Queimaduras oculares aumentam 10% no período junino

Os problemas ocasionados pelos fogos de artifício podem causar traumatismos e até danos permanentes à visão. Até o aparentemente inofensivo traque de massa pode causar lesão à córnea

por Juliana Marques ter, 16/06/2015 - 16:28

É bastante comum encontrar fogueiras e fogos de artifícios em festas no período junino. Devido a isso, o número de atendimentos nas emergências aumenta significativamente. As queimaduras oculares, por exemplo, chegam a aumentar 10%, variando desde queimaduras e traumatismos oculares até danos permanentes à visão. A córnea e a pálpebra são os locais mais acometidos. 

Um dos fatores que mais causam acidentes é porque as pessoas tendem a se aproximar e tocar nos fogos que não explodiram. Esses estilhaços podem perfurar o globo ocular causando destruição de tecidos e comprometendo seriamente a visão. Até o aparentemente inofensivo traque de massa é capaz de causar lesão à córnea. Para estes casos, a dica é jamais de aproximar dos explosivos, mesmo que aparentemente tenham falhado. 

O oftalmologista Lúcio Maranhão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), explica que a melhor forma de evitar tais danos é a prevenção, a começar pela escolha dos fogos que devem ter sua procedência verificada “É importante observar a data de validade e o certificado de garantia dos explosivos, seguir atentamente as instruções do fabricante, não permitir que crianças façam uso dos fogos sem a supervisão de um responsável, nunca segurar os fogos com as mãos e jamais associar bebida alcoólica ao uso de fogos de artifícios”, alerta. 

O especialista alerta ainda que em caso de queimadura, o procedimento correto a se fazer é lavar imediatamente os olhos com água limpa e corrente.  De acordo com ele, após o cuidado inicial, faz-se necessário uma avaliação de emergência com o oftalmologista para averiguar a extensão do dano e iniciar o tratamento específico, clínico ou cirúrgico. “Vale atentar que a rapidez do socorro é de extrema importância, pois às vezes a demora para socorrer a vítima é fator determinante para que ocorra a perda da visão”, aconselha. 

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