PT explica escolha de Teresa para presidência do partido

Para os petistas, o acordo anunciado é algo profundo e não eleitoreiro

por Élida Maria sex, 22/11/2013 - 13:46

O discurso de unidade e paz prevaleceu na coletiva do Partido dos Trabalhadores (PT) realizada na manhã desta sexta-feira (22), na sede do estadual do partido no Recife.  Na presença de militantes e de líderes da sigla como o ainda presidente da legenda, deputado federal Pedro Eugênio (PT), o senador Humberto Costa, o deputado João Paulo e o ex-prefeito do Recife João da Costa, foi anunciado oficialmente à decisão que colocará Teresa Leitão como a nova presidente do partido no Estado por dois anos.

A escolha foi apresentada à imprensa faltando apenas dois dias da realização do segundo turno do Processo de Eleição Direta (PED) do PT, marcado para o próximo domingo (24). Com a decisão, Leitão assumirá a presidência do partido por dois anos e o candidato Bruno Ribeiro cumprirá a missão de liderar a sigla por mais dois. “Não é um acordo eleitoral. Estamos anunciando um acordo mais profundo. Voltaremos unidos para escutar o que as ruas clamam porque hoje estamos respondendo o que os nossos militantes querem para nós”, avaliou Ribeiro.

Teresa Leitão garantiu que o acordo entre os dois candidatos não era um blefe e analisou de forma positiva o diálogo entre as correntes. “A gente conseguiu dar uma dimensão muito boa. Acordo não se faz para prevalecer uma vontade da maioria (...), mas para acordar um projeto maior. Avançamos no PED e ele trouxe a comprovação de que é possível sim enfrentar”, disse.

Segundo Pedro Eugênio não houve interferência do  diretório nacional do PT, no entanto, garantiu que o partido se guiou por orientações das lideranças. “Existe uma resolução do PT nacional recomendando que nos locais onde tivessem segundo turno que houvesse um diálogo”, afirmou acrescentando que a conversa iniciou primeiramente com Humberto, Rui Falcão e João Paulo em Brasília e posteriormente ligou para João da Costa e Teresa Leitão.

Na coletiva de imprensa os petistas também abordaram as divergências existentes afirmando não permanecer as problemáticas. “A principal consistência do acordo não está no papel (em documento) está na conversa que houve entre pessoas (petistas) que sentaram sem mágoas na mesma reunião, onde há muito tempo não sentavam”, ressaltou Ribeiro.

Antes de chegar à decisão anunciada nesta sexta, Teresa Leitão disse que houve três reuniões entre os membros das chapas além de líderes como Ribeiro, Costa, Edmilson Menezes, João da Costa, Eugênio e outros. A posse da nova presidente ocorrerá no próximo dia 9 de dezembro

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