Caso Miguel: Sarí tem 10 dias para apresentar defesa

Primeira-dama de Tamandaré recebeu mandado de citação da Justiça na última segunda-feira (17)

qua, 19/08/2020 - 11:20
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Sarí Corte Real é ré por abandono de incapaz com resultado morte, com as agravantes de cometimento de crime contra criança e em ocasião de calamidade pública Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A primeira-dama de Tamandaré, Sarí Mariana Costa Gaspar Corte Real, tem um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) cumpriu o mandado de citação na última segunda-feira (17). Sarí responde pela morte do menino Miguel Otávio, de cinco anos, ocorrida em 2 de junho após ele cair do nono andar de condomínio de luxo no Recife enquanto estava aos cuidados dela. 

De acordo com o TJPE, após a apresentação da defesa, o juiz José Renato Bizerra analisará os argumentos, podendo decretar a absolvição sumária ou dar início à fase de instrução do processo. A fase de instrução conta com oitiva de testemunhas e apresentação de documentos ou perícias que o magistrado julgar necessários.

Após essa fase, o Ministério Público e a defesa apresentam as alegações finais e o juiz profere a decisão. Ainda não há data para o julgamento.

Sarí Corte Real é ré por abandono de incapaz com resultado morte, com as agravantes de cometimento de crime contra criança e em ocasião de calamidade pública. A denúncia foi aceita em 14 de julho pelo juiz José Renato Bizerra, que é da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital.

O caso

Mirtes Renata, mãe de Miguel, trabalhava como empregada doméstica para Sarí e seu marido, o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). No dia do ocorrido, Mirtes havia levado seu filho para o trabalho, no edifício Píer Maurício de Nassau. 

Miguel caiu de uma altura de 35 metros enquanto sua mãe passeava com a cadela da patroa. No mesmo dia, Sarí foi autuada em flagrante por homicídio culposo, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 20 mil.

A Polícia Civil indiciou a primeira-dama por abandono de incapaz com resultado morte. O MPPE concordou com a polícia e acrescentou os agravantes de crime contra criança e ocorrido durante estado de calamidade pública.

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