Chioro descarta perseguição do governo a médicos cubanos
Ministro particiou de audiência na Câmara para prestar esclarecimentos sobre o programa
Em resposta a questionamento feito pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembrou que os médicos cubanos que vieram ao Brasil assinaram um contrato com todos os detalhes e, segundo ele, sabiam de todas as circunstâncias que encontrariam ali e negou qualquer tipo de perseguição do Governo Federal contra os profissionais. Chioro esteve nesta quarta-feira (19) na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares.
“Não posso dizer quanto à situação em Cuba, mas aqui eles são livres”, garantiu. Até o momento, sete médicos cubanos abandonaram o programa. Seis deles saíram do Brasil e uma, a médica Ramona Rodrigues, pediu refúgio ao País.
Quanto à listagem de países que teriam algum intercâmbio médico com Cuba, o ministro relatou que a listagem com mais de 50 países lhe foi entregue pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), não sendo ele responsável por ela. “Respeito os argumentos do senhor, mas a Opas é uma organização internacional respeitável e com sede em Washington (EUA). Ela não é ligada ao Brasil ou a Cuba”, afirmou.
Arthur Chioro questionou também a alegação de que o ministério teria exagerado sobre a construção de unidades de pronto-atendimento (UPAs) e centros de saúde. “O ministério não constrói. O ministério destina recursos para que Estados e municípios construam”, disse o ministro.