Fiocruz: "Se não fosse o SUS, teríamos 400 mil mortes"
Até esta quarta-feira (29), o Brasil já estava chegando nas 90 mil óbitos
A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Tereza Lyra, disse em entrevista ao LeiaJá que a população brasileira deve dar o devido valor ao Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente neste período de pandemia de covid-19. Segundo ela, mesmo a pandemia tendo chegado num momento em que o SUS "está sufocado", se não fosse por ele o Brasil estaria registrando mais do que 88.539 mil mortes (até o dia 29 de julho).
"Nós já estaríamos em 300 a 400 mil mortes. O Sistema Único de Saúde garantiu assistência capilarizada porque nós temos um SUS que, do ponto de vista do desenho, ele é muito bom", explica Tereza.
Ela reforça que o Sistema Único de Saúde vem sendo penalizado com cortes de recursos de forma permanente e, mesmo assim, o que a população brasileira deveria tirar como legado desta epidemia era a valorização do SUS. "Devemos lutar para que o SUS possa, de fato, se consolidar como um sistema universal de acesso à todos os brasileiros", pontua.