Empresas tomam medidas para conviver com a epidemia

No Brasil, o aplicativo de entrega de comidas IFood informou que terá fundo de 1 milhão de reais para ajudar os entregadores que forem infectados e não puderem trabalhar

por Alfredo Carvalho qua, 18/03/2020 - 13:31
Reprodução Reprodução

A pandemia causada pelo coronavírus afeta não só a saúde pública mas também a economia, pelas medidas de distanciamento social e autoisolamento que vem sendo recomendadas pelas autoridades. Ao redor do mundo, algumas empresas têm reagido de forma a colaborar com a sociedade, como é o caso do aplicativo de entregas Uber Eats, que suspendeu a taxa de entrega cobrada de restaurantes independentes nos Estados Unidos e no Canadá. A estimativa é que o movimento nos restaurantes caia até 75% por causa da epidemia e muitos restaurantes estão recorrendo aos serviços de entrega para não quebrar.

No Brasil, o aplicativo de entrega de comidas IFood informou que terá fundo de 1 milhão de reais para ajudar os entregadores que forem infectados e não puderem trabalhar. A ajuda será feita em parceria com a ONG Ação da Cidadania, que irá distribuir desde alimentos até quantias em dinheiro para os funcionários e suas famílias por um período de até 14 dias.

O Burger King anunciou hoje que irá doar parte da receita da venda de sanduíches para o Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de contribuir para o combate à epidemia.

Outras empresas optaram por ações de conscientização. A plataforma de compra e venda Mercado Livre alterou seu logo, que representava um aperto de mãos, para uma imagem de dois cotovelos se tocando – uma alusão à recomendação de evitar o cumprimento com aperto de mãos, que tem grande potencial para transmissão do vírus.

A Microsoft lançou um mapa interativo para os usuários acompanharem dados estatísticos sobre a pandemia, o que inclui número de casos ativos, de mortes e de pacientes curados, sendo possível ver os dados de cada país. O recurso pode ser acessado através do buscador Bing.

As empresas de TV a cabo NET, Claro TV, Sky TV e Oi TV liberaram acesso gratuito a canais para quem já é cliente. A Globo liberou o conteúdo de todos os seus canais pagos, desde o jornalismo da Globo News até os canais de entretenimento.

Já a rede de cinemas Cinemark recebeu críticas de internautas após oferecer aos seus funcionários duas opções: aderir a um plano de demissão voluntária ou aceitar ingressar no chamado “Programa de Qualificação Profissional Remunerado”, em que o empregado aceita receber somente 80% de seu salário líquido para ficar em casa fazendo cursos online. A rede de cinemas Kinoplex, por sua vez, deu férias coletivas aos seus colaboradores do estado do Rio de Janeiro, para atender a uma determinação do governo estadual de suspender o funcionamento das salas de cinema.

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