CPI: críticas chegam a ser ‘esquizofrênicas’, diz Cardozo
O representante do Governo Federal prometeu prestar esclarecimentos com "grande prazer" na CPI da Petrobras
Convocado a depor da CPI da Petrobras, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alegou nesta sexta-feira (10) não ter problema em esclarecer informações e que as críticas a sua atuação à frente da pasta chegam a ser “esquizofrênicas”. Segundo o representante do Governo Federal, a convocação não foi surpresa. Ele também garantiu prestar esclarecimentos com “grande prazer”.
Reforçando a existência do apoio da bancada petista na Câmara, ele frisou de acordo com informações divulgadas no site do PT, que não está instrumentalizado. “Alguns acham que eu estou instrumentalizando e outros acham que eu não controlo. Nem uma coisa nem outra. Esse não é meu papel”, enfatizou.
Já em entrevista a um jornal de São Paulo, o ministro falou sobre o medo de alguns ministros de depor na CPI. “Temos que perder essa mania de que ministros não devem ir ao Parlamento. Tenho dever de esclarecer a opinião pública. Se alguém tem alguma dúvida que eu possa esclarecer, se posso contribuir em uma investigação, tenho que falar. É meu dever”, destacou.
Segundo Eduardo Cardozo, seu papel é supervisionar aspectos administrativos e não a Polícia Federal. “Eu não devo controlar a Polícia Federal no mérito da investigação, mas a supervisão hierárquica de eventuais desmandos administrativos”, esclareceu, exemplificando casos como escutas e frisando que sua função é “determinar investigações”, sempre que houver “indícios de abusos, como é o caso das escutas”, justificou.