Líder do PSDB critica falta de unidade na legenda

Vice-presidente nacional do partido enfatiza a não harmonia na votação do distritão na Câmara e chama a democracia de medíocre

por Élida Maria qua, 27/05/2015 - 17:22
Reprodução/Site do PSDB O tucano contabilizou a divergência dos deputados do PSDB na votação do distritão Reprodução/Site do PSDB

O ex-governador de São Paulo e vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, criticou nesta terça-feira (27) no seu blog, a falta de unidade dentro da própria legenda. Além de alfinetar seus correligionários, o tucano também alfineta a presidente Dilma Rousseff (PT).

Em um texto curto intitulado de “Para rir e para chorar”, Goldman ironizou duas situações distintas: “No meio desta noite insone, leio duas notícias, uma para rir, outra para chorar. Para rir: no México Dilma minimizou o esquema de corrupção da Petrobras ao dizer que apenas quatro dos 90 mil funcionários da empresa estão sendo acusados. É o que ela disse: “apenas 4”. Faltou dizer que os quatro eram os diretores e gerentes que comandavam a empresa.  Estão presos.  Não é para rir?”, alfinetou.

No parágrafo seguinte, o tucano frisou a divergência do PSB na votação da reforma política. “Para chorar: na votação do distritão, que seria o tiro fatal na tão medíocre e nascente democracia brasileira, felizmente derrotado, o PSDB deu 26 votos contra e 21 a favor. Uma bela demonstração de unidade e de organização partidária! Para um partido que se diz arauto da democracia e se pretende apto a governar, não é para chorar?”, pontuou em tom sarcástico.

Carta de insatisfação com o PSDB- Além da crítica de Goldman em seu próprio blog, circula na internet que o vice-presidente nacional do PSDB emitiu uma carta à cúpula nacional do partido garantindo que a legenda não seria capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições presidenciais: "Nós não temos um projeto de país". 

Outro desabafo do tucano é em relação à reforma política e alterações previdenciárias que segundo ele "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo"  revelando  que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".

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