Venenoso, peixe-leão é encontrado na costa de Itamaracá
Espécie foi encontrada por pescadores que trabalhavam em alto mar
Dois peixes-leão foram encontrados por pescadores, nesse domingo (26), na costa de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco. A espécie é venenosa e rara, e de origem asiática, mas tem aparecido nas Américas desde os anos 80. No continente pernambucano, esse é o primeiro registro, porém, desde 2021, há aparições da espécie em Fernando de Noronha.
A captura foi feita utilizando uma armadilha usada na pesca conhecida como corvo. Os animais foram entregues à prefeitura da cidade e então, submetidos à ONG Projeto Conservação Recifal. O peixe-leão é uma espécie que causa preocupação, pois não possui predadores naturais, podendo prejudicar a biodiversidade brasileira. O primeiro incidente com esse peixe no Brasil ocorreu em 2022.
Esses animais também foram encontrados no Piauí, em abril; no Ceará, em novembro; e no Rio Grande do Norte, no último mês de agosto. A chegada deles ao litoral nordestino e à costa continental em Pernambuco pode significar que as espécies têm colonizado parte dessas regiões.
Durante a caça, os peixes-leões encurralam a presa nos espinhos e a engolem. Os espinhos são a marca da espécie, além da padronagem listrada e colorida. Nativos da região Indo-Pacífica, vivem sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo, mais recentemente, no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.
Em humanos, os principais efeitos de um ataque de peixe-leão são dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça. O efeito vai depender da espécie e do tamanho do peixe. Eles podem viver até 15 anos.