Menos de 10% dos eleitores regularizaram os títulos
Quem não ajustou a situação terá o título cancelado entre 10 e 12 de maio
O prazo para a regularização do título eleitoral encerrou nessa quinta-feira (25) em todo o Brasil. Após término, no final da tarde de ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o balanço preliminar de documentos regularizados. Apesar dos números do quantitativo terem aumentado em relação a 2011, a porcentagem de cidadãos brasileiros que ajustaram a situação não ultrapassou 8,5%.
Deveriam regularizar o título os eleitores que faltaram os três últimos pleitos e não justificaram a ausência. Segundo o TSE até as 17h18 dessa quinta-feira, 128.929 (8,5%) dos 1.514.621 eleitores que poderiam ter o título eleitoral cancelado haviam ido a um cartório para ficar quite com a Justiça Eleitoral, contra 72.104 (4,89%) de um total de 1,47 milhão de eleitores em 2011.
O Estado brasileiro que mais teve regularizações foi o Acre com 12,4%. Entre os que menos tiveram eleitores que se deslocaram até um cartório para ajustar o problema ficou a Bahia com apenas 6,7%. Já Pernambuco obteve 7,5%.
O cancelamento dos títulos das pessoas que não compareceram ocorrerá de 10 a 12 de maio de 2013. No dia 14 de maio está prevista a divulgação do número consolidado de regularizações e cancelamentos, bem como dos nomes dos eleitores que tiveram o título cancelado porque não votaram, não justificaram a ausência nas três últimas eleições e não foram a um cartório eleitoral para regularizar sua situação dentro do prazo.
Consequências do cancelamento - Segundo a legislação, o eleitor que tiver o título cancelado ficará excluído da participação no pleito e, sem a prova de que exerceu o voto, justificou a falta ou pagou a respectiva multa, poderá ser impedido de obter passaporte ou carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público e obter certos tipos de empréstimos e inscrição.
A irregularidade também pode gerar dificuldades para investidura e nomeação em concurso público, renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e obtenção de certidão de quitação eleitoral ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.