“Semestre muito difícil", avalia Paulo Câmara
Para o governador, a crise econômica e a demora dos ajustes fiscais refletiram nos Estados
À frente do Governo Estadual por seis meses comemorados nesta quarta-feira (1°), o governador Paulo Câmara (PSB), avalia este primeiro período de governança com dificuldades. Para o gestor, a crise econômica que norteia o país, reflete não só nos Estados, mas também nos municípios. Apesar disso, o socialista prometeu acelerar algumas ações a partir deste mês de julho.
Segundo Câmara os problemas da economia e à falta de crescimento da receita são as principais dificuldades. “Nós tivemos um semestre muito difícil. Um semestre que toda esta crise econômica está nos atingindo. Não só o Estado de Pernambuco, mas todos os municípios e todos os Estados da Federação”, reconheceu.
Na visão do governador, em virtude das dificuldades a prioridade é manter os serviços essenciais. “São desafios muito grandes porque o crescimento da receita está bem aquém de qualquer tipo de expectativa criada no início e nós estamos priorizando a manutenção dos serviços, a manutenção do nível de qualidade, finalizar obras que são importantes que precisam ser finalizadas, e ao mesmo tempo, planejar”, detalhou.
Mesmo reconhecendo as dificuldades, Paulo Câmara prometeu dar andamento em alguns trabalhos a partir deste segundo semestre. “O que nós fizemos no primeiro semestre foi ouvir a população, planejar e buscar a partir de agora, com todo acompanhamento dos monitoramentos, tirar as coisas do papel e fazer com que as coisas aconteçam, principalmente a partir do mês de julho”, adiantou.
Questionado se o Governo Federal ajudou o Estado neste primeiro semestre, o governador lembrou dos ajustes fiscais. “O Governo Federal, ao longo desses seis primeiros meses, buscou fazer os ajustes necessários com uma série de medidas no pacto de ajuste fiscal que foi anunciado, que acabou de ser aprovado um projeto na Câmara e ainda vai para o Senado”, avaliou.
Para o socialista a demora da aprovação do ajuste atropelou os avanços em Pernambuco. “Muito pouco podíamos avançar até porque o orçamento não tinha sido aprovado e estava tudo aguardando a aprovação do ajuste fiscal e muita coisa ficou para a discussão agora”, frisou, relembrando das promessas de Dilma (PT). “Eu espero que os compromissos que a presidente tinha nos dito: de não haver nenhum tipo de contingenciamento em relação as obras que estavam em andamento, principalmente as obras de recursos hídricos, que aconteçam, porque estamos realmente num período de estiagem pelo quarto ano, e essas obras de abastecimento de adutoras, da Transposição do Reio São Francisco são fundamentais para o desenvolvimento do nosso Estado e para a melhoria e qualidade de vida do nosso povo”, reforçou Câmara.