Governistas pedem renovação da presidência da Alepe

Manutenção do mandato do atual presidente, Guilherme Uchoa, não tem sido unanimidade entre a bancada de apoio ao Governo de Pernambuco

por Giselly Santos qui, 06/11/2014 - 15:46
Montagem/LeiaJáImagens Os nomes cogitados para eleição de presidente da Alepe, além de Uchoa são os dos deputados Waldemar Borges e Aluísio Lessa Montagem/LeiaJáImagens

Com a proximidade do início de uma nova legislatura parlamentar a composição da Mesa Diretora é um dos assuntos mais comentados pelos corredores da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Rumores apontam que o atual presidente, deputado Guilherme Uchoa (PDT), já articula a possível reeleição. No entanto, para deputados da base governista o momento é de “renovação”. 

Caso oficialize a candidatura, Uchoa estará disputando a vaga pela quinta vez e isso não tem sido observado com bons olhos. Mesmo reconhecendo “o trabalho e toda a dedicação que ele teve”, o deputado estadual Alberto Feitosa (PR) observou que o “o poder não deve ser perpetuado”. “Sou a favor da renovação. A perpetuação do poder não é boa em nenhuma instituição. Qualquer um dos 49 está em condições de ser candidato. A sociedade cobra renovação”, argumentou Feitosa em conversa com o Portal LeiaJá

Até agora, antes do início da legislatura, a bancada governista é composta por 35 parlamentares. Destes, o PSB é detentor de 15 cadeiras, a maior da casa, e, com a ausência de Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto, Uchoa perde forças no apoio dos socialistas. 

Normalmente o partido dono da maior bancada ocupa a presidência, alguns nomes de pessebistas já começam a ser ventilados para assumir o posto, como os deputados Waldemar Borges, Aluísio Lessa e Raquel Lyra. 

Sobre a manutenção do mandato do pedetista, Waldemar Borges optou por não se dizer contra, mas também não sinalizou positivamente. “Sou a favor da proporcionalidade, não fulanizo. Todos os deputados têm igualmente legitimidade para se colocar a presidente”, argumentou desconversando. 

Quanto a ser mencionado para a disputa do cargo, o socialista se disse lisonjeado. “Acho que a questão dos nomes deve ser discutida mais para frente. E claro que neste momento, meu nome, como o de outros deputados, vai estar à disposição”, afirmou Borges. “Fico lisonjeado de ter o nome lembrado por vários colegas, é uma missão das mais importantes presidir um poder com a importância da Alepe”, acrescentou o líder do bloco governista. 

Em 2011, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do Pastor Cleiton Collins, alterou as normas para a reeleição de qualquer cargo da mesa diretora da Casa Joaquim Nabuco. Com a PEC, não se torna inconstitucional que Uchoa postule, pela quinta vez, a vaga de presidente. 

Sem o apoio de alguns socialistas e de outros parlamentares da base aliada ao governo, conta-se nos bastidores que Uchoa tem se articulado para tentar angariar o apoio da bancada de oposição. A reeleição dele, no entanto, não é consenso entre os oposicionistas. 

“A minha posição foi totalmente contra a PEC (da reeleição), na época. Uchoa ainda não se colocou como candidato, então não vou opinar quanto a isso”, desconversou a deputada Teresa Leitão (PT). A deputada também não deu detalhes se a bancada de oposição vai lançar alguém para disputar o cargo. 

Dos que compõem a bancada, o deputado estadual eleito Edilson Silva (PSOL) foi um dos poucos a afirmar, ainda durante a campanha, que a primeira atitude, caso fosse eleito, seria se candidatar a presidência “para provocar Guilherme Uchoa”. 

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