Senador defende atuação de médicos estrangeiros no Brasil

Ele explicou que o Brasil conta com a proporção de 1,8 médicos para cada mil habitantes, número inferior ao de países como Argentina, Inglaterra, Portugal e Espanha

qui, 23/05/2013 - 17:13

O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu, nesta quarta-feira (22), a vinda de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil como forma de suprir a carência desses profissionais no país, principalmente nas cidades do interior. De acordo com o petista, a prática já é aplicada em países desenvolvidos como Canadá, Inglaterra e Austrália que contam com 24%, 27% e 30% dos seus médicos formados em universidades estrangeiras.



“No Brasil, porém, apenas 1% dos médicos se formaram em universidades estrangeiras. Não podemos deixar a população desassistida por motivos corporativistas”, defendeu. O senador citou estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) segundo o qual 58,1% dos brasileiros apontam que a falta de médicos é o principal problema do Sistema Único de Saúde (SUS).



Ele explicou que o Brasil conta com a proporção de 1,8 médicos para cada mil habitantes, número inferior ao de países como Argentina, Inglaterra, Portugal e Espanha. “A demanda por profissionais nas clínicas e hospitais, nas unidades de urgência e emergência é muito maior do que a oferta desses profissionais. E a situação piora no interior dos estados, isto é, nas regiões menos desenvolvidas e distantes dos grandes centros urbanos”, observou.



Humberto Costa ressaltou que a proposta do Ministério da Saúde prevê duas formas dos médicos estrangeiros atuarem no Brasil: a primeira seria por revalidação do diploma e, no outro caso, o profissional teria sua entrada autorizada no país para atuar restritamente em áreas carentes de médicos.



“As soluções estudadas pelo Ministério da Saúde serão criteriosas e vão considerar a qualificação do médico estrangeiro e sua capacidade de atender aos brasileiros. Ao invés de, simplesmente, combater a vinda desses profissionais, o que se espera das categorias médicas é que elas discutam e apresentem propostas, que negociem de que maneira isso vai ser feito”, destacou.

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