Suplente de Demóstenes assume em clima de desconfiança

Wilder Morais é ex-marido da atual mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, com quem teve dois filhos

sex, 13/07/2012 - 10:13

Dois dias após a cassação de Demóstenes Torres (sem partido-GO), o primeiro suplente dele, Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), tomou posse no Plenário do Senado. “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, disse após assinar o termo de posse.



Wilder Morais irá exercer o mandato durante seis anos e meio. A posse dele não era esperada. Nesta sexta-feira (13), ele ligou para os integrantes da Mesa, avisando que estava em Brasília e gostaria de tomar posse.



O novo senador tem 44 anos, nasceu em Taquaral (GO), e estava exercendo o cargo de secretário de Infraestrutura do governo de Goiás, na gestão de Marconi Perillo (PSDB). Ele também é dono da construtora Orca e declarou à Justiça Eleitoral bens no valor total de R$ 14.419.491,02, sendo R$ 2,2 milhões em espécie. Wilder é ex-marido da atual mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, com quem teve dois filhos. A crise conjugal de Wilder Morais e Andressa foi o motivo inicialmente alegado por Demóstenes para justificar as mais de 300 ligações para Cachoeira. Segundo o então senador, ele tentava reatar o casamento de Wilder Morais.



O senador mal assumiu e já terá que prestar esclarecimentos sobre a relação com Cachoeira. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), cobrará explicações sobre os grampos feitos pela Polícia Federal segundo os quais Cachoeira teria trabalhado para colocá-lo na suplência de Demóstenes e na Secretaria de Infraestrutura do governo de Goiás. Morais teria omitido, ainda, parte do seu patrimônio na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral.



Segundo o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), se não conseguir explicar a ligação que tem com Cachoeira, Wilder terá que dar esclarecimentos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Também é cogitada a possibilidade de ele depor na CPMI do Cachoeira.

COMENTÁRIOS dos leitores