BA: Trabalhadora doméstica denuncia patroa por agressão

Segundo a vítima, empregadora a agrediu com socos e a ameaçou de morte com uma faca, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador

ter, 21/03/2023 - 15:05
Reprodução/TV Bahia Trabalhadora ainda teve R$ 200 descontados de seu salário Reprodução/TV Bahia

A trabalhadora doméstica Gleide das Graças Idolan de Jesus, de 53 anos, denunciou sua patroa por agressão sofrida na casa em que prestava serviço, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. À TV Bahia, a funcionária relatou que as violências, que incluem socos e ameaças de morte, ocorreram depois que ela faltou ao trabalho por motivo de saúde, tendo R$ 200 descontados de seu salário. O nome da empregadora não foi divulgado.

De acordo com Gleide, na semana passada, quando retornou às atividades, encontrou a casa da patroa repleta de talheres sujos espalhados pelo chão, copo quebrado e objetos fora do lugar. A empregadora exigiu que a doméstica limpasse tudo e que recolhesse as fezes de seu cachorro de estimação, atividade pela qual a funcionária não era responsável até então. 

"Ela [patroa] ficou na copa escondida e olhava, depois se aproximou e eu disse: 'Bom dia, dona Mari, eu não vim ontem...' e ela falou: 'Não quero saber dos seus problemas, não quero saber de nada. Eu quero que você limpe os talheres, lave tudo e guarde, porque eu puxei a gaveta e caiu tudo ontem de noite [quinta]'", contou a trabalhadora.

Em seguida, a patroa ficou agressiva e começou a gritar: "Eu estou pagando e você vai ter que fazer". Gleide, então, atendeu à ordem. Apesar disso, houve uma discussão e a situação se agravou. De acordo com Gleide, a patroa jogou óleo de peroba em seu rosto e a impediu de deixar a área de serviço, com socos e empurrões. "Eu pedia calma e ela me batia. Eu comecei a chorar, perdi a voz e disse que ia chamar a mãe dela. Ela tentou tomar o celular, rachou meu aparelho e quebrou meu óculos", disse a trabalhadora.

A empregadora, então, passou a ameaçar a trabalhadora de morte, com uma faca. "Olhe, eu vou te furar, vou te matar, antes que você mate minha mãe, eu vou te matar", dizia a mulher. Com medo, Gleide se trancou no banheiro. "As vizinhas chamaram a polícia e me socorreram", completou a funcionária.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que 7ª Delegacia expediu as guias para os exames periciais. A corporação disse ainda que vai apurar as denúncias realizadas pela doméstica.

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