Recifenses continuarão sem atendimento básico de saúde

O presidente do sindicato dos médicos de Pernambuco diz que a prefeitura não está querendo resolver o problema da saúde pública do município

por Jameson Ramos qui, 08/11/2018 - 13:31
Júlio Gomes/LeiaJá Imagens A categoria encontra-se em greve há 48 dias Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Nesta quinta-feira (8), alguns médicos se reuniram, juntamente com o seu sindicato, na Prefeitura da Cidade do Recife para protocolar um pedido de reunião direta com o prefeito da cidade, Geraldo Júlio. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, a prefeitura não está querendo resolver o problema da saúde pública do município.

Calheiros confirma que conversou com o secretário de saúde do Recife Jailson Correia e que na ocasião o órgão havia assumido por escrito vários compromissos para com a categoria e com a sociedade, mas nada foi cumprido. Por conta das dificuldades enfrentadas pelos médicos e a situação de abandono dos pontos municipais públicos de saúde, a categoria decidiu deflagrar greve e assim está desde o dia 21 de setembro.

“Nós estamos aqui hoje, protocolando um novo ofício pedindo audiência com o prefeito, que é o chefe máximo do município e responsável pela saúde dos seus munícipes”, pontua Tadeu.

Estrutura física precária e inadequadas, falta de medicamentos, demora para marcação de consultas e o quadro de profissionais defasado são os males que, segundo Tadeu Calheiros, se encontra o Recife. “Postos de Saúde da Família não têm uma sala para curativo; poças de esgoto nos locais de saúde que tem até peixes. Falta ambulância e até macas (para o socorro)”, lamenta o presidente do Simepe.

A categoria se reúne a procura de respostas para todas essas dificuldades. Até tudo ser solucionado, a população sofre sem atendimentos básicos necessários.

Com a continuação da greve, atendimentos nos postos do programa Estratégia Saúde da Família, consultas eletivas e serviços ambulatórios estão suspensos; só os atendimentos de urgência e emergência seguem mantidos nas maternidades e policlínicas da cidade.

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