Violência e racismo: MPPE vai acompanhar caso Miguel
"Não é possível desvincular a morte de Miguel das circunstâncias do que aconteceu", aponta a instituição
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lamentou nesta sexta-feira (5), a morte do Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos. A instituição garantiu que deverá conduzir e acompanhar o caso "com a devida atenção durante e após a conclusão das investigações, pelos Promotores de Justiça da Central de Inquéritos da Capital", esclarece.
Além disso, o MPPE reforça que a sua atuação não se restringe apenas ao aspecto criminal dos fatos, já que foi incumbido à instituição outras atribuições em defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania.
"Não é possível desvincular a morte de Miguel das circunstâncias do que aconteceu. A mãe da criança, apesar da ameaça da pandemia da Covid-19, foi obrigada a contrariar as orientações das autoridades e se dirigir ao local de trabalho, em companhia do filho, diante da interrupção das atividades de creches e pré-escolas", aponta o MPPE.
A instituição diz estar preocupada com a incapacidade das redes de proteção social em conter a sequência de eventos que levou à morte da criança, ao mesmo tempo em que se solidariza com a mãe do Miguel e com o povo negro e as mulheres que sofrem pela perda prematura.
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