Líder do PSDB critica falta de unidade na legenda
Vice-presidente nacional do partido enfatiza a não harmonia na votação do distritão na Câmara e chama a democracia de medíocre
![O tucano contabilizou a divergência dos deputados do PSDB na votação do distritão Reprodução/Site do PSDB](/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/politica/2015/05/alberto-goldman-foto-george-gianni-psdb--300x199.jpg?itok=y7owpECI)
O ex-governador de São Paulo e vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, criticou nesta terça-feira (27) no seu blog, a falta de unidade dentro da própria legenda. Além de alfinetar seus correligionários, o tucano também alfineta a presidente Dilma Rousseff (PT).
Em um texto curto intitulado de “Para rir e para chorar”, Goldman ironizou duas situações distintas: “No meio desta noite insone, leio duas notícias, uma para rir, outra para chorar. Para rir: no México Dilma minimizou o esquema de corrupção da Petrobras ao dizer que apenas quatro dos 90 mil funcionários da empresa estão sendo acusados. É o que ela disse: “apenas 4”. Faltou dizer que os quatro eram os diretores e gerentes que comandavam a empresa. Estão presos. Não é para rir?”, alfinetou.
No parágrafo seguinte, o tucano frisou a divergência do PSB na votação da reforma política. “Para chorar: na votação do distritão, que seria o tiro fatal na tão medíocre e nascente democracia brasileira, felizmente derrotado, o PSDB deu 26 votos contra e 21 a favor. Uma bela demonstração de unidade e de organização partidária! Para um partido que se diz arauto da democracia e se pretende apto a governar, não é para chorar?”, pontuou em tom sarcástico.
Carta de insatisfação com o PSDB- Além da crítica de Goldman em seu próprio blog, circula na internet que o vice-presidente nacional do PSDB emitiu uma carta à cúpula nacional do partido garantindo que a legenda não seria capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições presidenciais: "Nós não temos um projeto de país".
Outro desabafo do tucano é em relação à reforma política e alterações previdenciárias que segundo ele "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo" revelando que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".