Açougue vendia carne de cavalo como se fosse bovina
Dono do estabelecimento foi preso e teve sua empresa interditada pela polícia
A Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) cumpriu a prisão preventiva expedida pela Justiça de um proprietário de um açougue e interditou o estabelecimento comercial, em Tubarão. A 'Casa de Carnes Boi Nobre' estaria comercializando carne equina como se fosse bovina, ludibriando os consumidores e colocando em risco a saúde pública.
Segundo a PC-SC, as investigações iniciaram há seis meses após dois homens serem presos em Imaruí, no Sul do Estado, em que cavalos estavam sendo mortos em um abatedouro clandestino. Diversas amostras de carne comercializadas pelo estabelecimento foram coletadas durante as investigações e encaminhadas para Brasília/DF para realização de exame pericial, em cooperação firmada com o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.
Os exames periciais de sequenciamento genético realizados pelo Setor de Perícias em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C. constataram que, misturados à carne bovina, havia carne de cavalo e de búfalo.
Além disso, diligência anterior no estabelecimento constatou uma série de irregularidades como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem comercializadas, peças de carne inteira e moída sem qualquer identificação de procedência, além de precária higiene no local que tinha forte mau cheiro.
Os responsáveis pelo abate clandestino dos cavalos foram interrogados e confirmaram que vendiam a carne equina à casa de carnes de propriedade dos investigados. Também foi verificado que um dos proprietários da casa de carnes ofereceu quantia em dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse em seus depoimentos à Polícia.
Os proprietários do estabelecimento responderão por receptação qualificada e crimes contra as relações de consumo, podendo ser condenados a uma pena de até 18 anos de reclusão.
Com informações da assessoria da PC-SC