Grávidas e puérperas devem ser vacinadas com Pfizer em PE

Após recomendação da Anvisa, SES-PE suspende AstraZeneca para grávidas e Recife anuncia divisão de doses da Pfizer com o Estado

por Kauana Portugal ter, 11/05/2021 - 17:44
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Grávida é vacinada contra Covid com vacina da Pfizer Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Seguindo as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) suspendeu nesta terça-feira (11) o uso do imunizante contra a Covid-19 de Oxford/AstraZeneca em grávidas e puérperas, que são aquelas mulheres que tiveram filhos em até 45 dias.

Em nota, a SES-PE informou que “aguarda orientação oficial do Ministério da Saúde sobre o assunto”. A superintendente de imunização da pasta, Ana Catarina de Melo, ressaltou que também partirá do Ministério da Saúde o direcionamento quanto às grávidas e puérperas que já receberam a primeira dose do imunizante AstraZeneca. Ainda de acordo com Ana, nos municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife, onde a vacinação do grupo está sendo feita através do imunizante da Pfizer, a campanha prossegue normalmente.

Também na tarde desta terça-feira (11), o prefeito do Recife João Campos anunciou que irá oferecer ao Governo do Estado e municípios pernambucanos uma parcela das vacinas Pfizer do Recife, para que grávidas e puérperas de outras cidades do estado possam ser imunizadas na capital, em troca de doses da AstraZeneca. No Recife, desde o início da vacinação de grávidas e mulheres que tiveram filho há até 45 dias, a imunização tem sido realizada exclusivamente com a vacina Pfizer.

A importância de vacinar grávidas e puérperas

De acordo com a Coordenadora da Política de Saúde da Mulher do Recife, Mariana Seabra, “a alta prevalência de complicações e óbitos maternos, especialmente em mulheres no puerpério, por conta do novo coronavírus, já é comprovada por números”, tornando ainda mais urgente a vacinação do grupo.

“As últimas evidências científicas e posicionamentos das sociedades brasileiras e internacionais de ginecologia, obstetrícia e pediatria, informam que as vacinas contra a Covid-19 não contém o vírus vivo e não possuem quaisquer ingredientes adicionais que possam ser prejudiciais para a gestante ou para o feto e recém-nascido”, explicou Mariana, destacando a segurança dos imunizantes.

 

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