarão em campo, mas, mesmo assim, para Alex Teixeira, a vida ainda não voltou completamente ao normal. "Enquanto a pandemia não tiver totalmente ultrapassada, vai sempre ser diferente, com mais cuidado, com mais restrições. Já esperava que fosse assim".

O surto de coronavírus que atinge a China tem causado indecisão no futebol local. Os campeonatos estão paralisados por tempo indeterminado e os clubes treinam em outros países ou até liberaram o elenco. Os jogadores passam por exames médicos diários, em uma rotina que gera angústia e atrapalha o planejamento para a temporada. Dos 16 clubes da Primeira Divisão, 13 estão treinando fora da China. Os outros três deram folga a seus atletas.

O meia Renato Augusto atualmente está na Tailândia com os companheiros do Beijing Guoan. O elenco fazia pré-temporada na Espanha quando o surto de coronavírus teve início na China. Desde então, os jogadores não retornaram ao país. "Vamos ver como estará a situação na China mais para a frente. Ninguém sabe exatamente o que vai acontecer. Em princípio, os campeonatos por lá estão adiados por tempo indeterminado", disse Renato Augusto ao Estado.

##RECOMENDA##

Mesmo fora da China, as equipes convivem com o medo de contágio. O Beijing Guoan, por exemplo, só pode fazer amistosos na Tailândia se o elenco passar por exames antes de entrar em campo. O Chongqing Lifan teve dois amistosos cancelados pelos adversários. Já o Manchester United, da Inglaterra, mudou de hotel na Espanha para não ficar hospedado no mesmo lugar do Dalian Yifang.

O Guangzhou Evergrande é um dos clubes que liberaram seus jogadores, e o meia Talisca e o atacante Elkeson aproveitaram para retornar ao Brasil. Talista treina por conta própria, enquanto Elkeson mantém a forma física no Vitória. No último fim de semana, o Shanghai SIPG dispensou o elenco da pré-temporada em Dubai. O atacante Hulk veio ao Brasil e domingo foi ao Allianz Parque para acompanhar a partida entre Palmeiras e Mirassol.

O brasileiro José Jober, preparador de goleiros do Chongqing Lifan, conta que o time está em Okinawa, no Japão, desde 28 de janeiro. A previsão inicial era retornar para a China no último dia 14, mas a viagem de volta não tem data. O que está certo é apenas que o período de treinos no Japão vai ser ampliado pelo menos até o dia 26.

"É ruim trabalhar sem uma direção, sem uma previsão. Nós, que trabalhamos com esporte de alto rendimento, sempre temos que nos planejar. Por exemplo, tínhamos planejado três amistosos aqui no Japão, mas duas equipes desmarcaram. Não podemos afirmar o real motivo da desistência, mas talvez o receio de expor seus jogadores contra uma equipe que veio da China", conta Jober.

No Japão, o elenco Chongqing Lifan é monitorado de perto. "O médico do clube e sua equipe diariamente verificam se estamos com febre e fazem o controle e monitoramento. Usamos máscara quando saímos do hotel e tomamos os cuidados de higiene. "Em todos os lugares tem álcool gel", disse.

A epidemia do coronavírus ainda pode causar mais mudanças envolvendo jogadores e clubes da China. No domingo, Marcelo Moreno foi anunciado pelo Cruzeiro após ter rescindido contrato com o Shijiazhuang Ever Bright. O jogador tinha vínculo por mais dois anos e abriu mão de cerca de R$ 50 milhões que tinha a receber. O surto de coronavírus pesou na decisão do atacante, que estava treinando com o elenco em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

O Campeonato Chinês começaria no dia 21 de fevereiro, mas está suspenso por tempo indeterminado. Outros eventos esportivos também foram paralisados. A expectativa é de que o país volte a ter as competições partir de abril, mas pode não se confirmar. A Fórmula 1, por exemplo, adiou na semana passada o GP da China que aconteceria no dia 19 de abril.

A Federação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira que a Superliga e as outras competições profissionais do país terão um limite salarial a partir da próxima temporada. A informação é da agência oficial de notícias Xinhua.

O valor do limite ainda não foi divulgado, embora a federação tenha indicado que todos os jogadores nacionais - não especificou se os estrangeiros também - deverão assinar novos contratos de acordo com este novo regulamento. Isso pode causar o retorno de jogadores para seus países de origem.

##RECOMENDA##

Os limites também alcançarão os prêmios por vitória e a federação proibirá que sejam pagos em dinheiro. Essas novas regras servirão para "conter o investimento irracional e promover o desenvolvimento sustentável das ligas profissionais", segundo fontes da Xinhua.

A China já aplicou um imposto de 100% sobre as assinaturas de contrato de estrangeiros de mais de 45 milhões de yuans (R$ 24,6 milhões), valor reduzido para 20 milhões de yuans (RS 11 milhões) no caso dos atletas chineses. Isso significa que, se uma equipe chinesa registra um jogador em uma transferência equivalente a 10 milhões de euros (R$ 43 milhões), deve pagar a mesma quantia para o tesouro.

Juntamente com os limites de salário e bônus, a federação também anunciou que este imposto será aplicado na Liga da China 1, a segunda divisão nacional.

O principal regulador do futebol chinês reiterou que supervisionará finanças dos clubes para assegurar que as regras sejam cumpridas e evitar contratos duplos e evasão fiscal.

Nos últimos anos, a Federação Chinesa implementou várias medidas para esfriar a bolha do futebol chinês, cujos clubes tinham apressado várias transferências multimilionárias para trazer jogadores com salários muito altos. Assim, nomes de destaque mundial como os brasileiros Oscar, Hulk e Ramires; os argentinos Tévez, Mascherano e Lavezzi; os marfinenses Drogba e Gervinho; o holandês Witsel e o francês Anelka desembarcaram no país nos últimos anos.

Carlito Tevez já deixou a marca dele no Campeonato Chinês. Em sua segunda partida oficial pelo Shanghai Shenhua, neste domingo (5), o astro argentino fez de pênalti o segundo gol da vitória da sua equipe sobre o Jiangsu Suning, em Xangai, por 4 a 0. Ainda deu as assistências para os dois gols do colombiano Moreno. A equipe rival contou com o brasileiro Alex Teixeira, expulso no fim do segundo tempo.

A partida valeu pela primeira rodada do Chinês, que começou no sábado (4), mas Tevez já havia estreado pelo clube há um mês, numa frustrante derrota para o Queensland Roar, da Austrália, que deixou o Shanghai Shenhua fora da Liga dos Campeões da Ásia.

##RECOMENDA##

A rodada deste domingo no Campeonato Chinês contou com quatro jogos e apenas sete gols. Dois deles foram marcados por Paulinho, responsável pela vitória do Guangzhou Evergrande sobre o Beijing Guoan, por 2 a 1, em casa.

Atual campeão, o Evergrande de Felipão contou ainda com Alan e Ricardo Goulart, enquanto que, pelo Beijing, jogaram Renato Augusto e Ralf. O turco Yilmaz fez o gol do Guodan, que acabou derrotado quando tinha um jogador a menos.

Já a estreia de Hernanes pelo Hebei Fortune foi com um empate sem gols com o Henan Jianye, fora de casa. Além do ex-jogador da Juventus, o Heibei contou com Aloísio e Lavezzi no ataque. O argentino começa sua segunda temporada na China sem ainda ter feito gols.

Ao fim dos oito jogos da primeira rodada, 18 jogadores brasileiros entraram em campo. Como cada time pode jogar com apenas três estrangeiros, os atletas do Brasil ocuparam mais de um terço dessa cota de 48. E ainda marcaram sete gols.

A temporada de 2017 do Campeonato Chinês começa nesta sexta-feira (3), com o jogo entre Guizhou Zhicheng e Liaoning, em um outro patamar. Impulsionado pela contratação de brasileiros que estavam na Europa, como Oscar (Chelsea), Alexandre Pato (Villarreal) e Hernanes (Juventus), foram investidos 388 milhões de euros (cerca de R$ 1,27 bilhão) na janela de transferências, aumento de 13% em relação ao ano passado. Os valores são maiores do que qualquer liga na Europa e representam o investimento de Alemanha, Itália e Espanha juntas.

É necessário considerar que o mercado europeu é menos agitado na janela desta época do ano, já que os campeonatos estão em andamento. Mas os números não podem ser ignorados. Nem sequer a mudança na regra do torneio inibiu o apetite dos clubes chineses - apenas três estrangeiros podem jogar juntos, embora o elenco possa contar com cinco.

##RECOMENDA##

O Shanghai SIPG investiu 60 milhões de euros (aproximadamente R$ 196 milhões na cotação atual) apenas na contratação de Oscar, que estava no Chelsea, da Inglaterra. O clube é da Shanghai International Port Group, operadora de todos os terminais do porto de Xangai. A segunda maior contratação da temporada também foi proveniente do Campeonato Inglês, o torneio mais valioso do mundo. O nigeriano Ighalo, destaque do Watford e que era cobiçado por gigantes europeus, custou 23 milhões de euros (cerca de R$ 75,2 milhões) ao Changchun Yatai. O dinheiro é do Yatai Group, um conglomerado de empresas que atua na fabricação de cimento, mineração de carvão e produtos farmacêuticos, entre outros ramos.

Os chineses, no entanto, ainda não conseguem seduzir os grandes astros. O português Cristiano Ronaldo, por exemplo, recusou proposta para ganhar R$ 940 mil por dia. O inglês Wayne Rooney, do Manchester United, foi outro que recusou, pelo menos neste primeiro momento, jogar na China.

O clube que mais investiu foi o Hebei Fortune, que tem como dono o empresário Wang Wenxue, da China Fortune Land Development, que investe na construção de parques industriais. Foram gastos 77,7 milhões de euros (cerca de R$ 254 milhões), sendo 8 milhões de euros (algo em torno de R$ 26,1 milhões) com o brasileiro Hernanes, que estava na Juventus, da Itália. A equipe também investiu no mercado interno ao contratar o chinês Chengdong Zhang, do Beijing Guoan, por 20,4 milhões de euros (cerca de R$ 66,7 milhões), terceira negociação mais cara da janela.

Recém-promovido à elite, o Tianjin Quanjian, administrado pela farmacêutica Quanjian Natural Medicine, investiu 72,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 237 milhões) e ficou na segunda colocação. Os principais reforços foram o belga Witsel, do Zenit, por 20 milhões de euros (cerca de R$ 65,4 milhões), e o brasileiro Alexandre Pato, do Villarreal, por 18 milhões de euros (algo em torno de R$ 58,9 milhões), o quinto na lista.

Diferentemente da temporada passada, desta vez o futebol brasileiro foi praticamente poupado pelo dinheiro da China. Apenas o atacante Marinho, do Vitória, deixou o Brasil em definitivo, em um negócio de 5 milhões de euros (cerca de 16,3 milhões). Ele vai defender o Changchun Yatai. Hyuri, do Atlético-MG, foi negociado por empréstimo com o Chongqing Dangdai. Em 2016, o Corinthians sofreu um verdadeiro desmanche, perdendo Renato Augusto, Gil e Jadson para o futebol chinês.

Apesar disso, os brasileiros são maioria no Campeonato Chinês. Dos 505 jogadores do torneio, segundo o site Transfermarkt, 82 são estrangeiros, sendo 24 brasileiros. Apenas seis equipes das 16 não contam com um representante do País. É mais do que o dobro do segundo colocado, os sul-coreanos, com 11. Em comparação com os principais torneios na Europa, o número é superior a França (19), Alemanha (15) e Inglaterra (13). O recorde é em Portugal, com 123. Na Itália são 36, enquanto, na Espanha, 25.

Dono dos últimos seis títulos, o Guangzhou Evergrande, do técnico Luiz Felipe Scolari, é novamente o favorito. Mas Felipão prevê muita dificuldade para confirmar o hepta. "Muitos clubes contrataram bons jogadores e alguns têm mais chance de ganhar", comentou o treinador. Ele cita os times de Xangai, o Shanghai SIPG, de Oscar e Hulk, e o Shanghai Shenhua, com Tevez e Oba Oba Martins, além do Jiangsu Suning, o Hebei Fortune e o Shandong Luneng.

O argentino Tevez, aliás, terá o maior salário da liga. O atacante, que trocou o Boca Juniors pelo Shanghai Shenhua, receberá R$ 2,5 milhões por semana, ou cerca de R$ 129 milhões por ano de contrato com os chineses - assinou por duas temporadas.

A expectativa é para o aumento de público nos estádios. De 2015 para 2016, o crescimento foi de 8,8%. As partidas serão exibidas para mais de 60 países. A Ti’ao Power é dona dos direitos de transmissão, que foram comprados por US$ 1,26 bilhão (R$ 4,96 bilhões) pelos próximos cinco anos. No Brasil, o canal a cabo BandSports transmitirá o campeonato pelo segundo ano consecutivo. A primeira partida com transmissão ao vivo desta edição da competição será entre Guangzhou R&F e Tianjin Quanjian, às 4h30 (horário de Brasília) de sábado.

O campeonato nacional com maior investimento em 2016 começa nesta sexta-feira. Não é o Espanhol. Nem o Inglês, nem o Italiano. É o Campeonato Chinês que, pela quantidade de jogadores brasileiros inscritos, já está sendo chamado de ‘Chinezão’, em alusão ao apelido do Brasileirão. No jogo de abertura, o Guangzhou R&F enfrenta o China Fortune.

Só com a contratação de jogadores, os clubes chineses investiram mais de 300 milhões de euros (quase R$ 1,5 bilhão). Em segundo lugar do ranking está a Inglaterra, onde os clubes gastaram na janela de inverno 235 milhões de euros (R$ 1 bilhão).

##RECOMENDA##

Quase a metade de todo o dinheiro que os chineses investiram para comprar jogadores foi com brasileiros. Puxam a lista Alex Teixeira, Ramires, Elkeson e o ex-corintiano Gil.

Apesar de no ano passado ter evitado a convocação de atletas de clubes asiáticos, a recente debandada de jogadores do País para China deve obrigar o técnico Dunga a olhar com mais atenção para o outro lado do mundo. Na quinta-feira, o treinador vai convocar a seleção brasileira para os jogos contra Uruguai e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa e há possibilidades de jogadores que atuam na China estarem na lista.

Um dos mais cotados é o zagueiro Gil. Ele foi titular no último jogo do Brasil em 2015 (vitória sobre o Peru por 3 a 0), quando defendia o Corinthians. "Ser convocado é fruto do trabalho, independentemente do local. Tenho me dedicado aqui do mesmo jeito que sempre me dediquei no Corinthians. Procuro fazer complementos físico e técnico e hoje o futebol pode ser visto em qualquer lugar", disse à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo o zagueiro Gil, comprado por 10 milhões de euros pelo Shandong Luneng.

Quem também espera por uma chance na seleção é Ricardo Goulart. Desde que foi contratado pelo Guangzhou Evergrande, no ano passado, não voltou a ser lembrado por Dunga. Eleito melhor jogador da Liga dos Campeões da Ásia e do Campeonato Chinês, renovou contrato até 2020.

"O futebol da Ásia vai demorar quatro anos para estar em um nível muito alto, mas está começando agora. O campeonato vai ficar mais difícil porque vários clubes contrataram grandes jogadores", disse.

Ricardo Goulart tem razão. A meta dos outros 15 times que disputam o Campeonato

Chinês é derrubar a hegemonia do Guangzhou Evergrande. O time treinado por Felipão venceu cinco títulos seguidos (2011, 2012, 2013, 2014 e 2015).

O ex-botafoguense Elkeson jogou no Guangzhou Evergrande entre 2013 e 2015. Em janeiro, foi comprado pelo Shanghai Dongya SIPG por 18,5 milhões de euros. Durante seis dias, a sua transferência foi a mais cara da história do futebol chinês até o Jiangsu Suning pagar 28 milhões de euros por Ramires. O recorde ainda seria batido por Jackson Martinez e depois Alex Teixeira, que custou 50 milhões de euros.

"Conquistei tudo pelo Guangzhou e queria sentir o gostinho de construir uma bonita história por um novo clube. O Shanghai tem como objetivo tirar a hegemonia do Guangzhou e esse desafio despertou o meu interesse", revela Elkeson.

São 16 times disputando o título no sistema de pontos corridos. Os três primeiros colocados vão à Liga dos Campeões e os dois últimos são rebaixados. Ainda não há acordo com TVs brasileiras para transmissão.

RAMIRES - Um dos mais novos integrantes do futebol chinês, Ramires, ex-Chelsea, falou sobre a sua adaptação ao país asiático. "Às vezes ainda sinto um pouco de cansaço, principalmente durante o dia. A primeira pergunta que sempre me fazem é se já comi cachorro, grilo. Mas ainda não fiz isso e espero não precisar. Tenho ficado em hotéis e a maioria oferece uma variedade grande de comidas", revelou.

Já ao ser questionado sobre as chances de voltar para a seleção brasileira atuando no futebol da China, ele respondeu: "Se eu ficasse na reserva no Chelsea, minhas chances de voltar à seleção seriam menores. Se jogar bem aqui, vou chamar atenção. As contratações colocaram a China em outro patamar".

E Ramires garante que não aceitou jogar na China apenas pelo dinheiro que lhe foi oferecido. "Lógico que o dinheiro foi importante, mas não vim só por isso. A minha situação no Chelsea não estava muito boa. Depois que o Mourinho (técnico) saiu, eu acabei me tornando a quarta opção para minha posição. Isso tira de você um pouco do prazer e justamente naquele momento surgiu essa oportunidade. Poderia muito bem ter ficado no Chelsea, acomodado com a situação, mas eu precisava desse gás, do desejo de superar um novo desafio. Tive uma história maravilhosa no Chelsea, mas achei que era a hora de buscar novos desafios", enfatizou.

O volante Jucilei anunciou neste domingo que será mais um brasileiro a desbravar o futebol chinês. O jogador, que estava no Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, acertou para reforçar o Shandong Luneng. Na equipe chinesa, vai trabalhar com o técnico Cuca, o também volante Júnior Urso e os atacantes Alosío e Diego Tardelli.

Curiosamente, Jucilei já jogou com Tardelli. Os dois atuaram juntos em outra aventura, na Rússia, tendo sido companheiros de equipe no Anzhi, da Rússia, quando a equipe foi comprada por um bilionário e começou a investir pesado na contratação de reforços. A decisão de ir jogar na Rússia, aliás, à época fechou as portas da seleção para o volante.

##RECOMENDA##

Outro jogador que chegou este fim de semana à China foi o atacante Demba Ba. O senegalês se tornou o atleta mais caro do futebol chinês depois que o Shanghai Shenhua decidiu pagar cerca de 16 milhões de euros pelo atacante, artilheiro do Campeonato Turco pelo Besiktas.

A transferência supera os 15 milhões de euros desembolsados pelo Guangzhou Evergrande para tirar Ricardo Goulart do Cruzeiro, no início do ano. Aos 30 anos, Demba Ba tem no currículo passagens por Hoffenheim, West Ham e Chelsea.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando